Segundo maior município do estado de São Paulo em população, Guarulhos aguarda com ansiedade há vários anos a chegada do Metrô.
Embora tenha passado a contar com um serviço sobre trilhos desde 2018, a Linha 13-Jade da CPTM, o ramal tem altos intervalos e baixa conectividade, além das estações ficarem em regiões relativamente distantes.
A promessa de implantar uma linha de metrô de fato tem esbarrado em falta de recursos e prioridades da gestão estadual mas, pelo que tudo indica, finalmente os projetos existentes irão sair do papel em breve.
E, curiosamente, Guarulhos deve ver obras de dois ramais ao mesmo tempo a partir de 2026, se não houver imprevistos. Tratam-se da extensão da Linha 2-Verde e a inédita Linha 19-Celeste.
Horizonte ainda distante
É um alento para quem espera um transporte público de qualidade, mas será preciso muita paciência ainda para usufruir desse benefício.
A razão é óbvia: obras de metrô demoram, sejam responsabilidade direta do estado ou repassadas à iniciativa privada.
Pode existir uma diferença entre gestões, porém, não se implanta um sistema complexo como esse em menos de cinco anos – exceto talvez na China.
No caso das linhas 2 e 19, isso significa esperar até o início da década de 2030. Sim, na melhor das hipóteses, a Linha 2-Verde passará a atender os guarulhenses em 2030, já a Linha 19 tem prazo atual de conclusão em 2032 na hipótese mais otimista.
Como empreendimentos como esses dificilmente não passam por imprevistos, vale esperar por algum atraso de um a dois anos, aproximadamente.
Mas o que vem por aí para Guarulhos? Entenda:
Linha 2-Verde – duas estações entre 2030 e 2031
A extensão da Linha 2 até a estação Dutra, às margens da Rodovia Presidente Dutra, está no radar do governo há muitos anos. Deveria ter sido iniciada no começo da década passada, mas a economia do país piorou e o projeto foi engavetado após licitações concluídas.
Reativada em 2019, a expansão do ramal ficou limitada ao trecho até Penha com oito estações e que deve ser concluído em 2028.
O segundo trecho tem cinco estações, duas delas (Ponte Grande e Dutra) dentro de Guarulhos. Destas, Ponte Grande ainda não tem projeto, o que será alvo de uma licitação em breve.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) previu nesta semana que a Linha 2-Verde chegará à Guarulhos entre 2030 e 2031. As obras em parte dos canteiros terão início a partir de março de 2025.
Em 2026, diz o gestor, chegará ao país um novo tatuzão que escavará a partir de Penha até Dutra.
Linha 19-Celeste – 15 estações em 2032
Certamente é o projeto mais esperado por Guarulhos já que fará uma ligação direta entre o centro da cidade e a região central da capital. O ramal tem avançado lentamente nas mãos do Metrô, com estudos, projetos e desapropriações em andamento.
Deveria ter sido uma concessão à iniciativa privada, mas a gestão estadual mudou de ideia, e repassará a tarefa de implantar a Linha 19 ao próprio Metrô que, ao que tudo indica, pode seguir no papel de operador.
A companhia anunciou que o edital de projeto executivo e obras civis e sistemas será lançado ainda no primeiro trimestre de 2025, com o pontapé das obras ocorrendo em 2026.
O prazo de implantação, de seis anos, é bastante otimista, no entanto. Pegue-se o exemplo da própria extensão da Linha 2 até Penha para ver que, embora os trabalhos estejam em bom ritmo, serão precisos sete anos para abrir o primeiro trecho. E isso porque havia contratos assinados já.
Linha 13-Jade – quatro estações entre 2032 e 2033
Guarulhos não terá apenas duas linhas de metrô, mas também uma Linha 13-Jade mais extensa e conectada. A expansão do ramal de trens metropolitanos estará a cargo da futura concessionária do lote Alto Tietê, que também inclui as linhas 12-Safira e 11-Coral.
Entre os investimentos previstos estão a extensão da Linha 13 até Bonsucesso com quatro estações além de outras duas em São Paulo que conectarão a ferrovia à Linha 2-Verde em Gabriela Mistral.
Linha 2 é a aposta mais certeira
Diante desse cenário, a chegada da Linha 2-Verde na estação Dutra é a mais palpável no momento, algo que se encontra relativamente encaminhado e que tem maiores chances de ser concluída antes.
Será o início de um período bastante empolgante para quem mora ou se desloca para Guarulhos, não há dúvida. Resta torcer para que ninguém mude de ideia até lá.
A Linha 19 – Celeste não ter mais 2 ou 3 estações e chegar em Cecap para haver conexão com a Linha 13 – Jade é muito ruim. Imagina-se essa rede toda em funcionamento, e um morador de Bonsucesso, por exemplo, não poder sequer chegar ao Centro da cidade sobre o sistema metroferroviário. Será que esse passageiro é menos importante do que o que mora no Bosque Maia?
Esse paasageiro já tem os ônibus municipais pra chegar ao centro, conectar as duas linhas nesse ponto só vai sobrecarregar a L19 já no ponto de início recebendo toda a demanda da L13, n funciona pra dinâmica de deslocamento de sp
Seguindo sua lógica, o Expresso Aeroporto é um tremendo erro pq matou a Linha 13 normal.
Comparar a Linha 13 com Expresso demonstra desconhecimento sobre o assunto em debate.
Além disso, a Linha 19 não irá atender todas as necessidades de deslocamento interno de Guarulhos. Esses deslocamentos internos são de responsabilidade da prefeitura, não do metrô.
Aliás, o governo do estado deveria cobrar que Guarulhos invista também no projeto. Não é justo a cidade “ganhar” um metrô enquanto a capital teve de financiar durante anos o metrô.
O que não é justo foi Guarulhos ter perdido os trilhos que já tinha e que existiram até os anos de 1960, para poder abrir espaço para ruas e avenidas para carros. E, a partir de então, a ligação por transporte público entre as 2 cidades mais populosas do estado SP (S.Paulo e Guarulhos) passar a depender única e exclusivamente de ônibus intermunicipais caros, ruins, desconfortáveis, superlotados, insuficientes e demorados.
Esses trilhos que foram retirados poderiam ter sido modernizados, transformando-se no padrão atual que temos de linhas de trens metropolitanos aqui na RMSP.
Alegaram falta de demanda. Mas a forma como o serviço era oferecido na época não iria mesmo atrair muita demanda (sem contar a população naturalmente menor naquela época).
Mas é “estranha” essa falta de demanda, pois depois fizeram a L1 em parte do trajeto que “não tinha demanda”. Agora vai ter a L19 saindo do centro de Guarulhos. Sem contar a L13 passando bem próximo de onde havia parte do ramal de Guarulhos do “trem da Cantareira”.
Na cidade de São Paulo, o distrito do Jaçanã também saiu perdendo. Aliás, até mais, pois não vai ter nada nem no futuro, já que (por motivos inexplicáveis) não querem puxar a L1 do Tucuruvi até o Jaçanã, sendo que ela teria plenas condições de atender esta demanda e, de quebra, ainda desafogaria a Estação Tucuruvi, que, embora tenha sido feita para ser terminal, não tem estrutura para tal (exceto pela ótima área de manobra após a estação) e, comparado a Santana, Tucuruvi é minúscula.
Não é função do metrô resolver os problemas internos de Taboão porque a cidade não tem viário decente
O segundo distrito mais populoso da capital não tem demanda para uma linha de metrô pesado, mas tem para manter a Linha 10 até Rio Grande da Serra.
O Serviço 710 é desnecessário e eleitoreiro, não faz sentido algum uma ligação direta quando a demanda pode muito bem baldear em estações lotadas, independente dela odiar
3 frases icônicas do Ivo/Ramos e ele quer falar algo de mim…
O Serviço 710 é tão “inútil” e “desnecessário” que, depois que foi criado, os trens das linhas 7 e 10 vivem cheios no trecho entre Brás e Barra Funda, o que não acontecia quando era apenas a Linha 7 fazendo este trajeto até o Brás (sem o Serviço 710).
No pico vespertino, por exemplo, antes a L7 chegava praticamente com mais passageiros sentados do que em pé no Brás.
Atualmente, esta situação é completamente diferente.
Em partes, sim. Porém, o Expresso Aeroporto tem intervalo entre trens de 1h, de modo que acaba não “competindo” tanto.
Por outro lado, os 20 min de intervalo do serviço normal da L13 também não ajudam muito.
* 15 min programados***
Por essa lógica, então realmente é um grande erro a expansão da L2 até Dutra (chegando antes da L19, mais ainda!), pois vai captar grande demanda já no ponto de início da L2 (considerando o pico matutino), e no caminho ainda vai ter (só para citar as mais movimentadas):
Gabriela Mistral/Tiquatira (onde deve também captar toda a demanda da L13);
Penha;
Vila Prudente;
Tamanduateí; 14
Sacomã…
E o carregamento de passageiros podendo bater na casa dos 67 mil/hora apenas no sentido Vila Madalena (isso COM a L19, pois SEM ela, aí a coisa deve piorar muito). É mais que o dobro da situação atual. E na L3, hoje não passamos de 53 mil/h/sentido (e será reduzido a partir de 2028).
Na L2, só vai começar a desafogar gradativamente a partir de Klabin, ou seja, só depois de percorrer 19 estações!!!!
Nem na L3 precisa passar por 19 estações para começar a desafogar.
Que tristeza que será para os usuários (atuais e futuros) da L2!
ERRATA: desprezem o número 14 que aparece aleatoriamente no meio do meu texto (acima), rs.
A extensão da L2 até GRU começa em 2026, pois é a previsão de chegada da tuneladora. A licitação pro tatuzão da L19 nem iniciada foi, então como é possível também se iniciar a obra no mesmo ano se demora 2 anos para a entrega do equipamento? Tenho minhas dúvidas em relação a esses prazos
4 *novas* estações em Guarulhos da Linha 13. A linha 13 já tem duas estações em Guarulhos hoje, CECAP e Aeroporto, e terá um total de 6.
O texto menciona isso logo no começo: “Embora tenha passado a contar com um serviço sobre trilhos desde 2018, a Linha 13-Jade da CPTM […] além das estações ficarem em regiões relativamente distantes”.
Entendo que faltou o projeto da Linha 14-Ônix de característica perimetral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, semelhante a Linha 2-Verde do Metrô é conhecido como um meio de transporte sobre trilhos ligando o ABC Paulista em Santo André (Pirelli), São Bernardo do Campo até o Alto Tietê e Guarulhos em uma região de altíssima demanda reprimida e várias Linhas saturadas, no eixo formado por vias importantes como a Jacu-Pêssego cruzado e se integrando com no mínimo seis linhas, possuindo duas integrações com estações do Metrô-Sapopemba e Itaquera, e quatro com a CPTM- Bonsucesso-13, São Miguel-12, Itaquera-11 e ABC Pirelli-10.
Trata-se de um projeto que comprovadamente atende regiões carentes de mobilidade, além de redistribuir as linhas existentes, para isto é fundamental que se utilize as composições existentes e padrões da CPTM, uma vez que são estas que estão em seus extremos como em Bonsucesso com a Linha 13-Jade, e Pirelli, na Linha Integradora-710 que possui uma linha central ociosa que deveria ser melhor utilizada de forma pendular.
É muita hipocrisia o atual governador dizer em entrevista que; “A preocupação dele é com os passageiros e por isso visa as concessões”, lembrando que também está sendo julgada a Ação Direta de Inconstitucionalidade 7048 é um dos processos que correm em tribunais federais que questionam a renovação da concessão do Corredor ABD sem licitação com a concessionária Metra (atual “Next”), as irregularidades e o cambalacho que eliminava um “concorrente” para sua concessão, foi acatada pelo ex-governador Dória a despeito de comprovadamente oferecer um serviço muito inferior ao monotrilho Linha 18-Bronze, fruto de uma Parceria Público-Privada assinada em 2014 com a empresa VEM ABC.
Leoni, a ADI 7048 já foi julgada no Supremo Tribunal Federal, com decisão favorável à Metra e contra a relatora do processo, além do partido Solidariedade e do Vem ABC. Isso em agosto do ano passado: https://www.metrocptm.com.br/stf-da-verniz-legal-ao-pacote-de-r-22-bilhoes-para-a-metra-e-o-brt-abc/
Se a L2 vai chegar, possivelmente, ANTES da L19 a Guarulhos, então não há nada a comemorar. Aliás, muito pelo contrário até!
Não será nada empolgante!
Na L2 será só o caos diário mesmo…
Já quem for esperto e continuar sua viagem como hoje nas outras linhas (L1, L3, L11, L12), aí sim vai poder comemorar.
Mas…
Não há nada racional e lógico que se pode esperar de um governador que vai dar isenção de IPVA para quem pode pagar (donos de carros híbridos novos e caros!), e deixar de fora os 100% elétricos (por puro interesse e favorecimento de seus amigos chamados de “empresários”).
Mas acho que o loop de Anália Franco resolveria isso porque seria uma oportunidade única pro pessoal não pegar trem hipermegasuperextraabarrotado.
Se muito bem operado, acredito que sim, esse loop deve ajudar muito para quem estiver a partir de Vila Prudente, no pico da manhã, no fluxo (sentido V. Madalena).
Tivemos recentemente a repetição da ocorrência de descarrilhamento totalmente previsível no critico gargalo do Brás no qual trafegam as Linhas 11, 12, 13 no período diurno e cargueiros no período noturno restando poucas opções para manutenção, a maioria das decisões de se lançar linhas de forma aleatória além de gastos com inumeráveis estudos inócuos de obras governamentais inconclusas.
Caso esta relação fosse apresentada podemos concluir com maior clareza que muitas das decisões não se tem levado em conta que o planejamento ao invés de diminuir a “pendularidade” de forma racional com incentivos fiscais a participação da iniciativa privada para desenvolver as regiões lindeiras, deveriam estar em consonância com os planejadores consultar o Plano Diretor e desenvolver as regiões periféricas começando pelas do Alto Tietê que atualmente já possuem as Linhas 3, 11, 12, 13 15 nas novas linhas 16-Violeta, 19-Celeste e as perimetrais como a 14-Onix e concluir a 2-Verde possível não é levado a sério em consideração pelos planejadores.