Iniciativa privada está preocupada com o risco da PPP do Trem Intercidades

Durante teleconferência, o chefe de finanças do Grupo CCR citou desafios na “relação risco-retorno” do projeto. Governo poderá aportar até R$ 20 bilhões no TIC
Concessão da Linha 7-Rubi teria riscos elevados (Jean Carlos)
Concessão da Linha 7-Rubi teria riscos elevados (Jean Carlos)

A concessão da Linha 7-Rubi e do Trem Intercidades Eixo Norte, entre São Paulo e Campinas, está movimentando os principais predenentes a participar do leilão. O Grupo CCR, um dos principais players do mercado, encontra-se bastante reticente com o projeto.

Na teleconferência de divulgação de resultados para o segundo trimestre de 2023 o CFO (chefe financeiro) da CCR, Waldo Perez, revelou que o projeto está em consonância com o portfólio da empresa.

Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

Em contrapartida, o projeto parece estar gerando preocupação por parte da empresa, algo que pode indicar uma certa resistência na iniciativa privada no geral. Em declaração, Perez cita “uma série de desafios” com ênfase na “relação risco-retorno”.

O projeto do Trem Intercidades é o mais robusto em termos de investimento a serem realizados nos últimos anos. Com um investimento total previsto em R$ 12,4 bilhões, o grande desafio será como capitalizar tamanho aporte de melhorias.

TIC exigirá grande quantidade de investimentos (Jean Carlos)
TIC exigirá grande quantidade de investimentos (Jean Carlos)

Para além da capitalização, a preocupação principal do grupo é em como manter uma postura competitiva diante de um retorno financeiro do projeto. A concessão do Trem Intercidades e da Linha 7-Rubi terá modelagem de remuneração totalmente inédita, o Pagamento por Disponibilidade. Discorremos detalhadamente sobre esse assunto em um artigo especial.

Para além deste aspecto, está o risco assumido com a demanda e remuneração do TIC que não deverá contar com qualquer tipo apoio do estado em relação a tarifas, sendo estabelecido no máximo uma tarifa teto para o serviço.

Opinião do autor

Apesar deste fato, não deveria haver preocupação quanto à fontes de receita. Uma vez que o governo vai disponibilizar, a título contraprestação pecuniária, o valor de R$ 13,7 bilhões, e participará com R$ 6 bilhões a título de aporte público.

Diante deste cenário, onde o aporte estatal total pode chegar a R$ 20 bilhões, é difícil compreender o temor por parte das equipes de planejamento. A menos que tal temor esteja atrelado à uma estratégia competitiva que minimize os riscos para a operadora.

Governo poderá bancar até R$ 20 bilhões (Jean Carlos)
Governo poderá bancar até R$ 20 bilhões (Jean Carlos)

Mediante tal cenário é imperativo dizer que o cenário de disputa será extremamente acirrado, mas não necessariamente mortífero para as empresas. Tudo isso dependerá de como as modelagens operacionais e financeiras de cada uma delas ocorrerão.

A CCR diz contribuir com “feedback” ao poder concedente para minimizar tais riscos. O grande mistério é: qual seria o grande risco que um projeto tão generoso como este poderia apresentar? Talvez a competição por um projeto inédito de grandes proporções mostre iniciativas mais fortes do que aquelas hegemônicas na mobilidade urbana atual.

Total
0
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
48 comments
  1. Só existe CCR pra operar trens em São Paulo? Isso é monopólio; ruim pro passageiro, ruim pro funcionário, ruim pro próprio governo do estado… até cego consegue ver!

    SAI FORA CCR.

    1. O transporte público é um monopólio do estado (que define tarifas e padrões de funcionamento), não importa quem o opere. Sendo assim, você considera o monopólio estatal ruim para o passageiro, para o funcionário e para o próprio governo do estado?

      Felipe Henrique, sem o monopólio do estado, o transporte público não atenderia o interesse público. Até o momento apareceram outros grupos interessados nas concessões, porém o que possui melhores condições (no momento) é o CCR. Ser ou não operado pela CCR não fará diferença para o passageiro ou para o funcionário ou para o governo do estado, desde que a empresa vencedora tenha recursos para gerir a concessão.

      Entregar para qualquer um no lugar da CCR (com a desculpa do “monopólio” fantasioso) seria burrice.

      1. Não disse nada sobre o monopólio estatal. Caberia uma melhor atenção da sua parte pra interpretar o que foi dito.

        Uma única empresa PRIVADA é ruim pois só visa seu próprio lucre em detrimento ao bem estar social e da operação, a exemplo Via… 8 e 9 e SuperVia (RJ).

        Uma única empresa é ruim para os funcionários pois a CCR tem fama de pagar pouco, a seus condutores, e agentes de manutenção, gerando altíssima rotatividade de funcionários o que prejudica q operação, já que a mesma nunca possui funcionários experientes nos seus principais cargos.

        Até a prefeitura do RJ paga mais os motoristas de ônibus do que a CCR a seus maquinistas. Nem colocaremos em discussão as questões trabalhistas que a CCR se esquiva em pagar, como a periculosidade dos maquinistas e supervisores.

        Pra finalizar, deixar claro que monopólio privado é tragédia pra vários setores da sociedade.. passageiros, funcionários e o próprio governo que deve pagar altíssimos reajustes, graças ao temor do retorno.

        1. Não existe monopólio privado em transporte público. A operação por parte da CCR ou de outra empresa será realizada por regras definidas pelo estado. E em São Paulo está sendo feita a concessão, no Rio foi feita a privatização (que é outro processo-nunca cogitado em São Paulo).

          Quanto a questões salariais, ocorre o contrário: o estado paga muito acima do mercado por conta do lobby sindical e supostas “periculosidades” que só existem no setor público. Com salários acima de mercado, a sociedade precisa pagar mais impostos para manter a máquina estatal e uma hora essa conta não fecha (como ocorreu com Fepasa, RFFSA, CMTC, etc). Não é justo tirar recursos de outras áreas para bancar “supersalário” (quando comparado com professores, técnicos de enfermagem e outros funcionários públicos) de metroviário.

          1. Ivo não conta as informações por completo, Viamobilidade tem desde 2019 prioridade na arrecadação tarifária, em alguns meses o metrô estatal recebe apenas 0,2% da receita, por isso esta tomando prejuízo.

            Não pode bancar a máquina estatal mas bancar a máquina privada esta tudo certo?

            Um funcionário público não pode receber um salário digno, mas os empresários podem enriquecer com o dinheiro público?

            O estado pode mandar bilhões pra CCR, mas não pode pagar o salário dos metroviarios

            E acha q professores estão satisfeitos com o salário q recebem? Quantas greves não ja fizeram?

          2. Transporte publico virou mercadoria agora IVO?

            Ou vc acha que a VIA CALAMIDADE está preocupada em oferecer um serviço de qualidade, como a estatal Japonesa JR?

            Se privatização fosse tão bom assim, a telefonia, Enel e a SuperVia seriam exemplos…SQN

          3. “Suposta” periculosidade?

            Faz uma visita na Viamobilidade e coloca a sua mão em quadros de energia completamente desprotegidos. Você já viu uma chave faca do interior de uma locomotiva, ou um conversor auxiliar de um TUE?

            Claro que nunca viu, pois fecha os olhos pra realidade, em somente querer dizer que o setor público é ineficiente, quanto na verdade é o único que ainda preserva condições trabalhistas decentes nesse país hipócrita.

          4. Antes de papagaiar a cartilha neoliberal veja quanto o estado gasta subsidiando a empresa privada que NÃO cumpre as tais regras lindas que você diz e não tem a concessão cancelada porque criam um contrato que blinda a empresa, que só recebe multinha e não paga. O estado inclusive TIRA do que entra nas linhas ainda estatais pra bancar o subsídio da empresa privada com serviço porco que só apoia quem não usa.

          5. Salários “muito acima” do mercado, e “supostas periculosidades”, você é no mínimo sem noção pra falar tanta asneira.

            Quem ganha bem no funcionalismo público, são diretores, e cargos acima que nem sabemos como se pronuncia. Peão de área operacional não ganha mais do que merecido e ainda tem que ouvir desaforos de gente como você.

            Pra sua informação Periculosidade é um direito trabalhista a todos os profissionais que trabalham em áreas que possuem energia elétrica, um maquinista da Viamobilidade atua em disjuntores, armários elétricos, chaves faca, CVS (conversor auxiliar), Aparelhos de Mudança de Via que operam com ALTA TENSÃO, ou vai dizer também que um AMV é movido a pilhas Rayovac?

            Por esse e muitos outros motivos, a CCR não deve pegar mais nenhuma outra linha em SP… com essa empresa é retrocesso atrás de retrocesso.

          6. E ainda é desinformado, a SuperVia é sim uma concessão. Diferente do que você disse… é o mesmo modelo que está sendo implantado em SP.

            Pior que seja difícil admitir, a Supervia ainda remunera melhor seus maquinistas que a Viamobilidade.

      2. Sério IVO, acionista da CCR, que vc está preocupado com monopolio estatal?

        Sério mesmo? kkkkkkkkkkkkkk

      3. Nossa, que viagem. A partir do momento em que a empresa privada presta o serviço ela tem o monopólio dim. Ou tem concorrência? O estado definir regras não tem absolutamente nada a ver já que ao mesmo tempo ele entrega um gordíssimo subsídio e a empresa privada que deveria investir mau investe mesmo assim. E se você acha que não faz diferença é porque nunca usou o serviço, pois pra quem usa as linhas 8 e 9 fez muita diferença sim!

      4. voces ainda dão bola pro Ivo?

        ele é contra as empresas públicas e favor das concessionárias, sempre contra o trabalhador ferroviário e a favor dos altos lucros das empresas.

        sempre traz dados questionáveis e um discurso contraditório, quando diz que a CPTM investiu 20 bilhões e não melhorou nada, mas acha que com 3 bilhões da CCR em 30 anos vai transformar as linhas 8 e 9 em padrão metrô.

        até hoje não respondeu os vários questionamentos que o fiz. daí a resposta é que eu politizo o discurso.

      5. O sistema ferroviário de passageiros, não se desenvolve, em todo o país, se não for púbico, pois, o privado, prioriza as cargas, com maior lucratividade.

  2. Se não possuem coragem de assumir não entrem na disputa.

    A CCR quer o Governo de SP fique bancando as suas operações até quando? Que núcleo vicioso é esse?

    Novas empresas que não fazem parte do grupo CCR devem assumir… aliás, a CPTM teria total capacidade técnica para operar uma grande rede de trens Metropolitanos e Intercidades, como em qualquer país da europa com as suas empresas ferroviárias que são as mais conhecidas do mundo, todas estatais.

    RENFE, SNCS, TRENITALIA, CP, ÖBB, DB… a CPTM deveria ser mais uma na lista… mas o desmonte é a única coisa que os políticos brasileiros sabem fazer, FEPASA e RFFSA mandaram lembranças.

    1. A CPTM assumir é uma piada pessima
      Nós faz nem o que deveria fazer e por causa disso vai desaparecer

      1. Desaparecer aonde?? Quem vai desaparecer é a CCR, esta até com medo do prejuízo q pode levar se assumir a operação do TIC

    2. A CPTM não tem capacidade de gerir a rede atual, imagine gerir mais linhas. Uma empresa que recebeu R$ 16 bilhões de investimento em dez anos e deixou um legado de obras abandonadas, entregues incompletas ou canceladas e não conseguiu atingir nenhum parâmetro de qualidade que ela mesma criou.

      1. CPTM tem capacidade sim, atualmente muitas das linhas chegam ao padrão de ser quase metrô de superfície, com intervalo curto entre trens, frota moderna, segurança e limpeza relativamente boa, etc.
        Falar que os investimentos bilhonarios foram a toa (ou que tem muitas obras abandonadas da CPTM, não tem), é pura ignorância a respeito de como eram as ferrovias urbanas de sp umas décadas a trás e como são agora. Costumava ser uma bagunça completa, trens extremamente velhos, viagens com portas abertas e descarrilamentos o tempo todo, superlotação constante, intervalos muito compridos entre trens, estações caindo aos pedaços.
        O motivo de por que não é mais assim é o investimento prolongado da CPTM em melhorar e modernizar o sistema ao longo das últimas três décadas em reformar ou reconstruir estações, renovar a frota, e treinar funcionários para antender melhor a população, ainda tem onde melhorar, mas estava melhorando e não tem nada indicando que privatizar é um caminho viável ou preferível para melhora.

      2. Você vive em Nárnia?

        A CPTM transformou a rede sobre trilhos de SP. Talvez você nem era nascido pra ver o lixo que eram os trens de São Paulo. Veja a linha do tempo da CPTM.

        Se a CPTM não tem capacidade quem é que tem? A CCR? Que começou a reformar a estação Santo Amaro e deixou as estruturas afundarem no rio pinheiros? Isso que é parâmetro de qualidade pra você?

      3. Boa tarde
        Imagino que você seja da atual geração que não conheceu o que foi a realidade da ferrovia paulista no passado.
        Antigamente se reclamava que não havia trens. Hoje tem. Que eram velhos e desconfortáveis. Hoje isso mudou. Que as viagens eram lentas. Houve melhoria substancial.
        Exemplo disso é o tempo de viagem entre Bras e Itaim paulista que reduziu seu tempo de percurso em quase dez minutos.
        Se é contra a CPTM, deve ter suas razões. Talvez seja acionista do grupo privado que engorda os dividendos com subsídio estatal. Um absurdo!

      4. a ccr recebe mais de 4 milhões por dia e nem limpar o trem consegue….

        pergunta pro usuário das linhas 8 e 9 se o serviço melhorou ou piorou?

        traz um argumento melhor, Ivo Holanda…

    3. O transporte ferroviário de passageiros, não se desenvolve, em todo País, se não for púbico, pois o Privado, prioriza as cargas, com maior lucratividade.

  3. Se a iniciativa privada não quer, deixa com o poder público, esses políticos de direita só querem tacar pra corporações bilhões do dinheiro público

  4. A única coisa ruim deste trem para Campinas é que o serviço 710 vai acabar. Isto vai atrapalhar muita gente. O governo de São Paulo deveria pensar nisto.

  5. Espera ai, deixa ver se eu entendi, o TIC vai render bilhões pra concessionária que operar ele, mas a CCR esta com medo de se caso ganhar, tomar prejuízo financeiro?

    🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣, é pra rir de uma coisa dessas

    1. Interessante o texto!
      Devemos lembrar que a CCR é grande operadora de pedágios no estado, curioso ela concorrer consigo mesma.
      Eles vão forçar até onde der para que consigam compensações e lucro máximo no processo, e logo depois de entregue vão renegociar a concessão por mais algumas décadas para continuarem com lucro máximo.
      Infelizmente parece que não teremos este trem antes de 2030. 🙁

  6. Minha opinião como consumidor, visito minha família numa cidade da região metropolitana de Campinas, pra mim o trem não é interessante, com o preço proposto continua sendo mais viável pegar um ônibus direto pra minha cidade do que usar um trem lento que só vai bater só 99 km/h, só de eu sair do trem e ter que pegar o ônibus a minha viagem vai ser mais lenta e provavelmente mais cara que um ônibus direto. Não faz sentido gastar um horror de dinheiro público pro trem intercidades.
    Há alguns anos eu visitei a cidade de Jundiaí e vi anuncios de ônibus fretados que se fechasse o pacote mensal ia ficar a metade do preço de uma passagem na rodoviária, fiquei pensando em qual potencial tem um trem intercidades.
    Na boa, eu só usaria o trem se cobrassem 20 reais na passagem, mais que isso eu não pago, não faz sentido. É triste mas esta é a opinião de um consumidor, se eu não receber um argumento que me convença que é mais rápido e barato eu não vou usar o trem, seja pela opinião técnica ou política que for.

    1. Sem contar que tem o cometão, o bla bla car, BUSER e outros….

      Esse trem vai é ficar BATENDO lata, como foi o do Aeroporto….

      E em 2030, a passagem já estará mais de R$ 100, é ruim que vai ser só o teto de 64…

    2. Aí eu vou responder como consumidor, de são Paulo pra Campinas é 90km, se viajar a 150 km/h então é 36 minutos de viagem, entre baldear e entrar no ônibus e viajar pra uma cidade da região vai dar 1 hora, se eu fizer a mesma viagem só de ônibus é 1:30h. O problema é que eu e a maioria dos brasileiros não ganha 30 reais em meia hora de trabalho. Se pra poupar 30 minutos eu tiver que desembolsar 30 reais eu não vou pagar.

  7. O que o pessoal não tá entendendo o medo das empresas não é somente a crr qualquer outra é que tic opera dando prejuízo e a L7 da lucro. Além que a grande maioria das pessoas aqui não viu a live do Jean sobre o que as empresas vão ter fazer , jogou tudo na mão da iniciativa privada de estudo emai/ rima até desapropriação . E não tem um modelo fechado de trem que vai operar a empresa escolhe para depois passar pelo crivo do governo estadual

  8. Mas pessoal será q a CCR já foi escolhida como vencedora do TIC e o futuro leilão vai ser de fachada?? Por qual outro motivo ela estaria com medo dos riscos, se ela não sabe se vai ganhar a concessão?

  9. Ué, se está preocupada não pegue o serviço. Faz um favor pra gente não ter um serviço podre igual das linhas 8 e 9, que só gado neoliberal apoia.

    1. Eu moro em Barueri desde que nasci, utilizavao trem quando ainda era da Rede Ferroviária , e posso afirmar que a CPTM fez um trabalho muito bem feito. Eles pegaram trens e estações caindo os pedaços e transformaram numa linha muito organizada, com trens e estaçoes muito mais limpos e com previsibilidade de horário excelente. Mas sinceramente , depois que essa CCR assumiu, a previsibilidade foi para o espaço. O serviço da linha diamante piorou muito com a CCR. Conforme o compromisso que eu tenho em São Paulo eu acabo desistindo do trem por medo de chegar atrasado e vou de carro, mas infelizmente tenho que pagar pedágio para a CCR na Castelo Branco.As vezes eu acho a CCR quer a linha 8 ruim para arrecadar mais com pedágios. Acho muito triste isso que estão fazendo com São Paulo ,só pra encher os lucros dos acionistas da CCR.

      1. Eu concordo plenamente com você, a linha Diamante era imensamente melhor com a CPTM. Esse dinheiro que está engordando os lucros da CCR poderiam estar sendo reinvestidos nas própria linha.

  10. vamos aos fatos:

    não há necessidade de tic. somente o tim. é uma volúpia de investimento para um trajeto do século retrasado para uma demanda que na visão mais otimista é de 60 mil pax por dia. em 1:04 hs de trajeto. não é viável

    não há necessidade de concessão. isso é claramente uma forma do governo atender ao lobby do mercado financeiro e injetar dinheiro público no setor privado. o governo é o melhor cliente para esse povo, que quer os altos contratos do setor público

    a CCR não está preocupada em ter prejuízo. ela está preocupada com o retorno. tem uma apresentação da CCR que ela mostra inviável a linha 6. porque? pq ela teria que investir muito dinheiro, e o retorno seria longo. a CCR tem o perfil de querer obra pronta e ter retorno rápido. Além disso há no radar diversos leilões de infraestrutura no Brasil e na América latina, ou seja, as rodovias e aeroportos trazem mais retorno do que uma linha de trem intercidades. sem contar que a chance da empresa prestar um péssimo serviço e ficar com nome manchado é grande.

  11. A iniciativa “privada” não quer riscos! querem viver no capitalismo onde o Estado cubra os prejuízos. Querem garantias iguais as que possuem na linha amarela e lilás do Metrô paulistano, coisa assustadora. Havendo lucro, eles absorvem, havendo prejuízo, querem que o estado banque os custos inclusive a margem projetada do lucro!! viva o capitalismo paulista!!

  12. Também acho que faz mais sentido investir no trem intermetropolitano do que no TIC, será mais barato e atenderá mais pessoas.

  13. Difícil compreender? A CCR prefere milhares de carros passando pelos seus pedágios do que lidar com trens… Simples.

  14. Se a CPTM e o Metrô têm problemas operacionais, é porque os investimentos do governo têm diminuido ao longo das últimas décadas. Ambas têm uma longa e respeitavel experiência e capacidade técnica, que infelizmente está sendo desidratada junto com as próprias empresas.
    Os próprios trens intercidades deveriam ser vinculados a uma nova estatal, dedicada aos Trens Regionais, e que seria consorciada à CPTM, a qual propiciaria toda a engenharia e o suporte técnico à nova empresa-irmã.
    Mas infelizmente isso soa como palavrão e insulto pra aqueles que insistem em rezar a falida cartilha neoliberal, enquanto ingenuamente sonham que a privatização seja a solução universal para tudo.

  15. Não consigo entender, o governo já entra de cara com 6 bilhões? 50% ?
    fica fácil pra quem assumir né.

    já imaginou quem vem do abc pra Pirituba por exemplo? vai descer na Luz, depois luz/ Barra funda e Barra funda/ Pirituba…vixi

  16. Quem ganha é o passageiro, evita o fim do 710 e impede que mais uma concessão fraudolenta se estabeleça na rede metroferroviária. Esse projeto do TIC é uma verdadeira piada.

  17. A reportagem falam em “empresas”, mas no final a reclamação é só da CCR. Isso é resolvido de forma bem simples: Se pra ela o risco é alto, então não participa do leilão!

    Receber 20 bi pra poder fazer a linha rodar e implementar o TIC ainda é um risco alto, é melhor nem entrar.

  18. Até parece piada a CCR ter medo de ter prejuízo com o TIC, o governo do estado bancando 50% do projeto, que prejuízo é esse?

  19. Depois da Agenda 2030 da ONU, agora o Grupo Arup, parceiro oficial do FMI, tem um chamado Cidades C40. Não é teoria da conspiração, está divulgado, vou por o link aqui: https://www.arup.com/-/media/arup/files/publications/c/arup-c40-the-future-of-urban-consumption-in-a-1-5c-world.pdf
    Andar de carro vai ficar cada vez mais difícil e caro.
    Aumentar o preço dos combustíveis tornaria tudo mais caro, então creio que o preço do carro subirá exponencialmente. Talvez subam ambos mas aposto na alta do preço dos carros.

    Como ficaremos sem esses transportes, sendo público ou privado ?
    Se não fizermos transporte sobre trilho, vamos ficar fadados a pegar transito no transporte publico, mesmo tendo menos carros.

  20. É bem curioso né? o estado mais rico do país diz que não tem dinheiro pra fazer trem de SP pra Campinas, (só 90km) mas pra dar pra concessionário tem dinheiro, enquanto isso na Argentina o governo federal está reativando as ferrovias de longa distância, há 2 meses reativaram a linha Buenos Aires a Mendoza, com 1100 km. Ferrovia pública e operada pelo governo argentino…
    e aí vem os produtores de Fake News falar que a Argentina está falida, e que são Paulo está bem…

Comments are closed.

Previous Post
Plataforma sentido Rio Grande da Serra da estação Utinga será interditada (Jean Carlos)

Obras em Utinga mudam operação na CPTM e suspendem Serviço 710 no domingo

Next Post

Sindicato decide hoje se haverá greve no Metrô nesta terça, 15

Related Posts