A Linha 19-Celeste do Metrô teve seu projeto aprovado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e e Turístico do Estado (Condephaat) durante sessão realizada em fevereiro, mas só divulgada no Diário Oficial neste sábado, 08 de maio.
O aval inclui o trecho Bosque Maia-Anhangabaú, mas inclui ressalvas a respeito da apresentação do detalhamento arquitetônico das estações Pari, São Bento e Anhangabaú e respectivas saídas de emergência e ventilação e também o futuro estacionamento Bixiga. Esse trecho, na região central, é o mais sensível às intervenções da obra subterrânea.
“Alertamos Vossa Senhoria, que não constam nos autos vias
adicionais do projeto, portanto, solicitamos o envio de novas
plantas assinadas pelo responsável técnico e proprietário para
aposição de carimbo, se necessário. Esta autorização não isenta o
interessado de obter
aprovação de seu projeto nos demais órgãos competentes”, explicou o
Condephaat na ata da reunião.
É mais um passo para tirar a Linha 19 do papel e que inclui a realização de sondagens e levantamentos, já em execução, além do projeto básico, que está em licitação após vários meses suspenso.

No entanto, o município que mais se beneficiará da linha ainda não emitiu a certidão do EIA-RIMA, necessária para autorizar a sequência do empreendimento. Segundo relatório do Metrô em março, a prefeitura de Guarulhos, administrada por Gustavo Henric Costa (PSD), não tem previsão de emitir a certidão municipal, “cujos trâmites encontram-se parcialmente paralisados devido à pandemia da COVID-19”.
A prefeitura de São Paulo, por sua vez, já autorizou o projeto na parte que envolve a capital paulista desde junho de 2020.
Trata-se de uma situação surreal já que a chegada do Metrô em Guarulhos é algo aguardado e reclamado há tantos anos e no momento em que o município é acionado a apoiar o projeto o deixa na gaveta.