A tarifa do sistema de trens de São Paulo, que inclui as linhas do Metrô e da CPTM, será mantida em R$ 4,40 em 2023. A informação foi confirmada pela assessoria do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta quarta-feira, 28.
A manutenção do valor ocorre em sintonia com a Prefeitura de São Paulo, como é tradicional. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) comunicou a decisão, justificando que “existe uma questão de retomada econômica de quase que pós-pandemia, a gente precisa retomar a economia, com a economia quente, a gente vai poder diminuir as desigualdades sociais dando emprego e renda para as pessoas. Nesse contexto social, econômico e ambiental, a prefeitura manterá a tarifa em 4,40”.
Com isso, serão três anos sem reajustes, o que se refletirá em maiores repasses para cobrir o rombo no sistema. A última vez que a tarifa foi majorada ocorreu em janeiro de 2020, pouco antes da pandemia do Covid-19, que derrubou a demanda de passageiros no transporte público.
Desde então, o Metrô e a CPTM têm solicitado ao governo do estado recursos financeiros para quitar seus compromissos. O Metrô chegou ao final de 2021 com um prejuízo de R$ 1,7 bilhão enquanto até setembro a companhia já havia acumulado um déficit de R$ 916 milhões.
Além da falta de reajuste, as duas empresas públicas estão com dificuldades para receber os valores das tarifas já que o governo estadual e a prefeitura criara um sistema de compensação por conta do bilhete único que prioriza o repasse às operadoras privadas.
As dificuldades em manter o sistema de transporte público em operação tem motivado movimentos que propõem estabelecer a tarifa zero, cujo custo seria bancado pelos contribuintes como um todo.
