Linha 20-Rosa tem licitação de projeto básico adiada por quase um mês

Certame estava marcado para ocorrer em 7 de março mas foi postergado para 3 de abril, segundo a comissão de licitação. Projeto é considerado uma das prioridades do governo

Linha 20-Rosa
A estação Santo André será uma das paradas mais importantes da Linha 20-Rosa (Jean Carlos)

O Metrô de São Paulo postergou a realização da licitação de projeto básico de engenharia e arquitetura da Linha 20-Rosa que ligará Santa Marina, na região da Lapa, a Santo André, no ABC Paulista.

Lançada em dezembro do ano passado, a concorrência tinha como data da sessão pública de entrega de propostas o dia 7 de março. A companhia, no entanto, remarcou o certame para 03 de abril, no mesmo local, o 2º andar do Edifício CIDADE II, na Rua Boa Vista, 175.

Como é comum nessas situações, o Metrô não deu detalhes sobre os motivos que levaram ao adiamento. Pela complexidade do edital, entretanto, é de se imaginar que os possíveis interessados pediram mais tempo para formular suas propostas.

Siga o MetrôCPTM nas redes: WhatsApp | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

O edital prevê a execuação do serviços em dois lotes, o primeiro entre Santa Marina e a futura estação Abraão de Morais, na Zona Sul, da capital, e o segundo entre este local e a Santo André.

Estações da Linha 20-Rosa (Metrô SP)
Estações da Linha 20-Rosa (Metrô SP)

O prazo para realizar o projeto é de 20 meses, o que indica a conclusão em meados de 2026. Vale lembrar que o Metrô tem previsto que a primeira etapa da Linha 20-Rosa seja aberta em 2030 e a segunda, em 2035.

Embora a companhia do estado esteja levando à frente os estudos do ramal de 33 km de extensão e 24 estações, entende-se que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) deverá conceder a nova linha para a iniciativa privada.

5 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Leoni
Leoni
1 ano atrás

O que é paradoxal nesses múltiplos projetos mirabolantes principalmente do Metrô a décadas serem utilizados como trampolim político e que raramente saem do papel, os escritórios de engenharia que elaboram os projetos e avaliações é que são beneficiados, para execuções que certamente deveram ser revisados totalmente na época de sua implantação, e nunca avançam e quando tem novidades é sempre da procrastinação e adiamento.
Com relação a Linha 20-Rosa já ficou definido pelos planejadores, tem sido que o trecho entre Lapa e Saúde é considerado mais viável por conta da demanda enquanto a prometida chegada do Metrô ao ABC Paulista ocorreria numa segunda fase no final após a década de quarenta! Neste caso do lançamento desta Linha 20-Rosa em paralela com a Linha Integradora-710 a região do ABC, esta manobra sórdida ainda tem que o motivo fútil alegado para incluir é o cambalacho para justificar o cancelamento Anel ferroviário Norte, das Linha 18-Bronze e 14-Ônix, além de tentar preparar e iludir os usuários e principalmente para descontinuidade dos serviços da Linha Integradora-710 que conta com ampla aprovação e beneficia TODAS as Linhas, inclusive os da ViaMobilidade em um grande retrocesso de mobilidade urbana, não por conta dos usuários, mas sim para facilitar mais uma concessão mal planejada e manipulada, por conta de um TIC obsoleto até Campinas!

Ivo
Ivo
1 ano atrás
Responder para  Leoni

Estudo com mais de cinco anos precisa de atualização ou arquivamento (e contratação de novo estudo).

Numa empresa que também realiza planejamento como o Metrô, estudos sempre serão contratados e nem sempre para sair do papel. O custo dessas contratações é irrisório diante do resultado final (uma rede implantada com bom planejamento).

Leoni
Leoni
1 ano atrás
Responder para  Leoni

Existe uma diferença abissal entre um projeto consistente que possui necessidade de revisões frequentes e a cronologia de sua execução física.
Quando se faz a leitura das planilhas permite concluir que nenhuma das múltiplas linhas do Metrô-SP e CPTM desde que o PSDB/Republicanos assumiu, e que já fazem TRINTA anos foram executadas e concluídas adequadamente, e assim continuaram incompletas se mantidas estas incoerências, pois as Linhas 1 e 3 já existiam, o mesmo ocorre com a Linha 13-Jade da CPTM que além de incompleta e possuir baixíssima demanda ainda postergam em prolonga-la até Bonsucesso , isto faz conforme argumentos de alguns entregar linhas incompletas para concessão como ocorre atualmente seja motivo justificável para continuar extorquindo o Estado mantendo refém e injetando verbas continuamente.
Se fala e fizeram tantos estudos para chegarem nesta conclusão com relação a implantação deste TIC até Campinas com 1 hora e 15 minutos velocidade média de 95 km/h e máxima de 140 km/h em via singela, com os experts da gestão atual cogitando substituir os Pendulares pelos modelos do tipo Push-Pull, que são formados por locomotivas que tracionam carros sem motorização interferindo tanto nos trens metropolitanos quanto nos cargueiros, quando existem opções melhores, além de extinguir a Linha Integradora-710 é uma consolidação do projeto “Integração Centro” que conta com ampla aprovação de seus usuários e teve suas origens no início do novo milênio e é a ÚNICA que reúne a possibilidade de plena integração em TODAS estações chaves do Metrô e da CPTM sem prejudicar e interferir nos serviços e linhas existentes, os “loops” e intervenções são independentes, e a sinalização compatíveis.

Ivo
Ivo
1 ano atrás
Responder para  Leoni

Em 1966 a prefeitura de São Paulo contratou o consórcio HMD para projetar a rede do futuro metrô.

Foi apresentado pelo consórcio HMD em 1968 uma rede com 4 linhas e 66 km:

– Azul/Norte–Sul (Santana ↔ Jabaquara),
– Vermelha/Nordeste–Noroeste (Casa Verde ↔ Vila Maria),
– Amarela/Sudeste–Sudoeste (Jóquei Club ↔ Via Anchieta) e
– Verde/Paulista (Vila Madalena ↔ Paraíso)

Além disso, dois ramais foram projetados:
– Azul/Moema (Paraíso ↔ Moema)
– Amarela/Mooca (Pedro II ↔ Vila Bertioga)

De tudo isso acima, só a Linha Azul (14 km) saiu do papel (a verde foi reprojetada inteiramente em 1980). Se dependesse do Leoni, o projeto teria que sair todo do papel ao mesmo tempo ou era melhor não construir nada.

O Rio de Janeiro resolveu implantar seu metrô através da solução proposta pelo Leoni e contratou todas as obras de sua rede básica (36 km) ao mesmo tempo. O resultado? Não conseguiram concluir nem o primeiro trecho da primeira linha projetada e tiveram que reprojetar tudo novamente para depois levarem mais 20 anos tentando implantar o novo projeto.

Então a solução proposta pelo Leoni (projetar e construir tudo previsto primeiro para depois lançar novos projetos) não funciona.

Tiago
Tiago
1 ano atrás

só vai atrasar a licitação por causa dessas besteiras de coisa pública