Metrô pode assumir obras da Linha 6-Laranja

Içamemto da estrutura de concretagem das paredes do VSE Tietê
Içamemto da estrutura de concretagem das paredes do VSE Tietê

Durante entrevista na futura estação Vila União da Linha 15-Prata nesta terça-feira (20), o governador Geraldo Alckmin afirmou que caso ocorra mesmo a rescisão de contrato entre o governo do estado e a Move São Paulo, a Linha 6-Laranja poderá ser gerida pelo Metrô “o Metrô vai relicitar a Linha 6, aliás, como nós fizemos na Linha 4″. Neste sábado, o secretário Clodoaldo Pelissioni, responsável pela pasta dos Transportes Metropolitanos, voltou a sugerir essa possibilidade, em entrevista durante visita à estação Congonhas da linha 17.

O secretário reconheceu que o Metrô, de fato, assumirá a zeladoria dos canteiros deixados pela Move São Paulo, a concessionária que deveria construir a linha, mas que desde setembro de 2016 interrompeu os trabalhos. O governo, no entanto, age com cautela aguardando o prazo final dado à Move para retomar as obras, ou seja, o dia 5 de março, próxima segunda-feira.

Caso isso não ocorra, será dado início à rescisão do contrato por caducidade. O assunto é bastante delicado, porém, a hipótese de o Metrô assumir as obras parece ter ganhado força à medida que outras frentes de trabalho estão sendo encerradas como a Linha 5-Lilás e a Linha 15-Prata. Em outras palavras, há todo um staff de engenheiros e técnicos que poderiam ser utilizados na Linha 6.

O próprio Clodoaldo revelou que os projetos básicos estão “100% prontos” e que 15% do projeto executivo e das obras foram realizados até o momento. Em outras palavras, seria uma forma de unir a necessidade de retomar as obras num prazo mais curto com a disponibilidade de mão de obra especializada.

Obviamente, o trabalho em si terá de ser contratado no mercado, mas os editais seriam mais simples e específicos. Em vez de licitar uma linha inteira de 15 km seria possível contratar lotes como nas obras convencionais, e priorizar os trechos mais adiantados como a parte norte da linha, onde estão o pátio e o poço por onde partirão os dois shields (tatuzões), equipamentos que já estão nos canteiros.

De qualquer forma, o processo de rescisão ainda deve se estender por um bom período. Após o comitê de PPP do governo aceitar a rescisão será preciso realizar uma auditoria sobre os trabalhos executados até a suspensão da obra. O governo do estado investiu quase R$ 600 milhões na Linha 6 enquanto o consórcio Move São Paulo teria injetado outros R$ 800 milhões. Será preciso ver afinal quem deve para quem e quanto.

Se essa teoria virar realidade, não significará o fim da concessão em si. O próximo governador poderá, por exemplo, utilizar o mesmo modelo da Linha 4-Amarela, uma PPP na parte operacional, ou então, o exemplo das linhas 5 e 17, uma concessão de operação. O importante é ver a Linha 6 voltar às obras o quanto antes, sem dúvida.

Projeção de como ficará o pátio Morro Grande
Projeção de como ficará o pátio Morro Grande
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