A CPTM fará um leilão no dia 26 de julho para a prestação de serviço de internet wi-fi na maior parte das suas linhas. A ideia é que a empresa contratada ofereça a conexão nas linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade de forma gratuita. Apenas a estação Barra Funda está incluída na Linha 7-Rubi, por conta da previsão de concessão à iniciativa privada do ramal.
A contrapartida financeira para o vencedor da concorrência será explorar a publicidade na rede, com veiculação de anúncios em intervalos mínimos de 15 minutos. A princípio, o prazo de exploração comercial de será de cinco anos, mas com possibilidade de ser renovado para um pazo máximo de 20 anos.
“Um acesso à internet de qualidade é uma demanda antiga e válida dos nossos passageiros. Queremos excelência em tudo o que fazemos, e no acesso à internet não será diferente”, disse Pedro Moro, presidente da CPTM.
Segundo o edital, a concessionária deverá fornecer acesso gratuito diário à internet nas estações pelo período mínimo de 30 minutos por passageiro conectado, com velocidade média de transmissão de informações de, no mínimo, 512 kbps.
Um ponto interessante da concessão é que a operadora poderá oferecer pacotes com maior velocidade aos passageiros mediante pagamento. Por outro lado, a empresa deverá ser responsável por toda implantação, manutenção e modernização do sistema, além de disponibilizar uma plataforma para cadastro e orientação aos usuários.

Apagão
A iniciativa da CPTM demonstra a falta de coerência da gestão estadual em estabelecer um padrão para conexão à internet em toda a malha metroferroviária. Isso porque as linhas da CPTM, por serem essencialmente na superfície, não apresentam tantos problemas quanto ao acesso às redes de celulares, portanto o wi-fi será uma opção a mais para um usuário que já dispõe de internet.
Por outro lado, a rede de metrô, majoritariamente subterrânea, carece de um sinal mínimo em certos trechos como a Linha 5-Lilás. Como a responsabilidade sobre essa infraestrutura não recai sobre a ViaMobilidade, e sim, nas empresas de telefonia, os passageiros do ramal convivem com o “apagão” de conexão por certo tempo.
Por essa razão, a solução buscada pela CPTM, e que envolve extensões muito maiores, teria um efeito até mais visível nas linhas subterrâneas. O Metrô, por sua vez, já disponibilizou serviços do gênero tempos atrás.
Estranha-se por que certos projetos que poderiam ser tocados em conjunto acabam geridos de forma independente pelas empresas que operam a rede sobre trilhos.