Estação Júlio Prestes passará por novo restauro e adequações de acessibilidade

Quase centenária, estação passou por reformas nos anos 80 e 90 e terá nova restauração estética e funcional, informou a ViaMobilidade
Estação Júlio Prestes (Jean Carlos)
Estação Júlio Prestes (Jean Carlos)

A Estação Júlio Prestes que hoje atende apenas a Linha 8-Diamante de trens metropolitanos será alvo de uma nova reforma e restauração. A ação, que será promovida pela ViaMobilidade, operadora do ramal, deverá trazer também melhorias funcionais nesta parada ferroviária.

A quase centenária estação Júlio Prestes já passou por reformas e restaurações nos anos 1980 e 1990, algumas delas inclusive devido ao vandalismo, executadas pela gestão da Fepasa.

Estação já foi restaurada no passado (Condephaat)
Estação já foi restaurada no passado (Condephaat)

Atualmente o estado da estação não é dos melhores. Estruturas estão desgastadas e as paredes estão com tijolos aparentes, mostrando que a necessidade de reforma é urgente.

Segundo a ViaMobilidade, a reforma da estação deverá se iniciar a partir do teto, que será recomposto com materiais mais resistentes e com telhas translúcidas, para aproveitar a luz natural.

Estação está com estruturas deterioradas (Jean Carlos)
Estação está com estruturas deterioradas (Jean Carlos)

As estruturas de alvenaria da estação deverão passar por recomposição, sendo tratadas. A argamassa especial será implantada nos locais onde houver necessidade e pintada com tinta mineral.

A estação contém elementos históricos importantes compostos de aço e madeira. Estes itens, que fazem parte do conjunto tombado, também deverão ser preservados.

A passarela metálica da estação, implantada pela Fepasa, deverá ser removida. A retirada desse item fará com que a estação retorne às suas características originais.

Acessibilidade

Melhorias em acessibilidade deverão ser contempladas na reforma, tanto na parte interna como na parte externa da estação. Sinalização tátil deverá ser complementada, assim como guarda corpos e assentos preferenciais.

As áreas operacionais serão requalificadas com adequações em sanitários, vestiário e copa. Um gerador será instalado na estação para permitir alimentação elétrica em emergências.

Um novo sistema de comunicação e monitoramento deverá garantir mais segurança dentro da estação, sendo monitorado pelo Centro de Controle Operacional de Presidente Altino.

Melhorias de acessibilidade na estação Júlio Prestes (STM)
Melhorias de acessibilidade na estação Júlio Prestes (STM)

Breve histórico

A estação São Paulo, nome original da estação, foi construída pela Estrada de Ferro Sorocabana, na época empresa estatal, para ampliar o atendimento na cidade. Esta foi a quarta estação construída na capital.

As obras da estação se iniciaram em 1926, sendo contratados o engenheiro Samuel das Neves e o arquiteto Christiano Stockler das Neves. Ambos são igualmente responsáveis pela construção das estações do Norte (atual Brás) e Central do Brasil no Rio de Janeiro.

A crise financeira que atingiu o Brasil na época fez com que o projeto original fosse reduzido e simplificado. A priorização do ramal para o litoral adiou a conclusão da estação que foi entregue efetivamente em 1938.

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A estação servia aos trens de carga, de subúrbio e de longo percurso. Com o passar dos anos, apenas o serviço metropolitano se manteve ativo na estação.

Planta da Estação Júlio Prestes (FEPASA)
Planta da Estação Júlio Prestes (FEPASA)

A estação Júlio Prestes possui triplo tombamento. O CONPRESP, CONDEPHAAT e IPHAN reconheceram a importância da estação como patrimônio histórico, garantindo assim a preservação do conjunto.

Sem conexão com outras linhas, a estação atrai apenas 4.500 passageiros por dia, sendo uma das menos movimentadas da Linha 8-Diamante.

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7 comments
  1. Tava mais que na hora isso, Estação estava numa situação lastimável.

    E aproveitando o gancho deixo uma sugestão/pergunta, já que o serviço 710 está com seus dias contados, não seria possível transformar a Estação Julio Prestes como ponto final da Linha Rubi?
    Desta forma pessoas que trabalham na região central que utilizam esta linha não precisariam fazer baldeação na Barra Funda para completar sua viagem.

    1. Não pelo curto espaço para implantar trilhos lá, a direção diferente que os trilhos seguem (a Linha 7 usa mão Inglesa, a 8 mão francesa), e a falta da ligação entre a estação e a Luz.

  2. Uma correção: Atualmente tem uma passagem inaugurada recentemente ligando a Estação da Luz a Júlio Prestes fazendo ela tem conexão com as linhas do Metrô e da CPTM e esse projeto fazia parte da antiga Integração Centro.

    1. Negativo, a passagem é somente até a Sala São Paulo, para acessar a linha 8 deve se pagar uma nova passagem.

  3. Já estava mais do que na hora, essa estação é tão emblemática quanto a estação Luz! A CPTM nunca deu o devido respeito e cuidado com a Júlio Prestes, vamos ver agora como ficará essa restauração, acredito que muito boa pois a empresa responsável já restaurou vários edifícios históricos. Só senti falta da tão sonhada ligação entre Júlio Prestes e Luz, o túnel e não aquela piada de mal gosto do “Boulevard”…

  4. Se a estação Júlio Prestes hoje se encontra subutilizada, é porque os planejadores não tiveram a sensibilidade de visualizar que esta estação terminal, só têm condições de receber composições provenientes de Barra Funda/Água Branca, inclusive os planejados TIC’s procedentes de Campinas, Sorocaba, entre outras cidades do interior, e linha 7 procedente de Francisco Morato, for para usar como terminal, porque não se transferiu a linha 7 para Júlio Prestes que fica próxima e esta subutilizada, uma passagem subterrânea, ou mesmo lateral poderia interligar estas duas estações com distância semelhante a percorrida pelos usuários da linha 10 até a estação da linha 3 do metro no Brás podendo os usuários terem acesso as linhas 1 e 4 do metro na Luz ?

    A estação da Luz já estava com seu limite esgotado quando teve por um planejamento mal executado a instalação uma estação subterrânea como terminal da linha-4 Amarela do Metro, esta estação do Metro deveria ser na Júlio Prestes, Nova Luz, sem que está última estivesse concluída, e antes que tentem justificar que os subterrâneos da estação Júlio Prestes esteja tombado, e por isto que a linha-4 Amarela não foi instalada lá, é a mesma situação da estação da Luz.

    A estação Nova Luz que se diziam estar planejada para ficar no lado oposto a Júlio Prestes e ser interligada a ambas foi mais uma destas promessas eleitorais que nunca se cumpriram, e o que é mais estranho, é que enquanto querem desativar uma (Júlio Prestes), dizem que querem construir outra com características semelhantes (Nova Luz).

    A estação da Luz é uma estação de característica de passagem, e não terminal, e é um desperdício logístico utilizá-la como se está pretendendo fazer como terminal da Linha 10-Turquesa.

    O resultado disto é que hoje temos uma estação da Luz super abarrotada e próximo ao caos, enquanto que a duas quadras uma estação ociosa, cujo destino previsto é de uma sala de “N” finalidades porem nenhuma como estação ferroviária de passageiros.

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