Com nova marca e atribuições, Artesp assume o papel de fiscalizador do transporte em SP

Agência foi fortalecida pelo governo do estado e passa a gerir não apenas a malha rodoviária, mas o transporte sobre trilhos, ônibus e aeroportos

Pagamentos para ViaQuatro deverão ser formalizados até 2040 (Jean Carlos)
Trem da Linha 4-Amarela (Jean Carlos)

Em pouco mais de dois anos, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem empreendido uma grande mudança na estrutura dos transportes no estado.

Entre os primeiros atos houve a criação da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), que concentrou todos os projetos de concessões e PPPs. Em seguida, a gestão aprovou o repasse de várias atribuições antes distribuídas em empresas e secretarias para a Artesp, a agência de transportes do estado.

É justamente a Artesp que agora inicia uma nova fase em que passa a ser responsável por uma ampla gama de atividades de fiscalização.

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A agência apresentou o projeto de renovação nesta quarta-feira, 11, em evento na Sala de São Paulo, com a participação do vice-governador, Felício Ramuth.

Segundo o governo, a intenção é que a agência reguladora tenha autonomia para acompanhar a operação de vários modais, entre eles 11,7 mil km de rodovias, 27 aeroportos regionais, os ônibus intermunicipais da EMTU e o transporte sobre trilhos, seja ele de metrô, trens metropolitanos ou os futuros serviços regionais.

André Isper, diretor-presidente da Artesp (GESP)

“Nossa proposta inclui a revisão dos valores, missão e visão da agência. Além disso, essa mudança visa consolidar a Artesp como uma instituição moderna e alinhada às necessidades da população, reforçando seu papel na melhoria contínua dos serviços de transporte, com foco nos usuários”, disse o diretor-presidente da agência, André Isper.

Superintendências e nova logomarca

Para acompanhar tantas atividades, a Artesp foi dividida em superintendências. A SUROD, por exemplo, cuida das rodovias enquanto a SUCOL, do transporte coletivo de ônibus.

A SUREF é focada na regulação econômica, a SUSAM, na gestão socioambiental, SUAEP, na fiscalização aeroportuária, e a SUMEF, no acompanhamento da malha metroferroviária.

O VLT da Baixada Santista (GESP)

Por ora, a agência não terá influência no Metrô e na CPTM, ainda sob o chapéu da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, mas à medida que os ramais são concedidos à iniciativa privada, a tendência é que quase toda a rede fique sob os cuidados da Artesp.

Para marcar a mudança, o governo também prepara uma reforma visual e de logomarca, ainda a serem reveladas, assim como um novo site.

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Ligeiro
Ligeiro
1 mês atrás

Se eles quiserem fazer algo, ja teriam o feito. Falta 1 ano para o fim deste ciclo político. E a Artesp já deveria era se preocupar em como fazer o cidadão usar o transporte com inteligência. Mesmo a EMTU com suas falhas tem ao menos o sistema de monitoria, o site e o app. Ampliar isso aos serviços interurbanos e interregionais seria interessante.

Não precisa de logo novo, precisa de atenção ao que o cidadão precisa: comunicação, fiscalização e. atuação.

Felipe
Felipe
1 mês atrás

É um baita erro deixarem as estatais de fora do bojo fiscalizatório, como se a qualidade do serviço fosse um atributo natural das estatais, e não um fruto da vontade política dos nossos governantes.

E como deveres devem ser contemplados com direitos, também deveria ser paga uma tarifa técnica justa às estatais, com o subsídio público sendo feito diretamente na câmara de compensação.

Ivo
Ivo
1 mês atrás

A Artesp não vai conseguir fiscalizar e a tendência é a piora dos serviços de ônibus intermunicipais (com o fim injustificado da EMTU).