Linha 24 da CPTM tem seu “mineral” revelado, o quartzo

Conhecido como Arco Oeste, ramal terá 24 km de extensão, 20 estações e ligará Alphaville ao Campo Limpo, na Zona Sul da capital
Arco Oeste da CPTM agora é conhecido como Linha 24-Quartzo (Jean Carlos)

Enquanto o Metrô batiza suas linhas com números e cores, a CPTM segue outro padrão: além da numeração, há o acréscimo da nomenclatura de pedras preciosas e minerais.

Na semana passada, um novo material foi revelado como referência para uma linha da companhia, o quartzo, um cristal que está longe de ser raro, vale lembrar.

O mineral foi citado como parte do nome do Arco Oeste, ramal que a CPTM estuda entre Alphaville e Campo Limpo e que passa a ser conhecido como Linha 24-Quartzo.

A Linha 24-Quartzo aparece oficialmente (GESP)

A informação fez parte da apresentação do secretário Marco Antonio Assalve, dos Transportes Metropolitanos, em evento do Instituto de Engenharia.

Segundo ele, a Linha 24 terá 20 estações, distribuídas por 24 km de vias onde circularão diariamente 560 mil passageiros, conforme projeções atuais.

Anel ferroviário se desenhando

A CPTM tem revelado informações sobre o projeto, que consiste em criar uma ligação férrea radial capaz de reduzir a necessidade dos usuários seguirem para estações centrais para seguir viagem para outras regiões da Grande São Paulo.

Há também um estudo para o Arco Sul, não citado, e para a Linha 14-Ônix, esta entre Bonsucesso e Jardim Irene, em Santo André.

O “anel ferroviário” dependeria apenas do Arco Norte, mas as informações mais recentes mostram a Linha 23-Limão cruzando a região norte da capital sem conexão com os projetos da CPTM.

Estações de integração da Linha 24-Arco Oeste (Jean Carlos)
Estações de integração da Linha 24-Arco Oeste (Jean Carlos)

Como o estágio desses estudos é muito incipiente, não é possível cravar que o formato atual será de fato levado em frente.

Por enquanto, a Linha 24-Quartzo prevê conexões com a Linha 8-Diamante em Carapicuíba, com a futura Linha 22-Marron em Monte Belo, com a Linha 4-Amarela quando esta chegar à Taboão da Serra e, por fim, a Linha 5-Lilás, em Campo Limpo.

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Sem dúvida, um ramal bastante promissor pelo seu potencial de encurtar distâncias e distribuir a demanda de forma mais equilibrada na rede.

Até a Linha 24 virar realidade, no entanto, serão muitos anos pela frente. Ainda bem que o quartzo é um material resistente ao tempo.

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20 comments
  1. Acho que poderiam estudar direitinho para esta linha passar por Embu das Artes, seria excelente, já que o projeto da CPTM ligando Embu das Artes A estão Campo Limpo ( que chegou a aparecer em alguns mapas futuros ) foi provavelmente descontinuado.

    1. Embu das Artes é totalmente fora do trajeto proposto, além de não ter toda essa demana que justificaria uma mudança tão significativa na proposta. Melhor fazer um corredor de ônibus conectando a cidade à malha.

  2. Percebe-se que entre Campo Limpo e Taboão nenhuma Região nova será atendida apenas fará uma ligação entre linhas do metro, talvez seria mais produtivo ligar Taboão a Campão redondo e a depender do traçado fazer uma ou duas estações intermediária em Embu Das Artes, seria mais um município atendido, e daria um volume gigantesco de passageiros a linha, já que Embu está fora das redes de trilhos.

  3. Vi essa notícia e lembrei de um projeto da CPTM entre Monte Belo e Piqueri que ia cortar as linhas 2, 7, 8 e 9

  4. Sugestão de nomes pras estações da via imobilidade: Bichinhos, tais como tartaruga, lesma, bicho preguiça etc.

  5. ao invés de ficar planejando linhas deveriam tirar os projetos do papel
    PRIVATIZA JÁ

    e pra variar meus posts são sempre bloqueados

    1. Meu caro, os posts estão sendo moderados quando o conteúdo é ofensivo ou provocativo a outros leitores, além de focados em polarização política. Todos têm o direito de colocar sua opinião sobre o assunto, não importa qual o direcionamento, mas isso precisa ser feito com respeito aos demais.

      1. concordo Ricardo. Mas vcs precisam moderar um tal de “Mickey”, pois ele faz exatamente essas coisas que vc disse sendo pior que isso, e ainda é desrespeitoso para com os outros.

        1. Os comentários deles estão sendo moderados e vários sendo deletados por serem apenas provocações. Tem ocorrido com vários leitores, infelizmente. Só peço paciência e compreensão a todos porque o trabalho é manual e sujeito a erros.

  6. Pq não fazem um anel ferroviário de verdade? O metrô também poderia fazer um metroviário, mais ao centro.
    Este proposto, se sair, será fajuto, com inúmeras baldeações e proporções muito grandes.
    Não estou negando que serão linhas valiosas à mobilidade urbana, distribuindo os passageiros pela malha. Apenas acho demais quererem (me refiro aos que projetam, não o querido jornalista do site) empurrar como se fosse um anel ferroviário

    1. É pq pouco importa se existem baldeações nesses anéis ou não, maior parte da demanda de linhas circulares é distribuída, ou seja, maioria esmagadora da demanda não ficará muito tempo circulando na mesma linha, e separando em varias linhas em caso de falhas não afeta uma porção gigante da capital, imagina uma linha em arco completa parando toda a rmsp? Então, separando isso não acontece na maior parte dos casos

  7. Neste ano que o Metrô de São Paulo voltou a registrar prejuízo de mais de R$ 1 bilhão, foi solicitada a avaliação que contemplará terrenos entre as estações Santa Marina e Abraão de Morais. Valor do contrato é de R$ 98 mil com duração de 10 meses para emitir laudo de terrenos a serem desapropriados na Linha 20-Rosa como se fossem iniciar as desapropriações, que possui prazo de validade.
    O que é paradoxal nesses múltiplos projetos mirabolantes principalmente do Metrô serem utilizados como trampolim político e que raramente saem do papel, os escritórios de engenharia que elaboram os projetos e avaliações é que são beneficiados, para execuções que certamente deveram ser revisados na época de sua implantação, e nunca avançam e quando tem novidades é sempre da procrastinação e adiamento. O conselho para a gestão seria focar na gestão das obras paradas e em andamento, pois estas sim possuem reais possibilidades de se tornar exequíveis no período de vigência do mandato de quatro anos. Direcionar energia e recursos financeiros para o que já estão iniciadas e incompletas e são dezenas, conforme informados pelo Ministério Público seria forma mais assertiva para pensar em linhas que nem do papel saíram.

    1. Leoni mais uma vez defende o cancelamento dos projetos e obras de metrô em São Paulo. Se dependesse dele São Paulo não teria metrô, pois o ideal (na visão dele) seria investir nos bondes, direcionando energia e recursos financeiros para sua modernização.

  8. Ivo. Como já diria um sábio político; “Governar é saber eleger e definir as prioridades”
    É fundamental em engenharia que as construções e montagens devam ter seu organograma cumprido dentro do prazo e não se adicione inúmeros aditivos alterando o escopo e o orçamento original, e quando concluída não ocorra o mesmo que já acontece.
    Em matéria recente 11/23 feita pelo Jean Carlos, o Metrô de São Paulo formalizou no final de novembro o “quinto” termo aditivo para um dos lotes das obras de expansão da Linha 2-Verde entre Vila Prudente e Penha. Segundo documento publicado, o contrato deverá sofrer acréscimo de valores.
    Por conta de minha experiência enquanto estive na ativa concluo; “Em engenharia, quando as construções e montagens inconclusas conforme o planejado, os gastos com ás desmobilizações, retomada, mobilização e comissionamento que é um processo detalhado de averiguação e testes, a única coisa que é certa é o prejuízo”
    Reafirmo obra da Linha 2-Verde no sentido Guarulhos é a mais importante das expansões do Metrô, não se pode os governantes continuarem a criar falsas expectativas fantasiosas ilustradas utilizando o EIA/RIMA na população de múltiplas obras serem feitas de forma simultânea sem concluir nenhuma!
    Sua declaração recente só pode significar que não és usuário dos Trens Metropolitanos “O serviço-710 foi bom para uma minoria e não beneficiou a maioria, principalmente da Linha-7 que se viu obrigada a tomar trem lotado na Luz.” E agora, para beneficiar uma MINORIA (trem expresso de Campinas), os passageiros da L-7 nem trem na LUZ terão mais…E nem conectadas as linhas 7 e 10 estarão mais!
    Só um planejamento por pessoas desqualificadas sem sensibilidade com a população justificam que por conta de quaisquer concessões atabalhoadas que quaisquer TIC-Trens Intercidades até Campinas ou São José dos Campos entre outras tenha preferência com relação a quaisquer dos Trens Metropolitanos que beneficiam muitos mais usuários, tratando-se de um enorme retrocesso na qualidade da mobilidade urbana.

    1. Aditivos em contratos são comuns, regulamentados por lei até 25% do valor total do contrato. O projeto da Linha 2 teve seus contratos assinados em 2014. Com a crise econômica ocorrida no país, não houve crédito suficiente para o projeto. Em 2020 o estado conseguiu o crédito porém 10 moradores do Jardim Textil tentaram impedir o metrô de ampliar a Linha 2. O atraso provocado por 10 moradores anti-metrô está refletindo agora nos reajustes contratuais.

      Se o estado fosse tocar as obras como você defende, não teríamos nenhuma obra. Sua experiência tecnocrata é míope diante da realidade. Suas ideias ignoram fatos econômicos, políticos e sociais que interferem nos projetos do estado. A sua visão é tecnocrática, abandonada pelo estado e pela sociedade no final da ditadura militar.

      1. Como assim se as obras fossem tocadas pelo estsdo não teríamos obras? A L2 mesmo com a judicialização referente ao parque rapadura segue um ritmo rápido de construção, a L15 também teve construção rápida mesmo com problemas judiciais, e tirando a L6 todas as outras foram tocadas pelo estado, na vdd se as obras fossem tocadas 100% por contratações privadas aí que teriamos uma malha metroferroviária ainda menor do que temos hoje.

  9. Contra números e planilhas não há argumentos, não adianta espernear! De acordo com dados oficiais como Pesquisas de Origem Destino de 2017 (antes da pandemia) Com a nova configuração operacional a partir de 4/5/21, a “reunificação” da Linha Integradora-710, resultado da união das linhas 7-Rubi com 5.968.244, e 10-Turquesa com 5.481325, por estes dados se conclui que suas demandas são praticamente iguais, com possibilidade da Linha-10 ultrapassar após a Linha 2-Verde chegar em Penha, somou 11.449.569, e ultrapassou em quantidade em 21% a linha 11-Coral com 9.461.724, estima-se que cerca de 165 mil passageiros de TODAS as Linhas foram beneficiados diariamente com o fim das desconfortáveis transferências entre trens nas Estações Luz e Brás, aproximadamente 30% do total transportado nas duas linhas. Além disso, de acordo com estudos preliminares, os passageiros economizam oito minutos diários não realizando as transferências nas Linhas 7 e 10, podendo descer e redistribuir em locais mais convenientes evitando tumultos, além da facilidade de se utilizar um número menor de baldeações.
    “Seu argumento é totalmente contraditório e inconsistente sem fundamento algum que a Linha Integradora-710 foi bom para uma MINORIA e não beneficiou a maioria, principalmente da Linha-7 que se viu obrigada a tomar trem lotado na Luz.” E agora, para beneficiar uma MINORIA (TIC de Campinas), os passageiros da Linha 7-Rubi nem trem na Luz terão mais”.
    Nenhuma das linhas do Metrô-SP desde que o PSDB assumiu, e que já fazem 30 anos está completa, pois as Linhas 1 e 3 já existiam, e isto faz conforme argumentos de alguns entregar linhas incompletas para concessão seja motivo para o Estado continuar refém e ficar injetando verbas continuamente.
    É um grande equívoco e retrocesso irresponsável voltar a se utilizar as Estação da Luz como Terminal.

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