O projeto do “Bonde São Paulo”, um sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) para ser implantado no centro de São Paulo, está avançando, como mostra o resultado de uma apresentação feita pela Prefeitura da capital ao Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) em 28 de fevereiro.
A administração municipal tem estudado o projeto desde 2023, quando as primeiras discussões públicas ocorreram.
No final daquele ano, os estudos e projeto do VLT foram iniciados, prevendo duas linhas circulares com 6 km cada, que percorrerão trajetos no centro e em bairros próximos como o Bom Retiro.
A ideia é que o Bonde São Paulo possa transportar até 130 mil pessoas por dia e eliminar cerca de 11 mil veículos que circulam na região.
A previsão é que a SP Urbanismo, que é responsável pelo projeto, finalize o 1º bloco de anteprojetos neste mês. Os estudos são bastante amplos e incluem intervenções urbanísticas, coleta de informações de demanda, definição do material rodante e diversos sistemas associados.
A Prefeitura estão em vias de contratar o estudo de impacto ambiental (EIA/RIMA) e de arqueologia enquanto coleta dados para definir aspectos como a operação, informações aos usuários, manunteção e comunicação visual.
A expectativa é que os estudos técnicos e projetos de engenharia sejam concluídos em agosto e então o VLT seja disponibilizada para consulta pública.

Linhas Azul e Vermelha
Ao menos provisoriamente, as duas linhas ganharam como nome as cores Azul e Vermelha, em solução similar à do Metrô, o que pode causar confusão nos usuários. Mas é um aspecto que pode ser repensado posteriormente, espera-se.
A Linha Azul terá um trajeto que parte do Mercado Kinjo, entrará na Avenida Senador Queiróz e por cima da passagem Tom Jobim e então acessará a Avenida São João até virar a esquerda contornando a Praça da República.
Após isso, o VLT seguirá pela Avenida Ipiranga, Rua da Consolação, Viaduto Dona Paulina, Praça João Mendes, Praça Clóvis Beviláqua, Avenida Rangel Pestana até cruzar o Rio Tamanduateí.
Do outro lado, ele tomará o sentido norte pela Avenida Mercúrio passando pelo Mercado Municipal e o novo SESC Dom Pedro II. Lembrando que esse trajeto será feito no sentido inverso também.

A Linha Vermelha, por sua vez, sairá da Praça Alfredo Issa, chegará Rua Mauá, ao lado da Estação da Luz, acessará a Rua Prates e passará em frente ao Parque da Luz e entrará na Rua Mamoré, seguirá pelas rua Matarazzo, Solon e do Areal até chegar na Rua José Paulino, retornando para a região da Luz.
O Bonde tomará a Rua Mauá, passará em frente à Estação Júlio Prestes, entrará na Avenida Duque de Caxias, cruzará a Rio Branco até virar a esquerda na Avenida São João até chegar no Largo do Paiçandu.
Será nesse ponto que as duas linhas se encontrarão.
Aspectos importantes do Bonde São Paulo
A Prefeitura de São Paulo aposta pesadamente na requalificação da região central, graças ao VLT. Veja a seguir alguns pontos:
- Economia anual de R$ 10 milhões com custos sociais relativos a emissões de poluentes
- Implantação de 5 km de corredores verdes e 30 km de ciclovias
- Atendimento a 36 atrações culturais
- Atendimento a 10 pólos comerciais
- Requalificação de 50 km de calçadas
- Retrofit e inserção de 500 imóveis no mercado
- Atração de mais de 200 mil novos moradores no centro
- Fomento ao turismo
- Melhoria na segurança pública
- Integração multimodal com nove estações de Metrô, duas estações de trens metropolitanos e cinco terminais de ônibus
Projeto previsto para 2027
O investimento no projeto é calculado em R$ 4 bilhões com um custo operacional mensal de R$ 170 mil por km.
A receita tarifária anual pode variar de R$ 80 milhões a R$ 120 milhões e a administração municipal espera que o VLT possa gerar também ganhos com naming rights, propaganda, aluguel de espaços comerciais, empreendimentos associados e estacionamentos.
A meta é que Bonde São Paulo seja inaugurado em 2027, mas com tantos fatores ainda pendentes, o prazo para otimista.
Este projeto não é o mesmo do Dória, ainda bem! Ele queria criar uma estação chamada Little Korea no Bom Retiro, o que seria um enorme insulto para os espanhóis, judeus e sírio-libaneses que construíram o bairro muito antes.
Esse projeto é fantástico, vai impulsionar a revitalização do centro como nenhum outro foi capaz.
Na apresentação ao CMTT, o diretor da SP Urbanismo mostra um prazo pra 2028, ainda assim otimista, mas o que importa é que é um projeto concreto e está avançando em várias frentes.
o VLT já é implantado com sucesso em outras cidades ao redor do mundo , eliminando assim o número de carros e ônibus circulando pelo centro o que será perfeito. Tomara que o projeto saia do papel e que mais linhas de VLT sejam construídas em SP.
Este projeto e extremamente relevante e possui uma enorme chance de ajudar na requalificação do centro de SP. Além disso possui um fator ambiental muito relevante, retirar carros e ônibus de circulação desta zona, Espero que a prefeitura realmente efetive esse projeto o quanto antes, para que a população seja o quanto antes beneficiada.
Com certeza os espanhóis , sírios-libaneses e judeus merecem respeito e dignidade eles construiram Sampa , quanto ao politico sem comentários.
O mais incrível é que o próprio consulado da Coreia do Sul estava por trás do esforço de Dória de apagar a história e meter esse rótulo no Bom Retiro. Nada de bom saiu daquela breve administração.
Se essa iniciativa der certo, existem muitos corredores de ônibus em SP que poderiam ser transformados em VLTs, transportando mais pessoas e com mais conforto.
Vai ser sensacional…. Linha vermelha e azil…….o VLT na apresentação na cor verde escuro ????? Tanta cor pra mesclar
É melhor alguma coisa do que nada, mas deveriam ter feito um trajeto ou linha que pudesse englobar desde o início o Brás/Pari/Canindé com a 25; Santa Ifigênia e Bom Retiro.
Muita gente circula entre essas regiões, principalmente no Pari e o VLT cairia como uma luva.
Muito bom. Espero que siga a risca esse projeto, já que vão gastar bilhões.