O governo do estado anunciou nesta segunda-feira o início do processo de substituição total dos bilhetes de papel Edmonson pelo sistema QR Code.
Com isso, 16 estações deixaram de vender o bilhete de papel a partir de hoje, situação que se estenderá para todas as estações das duas companhias até o final de maio.
A medida tem como objetivo principal gerar economia já que os bilhetes Edmonson, usados desde a inauguração do Metrô em 1974, têm fabricação cara e exigem bilheterias blindadas e um esquema de segurança em seu transporte.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a estimativa de economia com uso do bilhete digital pode chegar a R$ 100 milhões anuais.

O sistema QR Code foi adotado oficialmente em dezembro após um período de testes. Para utilizá-lo, os passageiros podem adquiri-lo nas bilheterias ou em máquinas de auto-atendimento.
Nessa modalidade, o bilhete é impresso e deve ser usado em até 72 horas por conta do desgaste da tinta. A outra forma de uso é por um aplicativo de celular onde é possível adquirir até 10 bilhetes – o preço da tarifa em ambos os casos é o mesmo, R$ 4,40.
Os bloqueios de todas as estações do Metrô e CPTM estão aptos a ler o QR Code, garantiu o governo, que não estimou ainda uma data para o fim da validade dos bilhetes Edmonson. “Assim que haja essa definição, a população será comunicada com antecedência”, disse a STM.

O sistema QR Code não é a tendência mundial de meio de pagamento eletrônico adotada pelos principais sistemas de transporte no mundo. A tecnologia mais avançada e prática para os passageiros é o chamado “Contactless”, cartões de débito e crédito que são utilizados diretamente nos bloqueios, com registro de pagamento automático.
A tecnologia, que dispensa a necessidade de realização de compra antecipada e impressão de papel, é usada em metrôs como o de Nova York, Londres, Paris e Rio de Janeiro. Até o momento, o governo Doria não cogitou fazer o mesmo em São Paulo.