Metrô de SP vai terceirizar parte do atendimento aos passageiros nas estações

Funcionários terceirizados assumirão funções de atendimento nas estações (Jean Carlos)

Em meio à sua maior crise financeira, o Metrô de São Paulo está em busca de alternativas para reduzir seus custos. A mais nova aposta promete ser polêmica, a terceirização de parte do atendimento nas estações operadas pela companhia.

Segundo edital lançado nesta segunda-feira (11), o Metrô contratará uma empresa que será responsável por fornecer mão de obra para as funções de supervisor de atendimento e agente de atendimento.

As equipes atuarão nas quatro linhas operadas pelo Metrô (1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata), das 5h às 22h, auxilindo os funcionários da companhia do estado em diversas funções.

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Entre as tarefas estão prestar serviços de apoio aos passageiros nas filas de bilheteria, portões, escadas e elevadores, orietntá-los na linha de bloqueios, conduzir pessoas com algum tipo de defici~encia e até distribuir panfletos aos usuários.

Há também funções mais delicadas como evacuar trens, manusear os dispositivos de emergência e apoiar evacuações, por exemplo. Já em situações de acidentes ou passageiros com problemas de saúde, eles deverão informar a ocorrência aos funcionários do Metrô.

Agentes terceirizados de atendimento darão suporte a passageiros com deficiência (Jean Carlos)

A documentação do pregão eletrônico não é clara em informar a quantidade de funcionários que a futura contratada deverá prover já que a forma de pagamento será por regime de empreitada.

A fornecedora terá que preencher os postos de trabalho estabelecidos pelo Metrô em grades de segunda à sexta-feira e também de segunda à domingo. Um dos anexos do edital traz algumas quantidades de postos, sendo a Linha 1-Azul a com maior número deles, num total de 127.

A Linha 3-Vermelha, por sua vez, traz em sua grade 124 posições, boa parte no horário a partir de 17h, quando há o pico da tarde. As linhas 2-Verde e 15-Prata têm outros 118 postos, segundo o documento, que cita períodos de 6h e 16h por dia, sem explicar exatamente como funcionam.

Carência de mão de obra

A licitação sugere ser uma resposta da direção da companhia à redução nos quadros de funcionários nos últimos anos, sobretudo nas estações. Trata-se de um movimento que começou há tempos, quando a companhia retirou seus funcionários de bilheterias ao contratar empresas terceirizadas para essa função.

Com o reforço das equipes de atendimento fornecidas pela futura empresa, os funcionários do Metrô deverão coordenar as principais ações nas estações, delegando tarefas mais simples ao novo pessoal.

O lançamento do edital ocorre em meio à protestos do Sindicato dos Metroviários contra os planos do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar e conceder as linhas do Metrô.

A sessão pública de processamento do pregão eletrônico está marcada para 10 de outubro às 9h.

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