A extensão da Linha 5-Lilás até Jardim Ângela virou motivo para ‘alfinetadas’ entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
No sábado, 29 de junho, Lula esteve no Jardim Ângela em evento em que foi acompanhado pelo candidato a prefeito da capital pelo PSOL, Guilherme Boulos, que é seu aliado.
A visita tinha como um dos objetivos uma assinatura para formalizar um empréstimo do governo federal ao projeto de expansão do ramal. Como nem Tarcísio nem o prefeito Ricardo Nunes (PMDB) compareceram, o presidente suspendeu a assinatura.
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“Íamos assinar o contrato da estação do metrô para chegar aqui, mas o prefeito que nos deu o terreno [Nunes] não veio e o governador [Tarcísio] também não. Então a Caixa Econômica Federal e o ministro das Cidades decidiram não assinar”, disse Lula.
Nesta segunda-feira, 1º de julho, o governador publicou em sua conta no X (ex-Twitter) uma resposta ao presidente.

“Almoçando com a tranquilidade de quem sabe que o aditivo do contrato que vai levar a Linha 5 do metrô até o Jardim Ângela já está assinado”, disse Tarcísio, que está em Londres, no Reino Unido, em road show para oferecer a Sabesp a potenciais investidores.
Tarcísio minimizou a necessidade de financiamento federal dizendo que se não conseguir recursos da União bancará a obra com dinheiro do próprio estado.
Projeto em estudos
Também na segunda-feira, o governador em exercício Felício Ramuth confirmou que o evento do governo federal era apenas simbólico e que o trâmite para viabilizar a extensão não dependia disso.

Já o prefeito Nunes, que concorre à reeleição e doou o terreno onde ficará a estação, disse que Lula estava usando a visita com objetivo eleitoral.
A Linha 5-Lilás deverá ganhar mais 4,3 km e duas estações (Comendador Sant’anna e Jardim Ângela) até 2028, diz o governo.
A obra será tocada pela ViaMobilidade, concessionária do ramal, que está finalizando os estudos e projetos. Um aditivo para fornecer R$ 35 milhões para esse fim foi assinado entre a empresa privada e o governo dias atrás.