Metrô e CPTM terão presidentes contratados no mercado, diz colunista

Governador eleito Tarcísio de Freitas usará serviço de empresa de headhunter para encontrar profissionais com perfil para assumir direção das duas companhias
O governador eleito Tarcísio de Freitas (direita) ao lado do atual governador Rodrigo Garcia (GESP)

O governador eleito Tarcício de Freitas (Republicanos) usará de um recurso incomum para escolher os novos presidentes do Metrô e da CPTM. Segundo informou à colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o novo mandatário estadual contratará uma empresa de headhunter para buscar profissionais no mercado para preencher os cargos.

Atualmente, as duas companhias estaduais que operam parte da malha sobre trilhos são comandadas por Silvani Pereira (Metrô) e Pedro Moro (CPTM), que deixarão seus postos no final de dezembro.

Moro já atuava na CPTM na diretoria financeira e também trabalhou no Metrô, já Silvani vinha de passagens por vários órgãos federais como assessor do gabinete da Presidência da Caixa e secretário de Saúde e Gestão Estratégica e Desenvolvimento Econômico e Social no estado do Sergipe. Pereira foi ainda o Secretário Nacional de Políticas Públicas do Ministério do Trabalho, além de participar de vários conselhos de administração de empresas como Trensurb e CBTU.

Silvani Pereira, atual presidente do Metrô (CMSP)

Antes deles, a posição de presidente dessas companhias foi ocupada por funcionários de carreira ou então indicados políticos.

A busca por profissionais no setor privado é outra sinalização de mudanças profundas na gestão do transporte público estadual. Em recente presença em evento promovido por organizações ligadas à construção civil e o mercado imobiliário, Tarcísio indicou a intenção de criar uma nova secretaria, de Desenvolvimento Urbano, que surgirá da fusão das secretarias de Habitação e Transportes Metropolitanos, esta última responsável pelo Metrô e a CPTM.

Para preencher os cargos, no entanto, o futuro governador só poderá oferecer um salário mensal máximo semelhante ao seu, de R$ 34,6 mil, valor que foi majorado recentemente pela Assembleia Legislativa – anteriormente ele era de R$ 23 mil. Resta saber se haverá profissionais dispostos a receber menos do que na iniciativa privada.

Até o momento, o novo governador (que assumirá no dia 1º de janeiro) não indicou o nome do futuro secretário da pasta que comanda as duas companhias de trens.

Pedro Moro, presidente da CPTM (Ricardo Meier)

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14 comments
  1. Parece interessante, mas não é

    Essas empresas de Headhunters buscam profissionais para serem ceo ou algo parecido para grandes empresas , oferecendo salários e benefícios altíssimos. As vezes a busca é até no exterior.

    Por mais q um salário de presidente da CPTM ou metrô seja alto para os padrões da classe trabalhadora, para esses caras é baixo. Tem o fator redutor de salário, ninguém pode ganhar mais que o governador do estado.

    Dessa forma, eu vejo que essa procura ou vai trazer alguém ineficiente, ou alguem que vai vir com a promessa de ganhar um por fora. Vamos lembrar que ex governador dória abria mão do salário, segundo ele porque não precisava…

    Eu sinceramente acho q cargos de secretário, presidentes de estatais, do chefe do executivo, deveriam ser melhor remunerado, baseado em metas. O problema do setor público nunca foi o salário que esses caras ganham, que nem coça no orçamento, mas sim o uso do dinheiro público. Melhor alguém que ganha um ótimo salário e desempenha bem suas tarefas frente ao setor público, do que alguém que ganha um salário razoável e entra na política para levar vantagem

    1. O primeiro presidente da Cia. do Metropolitano foi o advogado e ex ministro da casa civil do governo Jânio Quadros Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro. O segundo foi o professor da USP Vicente Chiaverini. A Cia. nunca teve um perfil exclusivo de presidente, sempre foi mesclado entre técnicos e políticos, como precisa ser.

      Antes quando era uma empresa de capital misto, a Cia. podia oferecer salários de mercado para os executivos. Hoje a Cia. possui capital 100% estatal e está sujeita ao teto do estado.

      1. O fato de ser uma empresa de economia mista não necessariamente poderia oferecer um salário maior que o teto. De acordo com o direito administrativo, para que isso ocorra a empresa precisa ser autosuficiente economicamente o que nunca foi o caso neste tipo de segmento.

  2. e isso ai ! precisamos mostrar que sao paulo é difernete.. nada de indicacoes, gente profissional..via mudar a visao e o jeito de entregar resultados dentro do metro..e acenará para outros participarem de licitacoes e afins

    ta certinho !

    1. Essa mudança não acaba com o problemas de indicações, na verdade só tira a responsabilidade do estado, fora da vigia do estado políticos podem fazer acordos mais silenciosamente, não é uma ideia que vá melhorar o processo, só vai encobrir ele

    2. E você acha que indicando um aventureiro de fora, que não conhece nada da rotina da CPTM e metrô (nem suas deficiencias) vai fazer uma gestão boa? Como é ingênuo. O ideal é funcionário de CARREIRA, que conhece bem e sabe o que é preciso.

      Também sou contra indicações politicas, tem que ser de carreira que já está na cia a muitos anos e possui vivência e experiência.

      CPTM e metrô agora viraram empresa privada?

    3. São Paulo já é diferente: Elegeram o PSDBOSTA por 28 anos e agora conseguiram colocar um ainda PIOR….que indica secretário da educação que foi um desastre lá no Paraná, quer colocar gente da iniciativa privada na gestão da CPTM e metrô (mesmo sem nunca ter posto os pés na cia e vivenciar o dia a dia)…receita para o desastre.

      O presidentes atuais são bem mais atuantes, conhecem bem o sistema e deveriam ser mantidos, não trazer um aventureiro de fora.

      Mas o que vai esperar do Turista de Freitas que tb é um aventureiro né?
      Curioso é não disputar o governo do Estado do Rio de Janeiro, seu estado natal. Vem querer governar um estado que mal conhece…

  3. O critério para escolha do cargo de presidente de quaisquer companhias deveria ser ocupado por funcionários de carreira com ampla expertise e alta sabedoria comprovada, e nunca por indicados políticos sujeitos a manipulação.
    Quanto ao salário mensal máximo de R$ 34,6 mil está ótimo!
    Sempre devemos aprender com as lições dos acontecimentos nos dá, o acidente de descarrilamento dos cargueiros é a comprovação o quanto levar a Linha-13 na Barra Funda será algo muito mal planejado, assim como aquele Expresso turístico para Paranapiacaba. Conforme previsto quaisquer interferências na Linha 11 ou 12 vai afetar e bloqueia a 13, e aí um problema que seria grande será múltiplas vezes maior ao afetar quem dependerá da linha Jade. Péssimos planejamento e gestão.
    É totalmente incorreta a afirmação que “Hoje em dia os trens de carga não impactam de forma alguma a operação da CPTM, visto que eles adentram a cidade após o período de operação da empresa neste trecho” talvez estivessem se referindo as Linhas 8 e 9 que é uma concessão e não possuem cargueiros, visto que também a Linha Integradora 710 também possuem cargueiros trafegando durante o dia e noite, esquecendo-se que linhas e equipamentos necessitam de constantes manutenções tanto preventivas como corretivas, e que comprovadamente Trens Metropolitanos deveriam prevalecer em relação aos TIC, pois beneficiam mais usuários, pois a expansão desta Linha 13-Jade deveria ser no sentido do Alto Tietê e jamais Barra Funda sem que se expanda as linhas, a “CPTM investirá R$ 8,3 milhões em solução para melhorar o atendimento ao passageiro”, porém nunca é feita a pesquisa de satisfação e se as alterações e quantidades dos usuários beneficiados numa imposição de soluções de cima para baixo.
    Já passou muito da hora de unificar todas as linhas metropolitanas Metrô, CPTM, EMTU numa única empresa, com planejamentos e investimentos unificados.

    1. Funcionários de carreira não são capazes de tomar decisões práticas, por isso não servem para o cargo.

      O cargo de presidente é um cargo político, logo é natural que se escolham nomes com alguma habilidade política.

      1. Não, claro que não….

        Em muitas empresas privadas, são funcionários de carreira que vão subindo de cargo e acabam chegando a vice-presidente e depois presidente.

        Esse negocio que “não sabe tomar decisões” é FALÁCIAS.

        Ou seja, da sua opinião, tem que trazer gente de fora (que nem conhece as deficiencias, problemas e necessidades da CPTM) e sem conhecer, como vai atuar?

    2. Concordo na posição de ter experiência no setor e principalmente na operação ! Conhecer a jornada e ter vivenciado! Esse profissional tem de ter essas características e ao mesmo tempo ser antenado nas tecnologias que facilitarão o setor.

    3. Se você acha que 34 mil é um bom salário pra ser presidente de um empresa destas, você realmente é de outro nível profissional , em abaixo do que estamos falando aqui.
      Quanto você acha que ganha um executivo da CCR ?

  4. Ih, já começaram os desastres da Direita….

    Já prevejo uma piora nos serviços da CPTM e Metrô…kkkkkkkkkkkkkkk

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