Scomi entregará primeiro monotrilho da Linha 17 até setembro

O consórcio Signalling propôs completar o trabalho dos monotrilhos da Scomi, que faliu (Scomi)
O primeiro trem do monotrilho da Linha 17 foi apresentado na Malásia (Scomi)

Um dos grandes mistérios da Linha 17-Ouro foi revelado nesta quinta-feira (27). O primeiro monotrilho foi apresentado na Malásia e deve ser embarcado para o Brasil nos próximos meses. Segundo um jornal local, a Scomi, fabricante do trem, diz esperar entregar o primeiro exemplar no terceiro trimestre deste ano.

“Por enquanto, as estações e o pátio não estão concluídos, mas esperamos que no momento em que concluirmos a realização de todos os testes necessários do primeiro trem e da entrega, as obras civis lá serão concluídas”, disse Rohaida Ali Badaruddin, CEO da Scomi, aos repórteres que visitaram a fábrica da empresa.

Dos 14 trens previstos no contrato, oito serão produzidos na Malásia e o restante na futura unidade da empresa no interior de São Paulo. A visita contou com a participação do embaixador do Brasil Carlos Martins Ceglia, além de outros convidados.

Os monotrilhos da Linha 17 deveriam ter sido fabricados pela MPE, do Rio de Janeiro, mas a empresa não conseguiu dar sequência ao trabalho e a Scomi optou por investir numa fábrica própria no Brasil. No entanto, o projeto está parado há um ano, quando apenas a terraplanagem havia sido executada.

Com cinco carros em vez de sete, como na Linha 15, o trem da Scomi oferecerá capacidade para transportar 36 mil passageiros por hora em cada direção, quase o dobro da linha de monotrilho de Kuala-Lumpur, também usuária do modelo malaio.

Sem pátio de manutenção

Apesar da boa notícia, o Metrô não terá onde armazenar o primeiro trem da linha. As obras do pátio de manutenção estão atrasadas e hoje não há a mínima estrutura para colocá-lo numa via ou mesmo protegê-lo das intempéries. Provavelmente, ele deverá ficar em um pátio de outra linha até que exista um trecho de via com condições de ser energizado e iniciar os primeiros testes.

Aliás, essa é outra dificuldade existente hoje no complicado projeto da Linha 17-Ouro: a empresa responsável por trazer a energia elétrica para as vias, a Isolux (que abandonou as obras da Linha 4) também foi afastada desse projeto por falta de trabalho. A Toshiba assumiu há algumas semanas o contrato, mas deve levar tempo até conseguir executar o serviço.

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