Metrô prepara guindaste para retirar tatuzão da Linha 2-Verde após fim de escavações
Tuneladora Cora Coralina deve chegar ao VSE Falchi Gianini em breve e ser desmontada para seguir para Penha

A tuneladora Cora Coralina deve chegar ao poço VSE Falchi Gianini muito em breve, sugere o movimento na região do canteiro de obras na Zona Leste.
Imagens mostram que um enorme guindaste Liebherr LR 1600 começou a chegar ao local na última semana.
Com capacidade para movimentar 600 toneladas, o enorme equipamento foi usado para retirar as peças do Tatuzão Norte da Linha 6-Laranja em Brasilândia.

O Metrô usa apenas um tatuzão na escavação dos 8 km de túneis da expansão da Linha 2-Verde até Penha.
A máquina fabricada pela CREG, da China, partiu do Complexo Rapadura em novembro de 2023 e chegou à estação Orfanato em 24 de março.

De lá até o VSE Falchi Gianini, onde será desmontado, são 400 metros a serem percorridos. No final de abril, imagens aéreas do canal iTechdrones mostravam que parte da tuneladora ainda estava no local.
A preparação para montagem do guindaste é um indício que o Metrô pretende levar a tuneladora o quanto antes até a estação Penha.
Lá, Cora Coralina será remontada e partirá em direção ao Complexo Rapadura, passando pelas estações Ariacanduva, Guilherme Giorgi e Santa Isabel.
Até hoje não entendi direito qual o sentido de desmontar e continuar pelo outro lado, não seria melhor seguir direto?
O único espaço disponível para montagem de canteiro para a tuneladora era o Complexo Rapadura, no meio do trecho em construção.
Logo, a única opção seria escavar do Rapadura até a Vila Prudente, desmontar a tuneladora, transportar até o Complexo Rapadura, remontar e escavar de lá até a Penha. E tuneladora não escava de ré. Assim, seguir direto é impossível.
Caso a tuneladora fosse iniciar as escavações em Vila Prudente direto até a Penha, a área a ser desapropriada para o canteiro da tuneladora seria imensa, cara e depois ficaria como um grande terreno sem uso para a Companhia do Metropolitano tentar vender depois (enquanto teria que pagar vigilância e manutenção dessa área).
A proposta atual é econômica, eficiente e o Complexo Rapadura será convertido em um centro de manutenção subterrâneo enquanto um parque será reimplantado na superfície.