Metrô pede R$ 7 milhões de indenização ao Sindicato dos Metroviários por greve no dia 3

Ação na Justiça Estadual de São Paulo cobra a entidade por conta de danos materiais provocados pelo descumprimento de liminar que determinava 100% do efetivo na operação durante os horários de pico

Estação Tucuruvi durante greve
Estação Tucuruvi durante greve (Jean Carlos)

O Metrô entrou com uma ação civil na Justiça Estadual de São Paulo em que cobra mais de R$ 7 milhões do Sindicato dos Metroviários por conta da paralisação ocorrida em 3 de outubro.

Segundo a empresa, a entidade descumpriu determinação da Justiça do Trabalho para que mantivesse 100% do efetivo de funcionários durante os horários de pico e 80% no chamado “vale”.

Os funcionários do Metrô, no entanto, não compareceram aos locais de trabalho e as quatro linhas operadas pela empresa ficaram paralisadas durante todo o dia.

A Justiça citou o Sindicato nesta terça-feira (17), que terá 30 dias para apresentar sua defesa.

Impossibilidade de arrecadação

O Metrô afirma que o pedido de reparação compreende os prejuízos financeiros “decorrentes da impossibilidade de arrecadação durante a paralisação” e por isso cobra R$ 7.129.589,31 como indenização.

Linha 15-Prata (GESP)

Ainda de acordo com a companhia, a situação não é inédita já que tramita na Justiça outra ação referente à greve realizada em 2021, em que o Metrô busca uma indenização de R$ 3,85 milhões.

“Essas ações vão ao encontro da diretriz do Metrô de buscar todas as alternativas, amparadas na lei e no respeito ao Poder Judiciário, visando manter a regularidade do serviço de transporte essencial à população”, disse a companhia em nota.

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Na semana passada, durante o feriado de 12 de outubro, os metroviários fizeram uma paralisação surpresa nas linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata em protesto contra a advertência assinada pelo Metrô para cinco funcionários.

Eles teriam se recusado a treinar outros empregados na operação de trens. Nas redes sociais, o Sindicato dos Metroviários afirmou que não havia sido notificado oficialmente sobre o tema.

A entidade, no entanto, criticou a atitude do governo. “Trata-se de ato antissindical, que atenta contra o direito democrático de greve, previsto na Constituição do nosso país”.

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5 Comentários

  1. Pelo menos essa greve do dia 3 já estava anunciada há tempos, que a justiça decida o melhor para ambas as partes. Quero saber mesmo é se a greve do dia 12 ficará impune, uma paralisação surpresa em pleno expediente, um descaso com o passageiro e a população em geral

    1. a do dia 12 foi vagabudagem para não dar treinamento para outros funcionários assumir operação dos trens quando tinha greve .

  2. Cobrar isso todo mundo quer. Já EVITAR tudo isso, ninguém tem a capacidade nem inteligência pra fazer.

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