A CRRC Brasil Equipamentos Ferroviários Ltda recebeu do Metrô de São Paulo a informação de habilitação da sua proposta para fornecimento de 44 novos trens para as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.
A aprovação ocorreu nesta segunda-feira, 20, durante reabertura da sessão do pregão eletrônico realizado no final do ano passado.
A empresa, que é uma subsidiária do grupo chinês CRRC, ofereceu uma proposta de R$ 3,104 bilhões, ligeiramente menor que a rival (e também parceira em outros projetos) Alstom (R$ 3,121 bilhões).
A habilitação foi obtida após representantes da vencedora enviarem documentos que faltavam na proposta, o que foi realizado ainda na segunda-feira.

Após análise, a comissão de licitação solicitou à CRRC que entregue originais e/ou cópias dos documentos apresentados online na sede do Metrô, no centro de São Paulo.
Enquanto isso, está aberto o prazo para recursos, que irá até o dia 23, a próxima quinta-feira.
Frota R
A licitação de novos trens para o Metrô é aguardada há anos e motivada pela extensão da Linha 2-Verde, que receberá 22 dos 44 trens. O restante será repassado para as linhas 1-Azul e 3-Vermelha.
As composições da Frota R serão um pouco diferentes dos modelos atualmente em operação. Eles serão aptos a operar no padrão GoA4, o mais automatizado atualmente.

Embora os requisitos do Metrô prevejam uma cabine postiça, os trens terão uma aparência similar a das composições da Linha 4-Amarela, com passagem livre entre carros.
É esperado também que contem paineis em LEDs e outros sistemas mais modernos como sensores que antecipam possíveis problemas técnicos.
Segundo apurou o site, a CRRC deverá produzir os trens em território nacional, mas com boa parte dos componentes enviada da China.
0,5% de diferença.
Caramba!
Das duas, uma: ou é estranho, ou é frustrante perder por tão pouco
Frustrante por perder por tão pouco, a CRRC é uma das maiores fabricantes de trens do mundo, então eles conseguem fazer esses 44 trens mais rápidos e mais confiáveis que o que a Alstom vai conseguir com o mesmo preço.
Esperamos que seja ao menos visualmente agradável, diferente daqueles da L6 que a Alstom está fabricando.
Um fator importantíssimo em uma licitação, é o de minimizar ao extremo de equipamentos componentes exclusivos, pois se necessitar de um componente específico que só uma “montadora” fornece, aí se ficará refém como foi o caso de alguns componentes exclusivos do trem monotrilho Bombardier Innovia-300 da Linha 15-Prata que embora seja por conta da Alstom, a encomenda foi repassada a CRRC denominada frota “S’,e está sendo montado na China, a não ser que se desenvolva um fornecedor, nesta hora que se vê a importância das padronizações, que só quem possua expertise consegue entender.
Embora de acordo com o texto exista a intenção de se utilizar na linha 2-Verde, assim como acontece com a CPTM não existe impedimento serem utilizados também nas Linhas-1 e 3 numa contingência, pois para que aja a exclusão da cabina para o maquinista é obrigatório além da presença das portas de plataformas nas linhas, bem como a automação estiver totalmente concluída e operando, lembrando que inúmeras ocorrências e inúmeras falhas de segurança e vandalismo que acontecem cotidianamente não poderão ser contornadas simplesmente com a automação que como em toda tecnologia é sujeita a falhas, e portanto a exclusão da cabina para o maquinista, considero uma economia desnecessária, pois espoem e pressionam o operador.