Metrô aplica sanção para única empresa que mantém ‘naming rights’ de suas estações

Empresa Digital Sports Multimedia recebeu multa e suspensão de seis meses em participar de licitações após não cumprir contrato relacionado à estação Clínicas, da Linha 2-Verde
Estação Clínicas, da Linha 2-Verde
Estação Clínicas, da Linha 2-Verde (Jean Carlos)

O Metrô de São Paulo decidiu aplicar multa e suspensão temporária de participar em licitação à empresa Digital Sports Multimedia, que detém todas as concessões de “naming rights” de estações leiloadas até aqui pela companhia.

Por conta da penalidade, a DSM está proibida de participar de novos editais por um período de seis meses. Já a multa não teve o valor revelado.

O motivo, segundo o Metrô, envolve a não apresentação de documentos previstos no contrato de concessão dos direitos parciais de renomeação da estação Clínicas, da Linha 2-Verde.

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A curta nota não esclarece do que se tratam os documentos, mas sugere que a DSM não apresentou a marca e a comunicação visual que seria usada na estação como parte do contrato.

Como já explicado neste site, a DSM atua como intermediária nas concessões de naming rights, adquirindo os direitos do Metrô e ela mesma negociando com os reais interessados em associar suas marcas com as estações.

A estação Penha tem o naming rights pertencente à DSM que o revendeu para as Lojas Besni (Jean Carlos)

Novos leilões

Até aqui, o Metrô conseguiu repassar os direitos para as estações Saúde, Carrão, Penha e Clínicas apenas. As três primeiras foram rebatizadas com as marcas das empresas Ultrafarma, Assaí e Lojas Besni, respectivamente.

A estação Clínicas, no entanto, não teve qualquer marca anunciada desde agosto do ano passado, quando a DSM venceu a concorrência com oferta de R$ 122.300 de mensalidade a ser paga ao Metrô.

A ausência da DSM nos dois leilões previstos para as próximas semanas deve mudar a situação do projeto de naming rights. Pode abrir espaço para outros interessados ou então dificultar ainda mais a concessão já que a DSM tem participado quase que sozinha das licitações.

O Metrô pretende leiloar os direitos de renomeação das estações Anhangabaú e Brigadeiro nos dias 31 de outubro e 1º de novembro.

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7 comments
  1. Um tempo atrás eu havia escrito ñara este mesmo site sugerindo que entrassem em contato com a DSM ou do Metrô para questionar a falta de uma empresa associada a Clinicas. Essa falta de interessados só mostra o quanto o modelo de naming rights implementado pelo Metrô é pessimo, nem através de uma intermediaria as marcas tem interesse em renomear estações.

  2. O metrô precisa SIM de receitas obtidas por diversos meios, mas essa maneira de naming rights é grotesca e deixa a nomenclatura bizarra, ridícula e desnecessária. Assim como alguns “grandes políticos” que usam seus tempos e recursos para renomear ou acrescentarem suas homenagens em diversas estações a fora.

  3. O Metrô e CPTM, poderiam leiloar a administração da parte estrutural de algumas estações em troca do uso e ampliação das áreas pela empresa. Exemplo: Penha Besni poderia ser uma estação anexada à uma loja da mesma e Carrão Atacadão possuir um atacadista anexado à estação. Acho que faria mais sentido.

    1. Concordo totalmente, Tania. Com excessão de Saúde – Ultrafarma, as outras estações renomeadas não tem nada haver e nem sequer o comercio que está anunciado proximo a ela. Acredito que um modelo de “adotar” uma estação sem interferir no nome seria bem melhor tanto para o passageiro quanto para a marca, pois as pessoas já saberiam que se necessitarem daquele produto/serviço o caminho mais rapido é ir até determinada estação.

  4. Então vocês do metrô cancelem essa parceria idiota com a DSM e recuperem os nomes originais das estações que vocês mancharam por conta desse acordo sujo e podre de ficarem fazendo poluição visual com essas naming rights idiotas nesses quase dois anos. Seus problemas com tarifas ao invés de serem resolvidos só estão a piorar ainda mais, parece que estão passando fome ou com medo da privatização que pode dificultar seus problemas de vez.

  5. Concordo totalmente, Tania. Com excessão de Saúde – Ultrafarma, as outras estações renomeadas não tem nada haver e nem sequer o comercio que está anunciado proximo a ela. Acredito que um modelo de “adotar” uma estação sem interferir no nome seria bem melhor tanto para o passageiro quanto para a marca, pois as pessoas já saberiam que se necessitarem daquele produto/serviço o caminho mais rapido é ir até determinada estação.

  6. O metrô esta perdendo um grande potencial de receita adicional, por não ampliar as parcerias de naming rights com valores consideráveis, acima de 110 mil reais mensais para a maioria das estações da malha metrô viária , se fizermos uma conta rápida, 55 estações linhas verde / vermelha / azul , mais 14 estações monotrilho , um total de 69 estações , a uma média de 100 mil reais mensais por estação, geraria uma receita adicional em torno de 7 milhões por mês, e mais de 84 milhões ano , e em 10 anos seriam 840 milhões de reais! Que poderiam ser utilizado na expansão da rede, modernização da frota , e melhorias nas estações , instalação de novos câmeras e sistemas de segurança mais modernos por exemplo;

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