O Metrô está a caminho de Guarulhos, finalmente, embora, como afirmamos recentemente, as primeiras viagens dos trens dentro do munícipio ainda levarão algum tempo para ocorrer.
Em tese, o primeiro local a contar com o serviço será a estação Ponte Grande, parte da extensão da Linha 2-Verde atualmente em implantação.
Localizada na Avenida Guarulhos em frente à Praça Liessi, ela ocupará uma área de quase 17.000 m² e contará com uma praça e grandes edificações.
O Metrô lançou a licitação de projeto executivo e obras civis da futura estação no final de novembro já que ela não havia sido licitada no pacote que foi a leilão na década passada.
![Estação Ponte Grande, da Linha 2-Verde](https://www.metrocptm.com.br/wp-content/uploads/2024/12/ponte-grande-9-1200x800.jpg)
O prazo de execução é de cinco anos, portanto, se o contrato for assinado no ano que vem, a estação ficaria pronta em 2031, o que é uma data similar à previsão de inauguração do trecho entre Penha e Dutra.
Mas como será a estação Ponte Grande? Este site obteve ilustrações do exterior e interior do empreendimento e comenta a seguir algumas de suas características.
Edifício, praça e captação de energia solar
Do lado de fora, a estação chama a atenção pela enorme área com paisagismos, uma grande esplanada e um prédio que traz paineis solares no teto.
![Esplanada e paisagismo atraente](https://www.metrocptm.com.br/wp-content/uploads/2024/12/ponte-grande-7-1200x800.jpg)
Não está claro se o local será apenas usado para salas técnicas ou se o Metrô prevê utilizá-lo para algum tipo de serviço, mas essa hipótese parece bastante provável já que há grandes paredes de vidro no segundo piso, que também dará acesso à estação.
Uma segunda imagem mostra isso e também a entrada principal da estação com uma área para o chamado “kiss and ride”, onde é possível parar um veículo para desembarque de um passageiro.
Iluminação natural
Como tem sido comum nos projeto do Metrô, Ponte Grande terá uma enorme claraboia sobre o poço onde ficarão os lances de escadas fixas e rolantes. Haverá cinco níveis entre a superfície e as plataformas laterais, que lembram a disposição da estação Pinheiros mas num formato retangular.
Mezanino e portas de plataformas
Logo acima das plataformas, haverá um mezanino para distribuir os passageiro em ambos os sentidos, com escadas laterais.
Como todos os projetos recentes do Metrô, a estação terá portas de plataformas. Curiosamente, as ilustrações de Ponte Grande mostram placas na cor azul celeste, que remetem à Linha 19, também prevista para atender Guarulhos.
A equipe do Metrô também trouxe uma espécie de “Easter Egg” (Ovo de Páscoa) ao mostrar um trem chegando à estação já com configuração de “gangway”, em que os carros são abertos entre si. Essa característica estará presente na Frota R, com 44 composições que reforçarão as linhas 1, 2 e 3.
![O corte lateral de Ponte Grande](https://www.metrocptm.com.br/wp-content/uploads/2024/12/ponte-grande-4-1200x598.jpg)
Opções de trajeto
Para os passageiros que utilizarem Ponte Grande, haverá opções interessantes de trajeto. No sentido norte restará apenas uma estação, Dutra, mas de onde será possível seguir até o centro de Guarulhos ou, então, em direção à região central de São Paulo, onde existirão conexões com o restante da malha metroferroviária.
Já ao sul, além de poder chegar até a estação Vila Madalena (e mais tarde até Cerro Corá), serão possíveis diversas transferências como em Gabriela Mistral (linhas 12 e 13), Penha (linhas 3 e 11), Anália Franco (Linha 16), Vila Prudente (Linha 15), Tamanduateí (Linha 10) e Chácara Klabin (Linha 5), entre outras.
Obras prontas para receber o tatuzão em pouco mais de três anos
Segundo o cronograma do projeto, as estruturas de concreto necessárias para movimentar o tatuzão deverão estar prontas em 1.200 dias desde a assinatura da ordem de serviço.
Isso significa que se a obra tiver início em janeiro de 2026, por exemplo, a tuneladora poderia atingir Ponte Grande por volta de meados de 2029.
Restaria então cerca de dois anos ou menos para que a estação seja concluída.
Não entendo todas essas construções enormes para uma estação de metrô, no meu ver, o modelo mais em conta e compacto é o subterrâneo, como das estações da av. Paulista
O motivo: luz natural; espaço amplo pra futuros incrementos em demanda, seja por novas conexões como por eventos isolados; custo menor de implantação; espaço amplo reduz a sensação claustrofóbica de estar numa caverna; possibilidade de utilizar o espaço pra gerar receita como num centro comercial, além de que seria necessário desapropriar uma área maior pra implantação de qualquer forma, logo se aproveita o espaço
E ainda tem a questão da insalubridade, em virtude da ausência de sol nas instalações subterrâneas
Eu concordo.
Porém, essa sensação de claustrofobia devia ser pensada para o passageiro também, que utiliza o sistema diariamente na ida e na volta, em ambas as horas de pico.
Portanto, nesse sentido, sobrecarregar em demasia uma linha (no caso, a L2 em Guarulhos), por falta de uma visão mais ampla do sistema, não vai trazer nenhuma sensação positiva para quem for utilizá-la, sobretudo nos tais horários de pico (exceto no contrafluxo, é claro).
Se já existe o projeto da L19 para Guarulhos, por que continuam querendo que a L2 atenda também Guarulhos (sendo que ela já vai atender a região leste “inteira” da capital e da RMSP, e ainda mais praticamente todo o ABC, exceto Diadema)?!?!
Para isso, primeiro a L19 tinha de estar concluída entre Guarulhos e a Av. Paulista (Brigadeiro) no mínimo; a L16 pronta entre a zona leste e Oscar Freire; a L20 concluída no ABC (até Santo André); a L5 indo para algum ponto estratégico da zona leste (após passar pela Estação Ipiranga); e a L6 pronta até a região da Mooca (futura Estação São Carlos da L10), com a L15 sendo estendida +2 km para se conectar diretamente à L6 também!
Após tudo isso (acima), que é quase uma utopia (mas deveria ser realidade no médio e longo prazo), aí sim a L2 (Verde) poderia seguir para Guarulhos e também garantir transferências gratuitas o dia todo nas futuras conexões em Penha e Tiquatira/Gabriela Mistral.
Essa expansão “apressada” (e politiqueira) da L2 para Guarulhos vai acabar obrigando a fechar as integrações gratuitas (nos horários de pico), no futuro, em Penha (com L11) e/ou em Gabriela Mistral (L12 e L13), para não colapsar a L2 de vez!
Ou seja, vai prejudicar a grande maioria por conta de uma relativa minoria comparada à maioria (afinal, metaforicamente, um copo cheio com água até o limite pode transbordar com apenas 1 ou 2 gotas mais).
Enfim, por MENOS demanda que isso, as integrações em Itaquera e Tatuapé seguem fechadas até hoje nos horários de pico. E não há previsão do Metrô para abri-las nem no final da década (com a L2 na Penha desafogando a L3).
Samuel, o local da estação Ponte Grande é várzea do rio Tietê e logo adiante o túnel tem que passar embaixo do rio atravessando terreno mole e úmido. Nada a ver com a situação embaixo da Av. Paulista.
Juntamente porque muitas delas estão pequenas. Vide as plataformas estreitas da Linha 1…
As estações da Paulista só parecem compactas quando vistas por fora, toda essa estrutura/espaço dos prédios que vemos nas novas estações está no subterrâneo delas, o que gera mais custo por conta da escavação.
As estações da Paulista foram as mais caras obras do metrô (o metrô pagou na época US$ 950 milhões por 4 estações). E hoje, nos horários de pico, ficam facilmente superlotadas por falta de espaço-com gente acumulada nas catracas.
Quanto ao edifício técnico, custa menos fazer isso acima do solo, em vez de escavar. E s própria matéria aponta que esse prédio poderá ter uso misto.
“Efeito Estação Alto da Boa Vista (L5)”.
Ou seja, muito investimento e muita pompa para pouca/pouquíssima demanda.
Alto da Boa Vista precisa de um adensamento maior entorno da estação. Enquanto for de baixa densidade, a sua demanda sempre sera pifia e os subsidios vao pra exosfera.
Não mudaria muito, pois, de todo modo, o entorno de Alto da Boa Vista é considerado uma região nobre.
Um grande exemplo é a Estação Vila Madalena.
Mesmo com terminal de ônibus e todo o conforto que se tem viajando sentado (sobretudo por ser estação terminal com BAIXA demanda) em um trem quase vazio em pleno horário e pico, e a poucos km da Paulista e da conexão com a L4 (que não existia quando a estação foi inaugurada), ainda assim, Vila Madalena segue vazia (mais ainda depois da pandemia).
20 mil entradas por dia é muito POUCO para uma estação terminal (que até terminal de ônibus integrado tem, mesmo que pequeno).
E só não é menos porque o pico do final da tarde movimenta um pouco mais devido a quem trabalha próximo e a utiliza para retornar para casa.
O movimento no pico matutino na Estação V. Madalena chega a ser RIDÍCULO para uma estação de ponta de linha (TERMINAL) com acesso fácil a tudo (e inaugurada há 26 anos já!!!).
Depois tem gente que diz que é no Jd. Ângela que não tem demanda para metrô…
Na ponta oeste da Linha Verde é que deve ter…
Francamente…
Seis anos? Queria ser otimista desse jeito…
Tá mais pra dezesseis…