A ViaMobilidade está construindo o seu novo Centro de Controle Operacional (CCO) no pátio de Presidente Altino, em Osasco. O investimento faz parte das obrigações da concessionária estabelecidas no contrato de concessão das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.
As obras do novo CCO estão bastante adiantadas. Enquanto a concessionária finaliza as atividades remanescentes, o site mostrará em detalhes algumas das características do novo centro.
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O centro de controle operacional deverá possuir uma arquitetura que englobe o conjunto da sala de controle e sala de engenharia e que se comunicarão com a sala de servidores, responsável por manter os sistemas computacionais ativos.

Os servidores serão ligados, via sistema de comunicações (fibra ótica), com as salas técnicas de intertravamento das Linhas 8 e 9. Nestas salas é realizada toda a lógica do sistema de sinalização promovendo a segurança da circulação. O contrato estabelece as definições para os seguintes termos:
Sala de controle
É o local onde realiza-se o controle de todas as operações das Linhas 8 e 9. Neste caso inclui-se principalmente o posto do operador de controle de tráfego e controle de estações e seus sistemas.
Sala de engenharia
A sala da engenharia fica próxima à sala de controle. Neste ambiente localiza-se o posto de manutenção do CCO que faz o diagnóstico das atividades realizadas nas linhas e no próprio centro de controle.

Sala de servidores
A sala de servidores é o local onde estão alocados os equipamentos que farão a sustentação do sistema informatizado. Neste ambiente existe um servidor ativo e um segundo servidor em stand-by. O servidor em stand-by pode ser acionado de forma automática em caso de queda do servidor principal evitando assim problemas para a operação.
Sala de controle de sinalização
Na sala de controle de sinalização estão alocados os equipamentos responsáveis pela lógica e intertravamentos de todo o sistema de sinalização, ou seja, são o conjunto de itens que realizam a segurança da movimentação dos trens.

Funcionalidades do CCO
Sistema de Controle de Trens – SCT
O SCT realiza o monitoramento e o controle do tráfego nas linhas 8 e 9. Através do controle centralizado e remoto é possível realizar a movimentação dos trens de forma segura incluindo as manobras realizadas nos aparelhos de mudança de via.
O SCT também poderá realizar atividades para o cumprimento e gerenciamento das tabelas horárias, ou seja, a lista de partidas programadas para os trens, além disso também ocorre o gerenciamento do intervalo entre trens.
Estas atividades são conduzidas pelo controlador de tráfego ou pelo sistema ATO caso esteja implantado.

Sistema de Controle de Energia – SCE
Este sistema permite o controle e o monitoramento constante dos equipamentos de alimentação de alta tensão, média tensão e baixa tensão. Isso inclui:
- Subestações primárias
- Subestações de média tensão
- Subestações retificadoras
- Subestações auxiliares
São controlados principalmente equipamentos como disjuntores, chaves seccionadoras e contatores. Tais itens podem realizar a energização e desenergização dos barramentos e linhas, situação imprescindível para manutenção.
Para além do controle dos circuitos energizados, também é feito a gestão do consumo de energia com alertas sobre as quantidades utilizadas e avisos quanto à ultrapassagem da demanda contratada.

Sistema de fluxo de passageiros – SFP
O sistema de fluxo de passageiros é responsável pelo controle e monitoramento de diversos equipamentos existentes nas estações. Entre eles estão as escadas rolantes elevadores e a linha de bloqueio.
Outros equipamentos que também são controlados através do SFP são a rede de telefonia, de dados, de transmissão via rádio, sistema de monitoramento de vídeo e aviso ao público.
Sistema de Controle de equipamentos auxiliares – SEA
Esse sistema permite o controle de equipamentos e sistemas que auxiliam no funcionamento das estações e dos pátios. Dentre eles estão salas de ventilação, ar condicionado, bombas, alarmes de incêndio, sistema de combate a incêndio e o sistema de iluminação.
Sistema de administração e serviços – SAS
Esse sistema é responsável pelo controle e gerenciamento de acesso às funções do CCO. Algumas das atribuições desse sistema são o gerenciamento de usuários e senhas, com seus respectivos acessos e permissões, e o gerenciamento de softwares com suas respectivas versões e atualizações.
Simuladores
O centro de controle operacional também poderá contar com dois softwares do tipo simulador para ministrar treinamento aos colaboradores. Um dos programas é o simulador de tráfego (SIMTR) que pode ser utilizado para o treinamento dos controladores de tráfego. O software simula uma situação de operação real.
O simulador de energia, sistemas auxiliares e fluxo de passageiros (SIMEA) terá função semelhante realizando a simulação de manobras elétricas, monitoramento de equipamentos nas estações entre outros eventos considerados importantes.
Apesar de citado no contrato de concessão, ambos os softwares não são obrigatórios, podendo a concessionária adotá-los para melhoria da capacidade técnica dos funcionários do centro de controle.

Área de trabalho
No CCO existem diversas funções a serem executadas. O relatório coloca algumas das atividades e propõe um layout específico para cada mesa de trabalho.
O supervisor do CCO terá acesso a todas as informações consideradas importantes para a operação. Em seu posto haverá visibilidade do sistema de controle de trens, sistema de controle de energia, sistema de equipamentos auxiliares e sistema de fluxo de passageiros de ambas as linhas.

O operador de trens das vias principais e do pátio de Presidente Altino deverão ter layout semelhante. Serão dispostas telas com o sistema de controle de trens, sistema de energia, auxiliares e fluxo de passageiros.
Neste caso, geralmente separam-se os consolistas por linhas. O pátio de Presidente Altino possui um funcionário dedicado para gerenciar as manobras.

O operador de serviços e fluxo de passageiros terá funções relativas principalmente as estações. Ele terá acesso ao sistema de energia, sistemas auxiliares e fluxo de passageiros.
O operador do sistema de alimentação elétrica e dos sistemas auxiliares terão o mesmo layout do operador de serviços e fluxo de passageiros. Suas funções, porém, serão diferentes.
Enquanto o primeiro realizará as atividades relativas ao sistema de energia como manobras elétricas, o segundo terá autonomia para controlar equipamentos das estações, facilitando a adoção de estratégias operacionais quando necessário.

Conclusão
Isso é o que, a princípio, se sabe sobre o novo CCO da ViaMobilidade. O contrato de concessão estabelece que estas normas são apenas referenciais, ou seja, podem ou não ser adotadas pela concessionária.
Mas, tratando-se de organização, observa-se neste layout que existe uma otimização das funções de forma que cada funcionário que estiver no CCO tenha como cumprir suas atividades de forma sinérgica, facilitando as viagens e a experiência final do passageiro.