Atualmente com pouco mais de 100 km de extensão e 89 estações, o Metrô de São Paulo é o terceiro maior da América Latina em números absolutos, atrás da Cidade do México e de Santiago do Chile. Mas essa diferença pode ficar menor caso o governo do estado consiga manter em dia as obras de expansão atualmente em execução.
Em seu relatório mensal que mostra o avanço dos projetos, a companhia pela primeira vez detalhou diversos estágios e informações sobre esses programas – não se sabe de fato se intencionalmente já que o documento acabou sendo retirado do ar pouco tempo depois.
A apresentação, no entanto, é exemplar pela transparência e mostra inclusive onde esses projetos sofrem com problemas, algo raro em gestão pública no Brasil. Um dos dados mais interessantes envolve justamente a previsão de crescimento da rede metroviária.
Segundo esse relatório, o Metrô de São Paulo deverá atingir 123,43 km em 2026 e um total de 100 estações funcionando dentro de cinco anos.
Para conseguir esse crescimento, o governo Doria conta com as inaugurações das estações Vila Sônia (mais 1,42 km), Jardim Colonial (1,75km), a Linha 17-Ouro em sua primeira fase (6,7 km operacionais), três novas estações da Linha 15 e as duas fases da extensão da Linha 2-Verde até Penha (8 km).

Linha 6-Laranja amplia números
Em outras palavras, uma expansão de 22% em extensão e de 23,6% em número de estações. Por não estar sob seu escopo, a companhia não incluiu a Linha 6-Laranja nesses cálculos e que está em obras com meta de ser inaugurada em 2025, portanto, dentro do escopo do relatório.
Com a soma do ramal sob responsabilidade da Acciona, os números ganham ainda mais evidência: um total de quase 139 km de linhas e 125 estações.
De todos esses projetos, o que inspira mais cuidados é o da Linha 2-Verde, cujas obras já são impactadas pela Justiça ao proibir as escavações no Complexo Rapadura, onde o tatuzão partirá para construir seus túneis.
Até mesmo a problemática Linha 17-Ouro tem condições de ser finalmente entregue nos próximos anos, exceto por algum imprevisto significativo.

Com esse cenário, o Metrô paulista teria a mesma extensão do similar da capital chilena atualmente, mas ainda atrás do mexicano, com 200 km. Essas comparações, entretanto, são bastante relativas já que incluem muitas vezes linhas com infraestrutura bastante modesta ou, então, não contam com ramais bastante similares como as linhas da CPTM em São Paulo.
Para o passageiro, esses detalhes pouco importam e sim ter à sua disposição mais 36 possíveis destinos no futuro.