Governo confirma planos de levar Linha 9 até Barueri e Água Branca
Mas expansão do ramal dependerá de outros aditivos contratuais e estudos

A assinatura do primeiro aditivo contratual da concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda entre a ViaMobilidade e o governo do estado marca o início de um projeto que deverá estabelecer novos padrões de qualidade e eficiência nos dois ramais de trens metropolitanos.
O documento assinado foi assinado na terça-feira, 27, entre representantes da concessionária e a Artesp, agência que assumiu a responsabilidade por fiscalizar os contratos de concessão.
O principal escopo incluído no aditivo é a implantação do sistema de sinalização ETCS de nível 2, uma tecnologia de arquitetura aberta que permitirá que as duas linhas possam operar integradas não só entre elas mas futuramente com outros serviços como o TIC Sorocaba ou a Linha 7-Rubi, por exemplo.

O ETCS é a aposta da gestão Tarcísio de Freitas para mudar o panorama da malha ferroviária de transporte de passageiros. Ao contrário do CBTC, uma tecnologia proprietária, o sistema será compartilhado por todas as linhas de trens metropolitanos e regionais, criando mais possibilidades de trajetos e operação integrada.
Nas linhas 8 e 9, ele substituirá a tecnologia ATC, que foi implantada há quatro décadas e é bastante limitada, impedindo o aumento da frequência dos trens e mesmo o nível de automação.
Trajetos variados
Mesmo dentro da concessão, o ETCS tornará possível levar a Linha 9 até Barueri e Água Branca, metas confirmadas pelo governo no aditivo.

Para isso, no entanto, será preciso estudar a construção de um viaduto ferroviário no sentido CEASA-Imperatriz Leopoldina, que disponibilizará uma segunda via à já existente atual e usada apenas para traslados e veículos de serviço.
O aditivo prevê esses estudos a serem realizados pela ViaMobilidade. Ela terá a meta de desenvolver os projetos básico e executivo além dos estudos operacionais, de sistema de energia e demanda.
Na prática será possível estabelecer serviços diversos com as linhas 8 e 9 operando alternadamente para destinos variados.
A mudança no contrato de concessão introduz ainda investimentos contingentes que não poderão ultrapassar 10% do investimento previsto, de R$ 1,1 bilhão.

Segundo o governo, eles incluem o viaduto ferroviário, intervenções na estação Nova Lapa (que será construída pela TIC Trens), na nova interligação entre as Linhas 7-Rubi e 8-Diamante e na futura configuração de vias da Estação Água Branca, outra obra a cargo da concessionária do Trem Intercidades Eixo Norte.
O prazo para que a ViaMobilidade conclua os novos projetos, no entanto, ainda não foi tornado público.
“uma tecnologia de arquitetura aberta que permitirá que as duas linhas possam operar integradas não só entre elas mas futuramente com outros serviços como o TIC Sorocaba ou a Linha 7-Rubi, por exemplo.”
Ué, mas esse TIC não vai ter via segregada? Eu hein, cada hora falam uma coisa
O TIC Oeste vai ser segregado, o pessoal que viajou um pouco. Porém se tivesse falado do TIC Norte que vai compartilhar a via da Linha 7 seria mais razoável.
Vai ter via segregada mas no trecho até a nova estação Água Branca as vias serão compartilhadas e isso exige que o sistema de sinalização seja padronizado para os trens de diferentes serviços se comunicarem.
O TIC Oeste será 100% segregado da Linha 8, depois da Marginal Pinheiros até a Água Branca vão fazer um viaduto lá para o TIC Oeste não interferir a Linha 8.
Eu não estou convencido que será totalmente segregado. Se segue defendendo essa ideia para tentar vender, mas na prática vão só instalar pontos de passagem. Da Marginal para Água Branca não tem mais espaço, só áreas já convertidas para habitação (principalmente no eixo da Imperatriz – Domingos) e áreas de grandes empreiteiras.
Eu também não estou convencido, ainda tem muito espaço para o TIC Sorocaba ser piorado.
O trem de Campinas começou como o “Expresso Bandeirante”, um trem “semi-bala” no canteiro da rodovia homônima e trajeto retilíneo, mas hoje é apenas um expressinho em via singela seguindo o zig-zag da L7 e que dividiria a plataforma na Barra Funda.
Acho tão desnecessário essa intervenção toda, a Linha 8 já faz esse atendimento. Podiam gastar essa grana toda em outras melhorias
A modernização da sinalização permitirá menores intervalos, maior velocidade, mais eficiência.
Será mesmo desnecessário esse investimento?
Sim, é desnecessário.
Exatamente, não existe motivo alguma em levar a L9 pra esses lugares, aumentando a capacidade da L8 esses serviço deixa de ter sentido
Se uma parte significativa da demanda da L8 são de pessoas que vêm da região da Lapa para Altino, com intuito de pegarem a L9, faz muito mais sentido investir na operação em Y do que simplesmente reforçar o serviço da L8 atual (que nem sequer atingiu o ponto de saturação).
A modernização da sinalização é algo necessário. Vai trazer melhoria pra ferrovia, então é válido.
Agr a extensão a água branca talvez seja interessante por causa da ligação com o TIC Trens e do metrô.
Mas em relação a expansão até Barueri isso eu tbm acho desnecessário, como dito a linha 8 já faz esse papel. A linha 9 chegando no máximo na Barra funda já está de bom tamanho.
Se você visse o tanto de “fretado” que saí de Alphaville para a região sul de São Paulo, ABCD e similares… Aí entenderia melhor o porque da ideia.
E para quem (como eu) pega os trens e se atenta, verá que parte da demanda da Linha 8 desce em Altino e Osasco, que são integradoras, e de lá partem para a L9. Então demanda tem e a ideia não é ruim, e não duvido que mesmo na época da CPTM era cogitada.
Desnecessário essa ligação da linha 9 para Água Branca.
A linha 8 já presta um excelente serviço só precisa ser levada até amador Bueno.
Se a linha fosse até São Roque concordaria contigo. Amador tem uma demanda razoável e a CCR acabou refazendo Ambiutá com configuração para 4 vagões, o que já diz muito sobre a própria empresa, pois o correto era fazer para 8 ou 12 vagões para previsões futuras.
Linha 9 em Lapa e Água Branca é totalmente desnecessário, uma vez que os usuários que vem do extremo sul já tem hoje as linhas 5 e 4 para se conectar e chegar próximo do centro.
No futuro próximo terão também a linha 17 e num futuro distante as linhas 19 e 22.
Quando chegarmos lá, o número de pessoas que permanecerão num trem de Varginia até Água Branca ou vice versa será mínimo.
Agora pra Barueri faz sentido.
O público-alvo de Lapa e Água Branca não é trazer os moradores do extremo-sul, mas sim levar os moradores da região Noroeste e Norte. Muitas dessas pessoas já usam hoje a L8 até Altino para seguir pela L9, e ganhariam mais conforto e agilidade com a criação do Y.
Sei não, a Linha 20 – Rosa estará em Santa Marina e Lapa e também passará em Fradique Coutinho e Tabapuã.
Fazendo uma ou duas conexões nas Linhas 4 – Amarela e/ou 19 – Celeste e o passageiro chegará na Linha 9 – Esmeralda.
É muito dinheiro pra pouco resultado, no longo prazo.
A ideia original era que Barra Funda fosse um “hub central” mas viram que teria problemas em reconstruir a estação. Então focaram em fazer a Água Branca ser reconstruída e virar o novo hub do sistema. É tipo o antigo projeto “integração centro” mas voltado a centralizar tudo ali em Água Branca.
E pessoas estão buscando menos integração e mais conforto. Por mais que eu seja contra privatizações, entendo que se há uma busca por melhorar o serviço e reduzir conexões, que seja justo e que façam para ver no que vai dar. São Paulo, diferente do Rio, tem um sistema de linhas mais fixo. Permitir integrações ferroviárias era o ideal desde mesmo a CPTM, dado que na época da Reestatização pós ditadura já existia previsão de integrações de linhas, mesmo com diferenças de bitola.
Trocar uma “viagem de um assento” pela linha 9 em Y por duas baldeações com padrão Santa Cruz de qualidade?? 😑
A Lapa é o centro nervoso das regiões noroeste e oeste da metrópole, principalmente para os usuários de ônibus, e já vai ser prejudicada tendo suas duas linhas férreas cortadas na Barra Funda. Apostar todas as fichas na L20, que vai demorar pra sair e ,pelo “espírito público”, deveria começar em Santo André, é muito pouco para a região.