Governo federal planeja seis novas linhas de trens regionais no Brasil

Estudos de viabilidade serão concluídos até outubro; modelo pode seguir exemplo do Trem Intercidades de SP

Trem regional Coradia (Alstom)

O governo federal vai lançar seis novos trechos de trens regionais de passageiros como parte de um plano para reativar ferrovias subutilizadas e expandir o transporte ferroviário no país. A iniciativa foi revelada pelo Ministério dos Transportes, que coordena os estudos por meio do Plano Nacional de Ferrovias.

Os projetos devem ser viabilizados por meio de parcerias público-privadas (PPPs), com apresentação dos estudos técnicos prevista para outubro deste ano.

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As linhas previstas são:

  • Brasília–Luziânia (DF–GO)
  • Maringá–Londrina (PR)
  • Pelotas–Rio Grande (RS)
  • Duque de Caxias–Itaboraí–Niterói (RJ)
  • Salvador–Feira de Santana (BA)
  • Fortaleza–Sobral (CE)

Trem Intercidades de SP pode ser inspiração

Durante o Workshop de Transporte Ferroviário de Passageiros, realizado no dia 28 de maio pelo Ministério dos Transportes em parceria com a ANPTrilhos, o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, afirmou que o governo está “trabalhando com uma combinação de estratégias” e que o modelo do Trem Intercidades SP–Campinas pode ser exemplo de PPP com participação pública relevante.

O plano do governo é aproveitar a infraestrutura ferroviária existente para reduzir custos e acelerar a implementação. Os investimentos deverão incluir recursos de concessões de ferrovias de carga já vigente, como a Malha Paulista, com expectativa de realocação inicial de cerca de R$ 600 milhões.

Além disso, os estudos vão considerar aspectos técnicos, sociais e econômicos, com etapas de consulta pública, definição de traçados e estruturação de editais. A proposta é que os projetos estejam prontos para licitação ainda em 2025.

Trem de passageiros da Vale do Rio Doce (Vale)

Segundo o Ministério dos Transportes, a medida representa uma tentativa de reverter a dependência histórica do modal rodoviário e diversificar a matriz de transporte, oferecendo alternativas mais sustentáveis e eficientes de deslocamento regional. Hoje, apenas duas linhas regulares de passageiros operam no país, a ligação entre Vitória-Minas e Carajás, ambas da Vale.

O plano integra o Novo PAC, que prevê R$ 94 bilhões em investimentos ferroviários até 2026. A meta é que os novos trens atendam regiões metropolitanas densas e promovam maior integração urbana e intermunicipal, com impacto direto na qualidade de vida e no desenvolvimento regional.

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Ligeiro
Ligeiro
7 dias atrás

Todo pré ano político é a mesma coisa: “novas linhas de trens sendo prometidos”.

A quem chegou nos comentários, pesquisem sobre a questão do trem bala rio sp que prometeram antes da copa. Galera não esquece.

Menos promessas e mais ações.

Cleber Matheus
Cleber Matheus
6 dias atrás
Responder para  Ligeiro

Essas 6 novas linhas são mais fáceis de serem realizadas do que o trem-bala, já que o custo para construir a 6 é igual ou menor que o trem-bala, como será um PPP o valor pode ser ainda menor e essa ideia vem do Ministério dos Tranportes, então será algo mais do estado do que político em si, os únicos que vão usar isso serão os governadores dos estados beneficiados, mas eles não terão poder sobre essas linhas, a menos que faça igual fizeram com o metrô de Recife, repassar para o governo estadual cuidar da concessão do que o governo federal.

Ligeiro
Ligeiro
6 dias atrás
Responder para  Cleber Matheus

Comparei com o Trem Bala como exemplo supremo. mas lembro-me bem de todo pré ano eleitoral ter alguma promessa de construção ferroviária. De fato entendo que tem questões de engenharia, recursos, financiamento…

Lembrando também que no começo da gestão houve promessa para ampliação da malha e só agora saem essas ideias. Cansa.

tenho 40 anos nas costas. Quando o trem parou de circular entre amador e mairinque. completei a maioridade e me arrependo de não ter arriscado a pegar o trem (16 anos não tinha dinheiro…). pelo visto vou morrer e as promessas vão continuar…

Cleber Matheus
Cleber Matheus
6 dias atrás
Responder para  Ligeiro

Projeto bem feito demora para sair, principalmente projeto do nível do TIC, para se ter ideia as linhas do Metrô e CPTM leva pelo menos uma década para começar a sair, vira e mexe os políticos ficam usando essas linhas para fazer propaganda política, mas essas linhas só saem depois de um projeto bem feito e o projeto se provar viável no momento.

kiritsu
kiritsu
6 dias atrás
Responder para  Cleber Matheus

As pessoas replicam mto essa ideia de promessa eleitoreira e não tem um neurônio crítico pra identificar a palavra projeto, verba e licitação, promessa não tem base, é facilmente desmentida, tipo o cancelamento da L18 que venderam como “ABC não terá mais uma linha de metrô, mas sim duas” q em dois minutos de pesquisa vc via q a L20 tinha prioridade esmagadora de começar pela capital e não pelo abc.

E na vdd uma linha ferroviária fica décadas em planejamento, especialmente numa metrópole como sp, os tics paulistas parecem recentes mas tem mais de uma década que planejam eles de alguma forma.

Ligeiro
Ligeiro
4 dias atrás
Responder para  kiritsu

As pessoas replicam muito que as coisas tem que serem feitas de “forma técnica” e não tem um neurônio crítico para sacar que quem faz já o faz, não fica só anunciando e projetando. Anos e anos de projetos, de “vai fazer isso” e nada. É uma pena que não tenho paciência de fazer clipping de notícias, pois acho que dá para puxar fácil estes mais de 20 anos de ideias não concebidas de projetos.

O TIC Sorocaba já falei que tem um erro besta, que é a conexão Barueri – Itapevi via Castelo. Isso para mim já me acendeu um alerta amarelo gigante. E quanto ao projeto federal, se for reaproveitar malha antiga, OK. Mas já são 3 gestões Lula e só “ah, vai ter linha”. A CBTU sofre ainda com risco de ser privatizada. Só que mesmo assim as pessoas estão cansadas só das palavras. De verem milhões de reais indo para erros de escolhas – a L18 citada por ti.

As “decadas de planejamento” devem vir junto com a cultura de manutenção do planejamento, pois claro provavelmente vamos concordar juntos, que a variação de políticos prejudica bastante também a continuidade de projetos.

Medo ainda de 2026 elegerem um neoliberal estúpido na linhagem do salnorabo e aí todos os projetos são ou jogados no lixo ou dados de mão beijada para empresariado que vai piorar as coisas.

Marcelo
Marcelo
7 dias atrás

Apenas para melhorar o texto, os dois trens regionais que temos é “Vitória à Minas, que liga a capital capixaba com BH” e a “Estrada de Ferro de Carajás” que liga o interior do Pará com São Luís (MA).

A forma que escreveram parece que o trem liga Vitoria-Minas até Carajás. 🙂

Inclusive recomendo mt as viagens!!

Niwajo
Niwajo
3 dias atrás

Lembrando que a ideia dos trens intercidades foi lançada em 2012 pelo então governador Geraldo Alckmin.
Desde então vem sendo feitos esforços para sua viabilização.
https://www.metrocptm.com.br/governo-federal-planeja-seis-novas-linhas-de-trens-regionais-no-brasil/