Projeto básico e ambiental da Linha 16-Violeta recebe propostas de quatro grupos

Metrô recebeu propostas técnicas e comerciais dos consórcios nesta quarta-feira, mas valores só serão tornados públicos posteriormente
O novo traçado da Linha 16: esticada até Cidade Tiradentes (CMSP)

Um dos empreendimentos mais ambiciosos do Metrô de São Paulo, a Linha 16-Violeta teve a sessão de recebimento de propostas para execução do projeto básico e estudo ambiental realizada nesta quarta-feira, 14. Os detalhes foram divulgados pela companhia hoje, mas apenas revelando as propostas técnicas feitas por quatro grupos.

Já os valores das propostas serão conhecidos apenas após a análise mais profunda dos requisitos técnicos, explicou o Metrô, sem prever uma data para que isso ocorra.

Participaram da sessão de ontem os seguintes consórcios:

  • Sener Setepla-Egis-Setec-Future Motion-Walm, que entregou dois volume com 595 folhas;
  • STEMM-Linha 16 (Sondotecnica, TUV Rheiland Ductor, Empresa Brasileira de Engenharia e Infraestrutura, Metroeng Engenharia e Multiplano Engenharia)  – 238 folhas;
  • Linha 16 Violeta MNEPII (Maubertec Tecnologia em Engenharia, Nova Engevix Engenharia e Projetos, Polux Engenharia, Intertechne Consultores e IEME Brasil Engenharia Consultiva) – 305 folhas;
  • Projetista SP L16 (Systra Engenharia e Consultoria, GPO Sistran Engenharia, Outec Engenharia, Geocompany Tecnologia, Engenharia e Meio Ambiente, SMZ Consultoria em Automação e Controle, Copem Engenharia e Prime Engenharia e Comércio) – 364 folhas.

Após ter problemas com licitações semelhantes, o Metrô decidiu dividar a análise das propostas em técnica e comercial a fim de não se restringir ao valor mais em conta apenas. Por essa razão, a companhia não pode ainda apontar um vencedor como em outros certames.

TBM4 poderá acomodar quatro vias (CMSP)

A concorrência 10017731 é uma novidade no Metrô já que inclui não apenas o estudo ambiental (EIA RIMA) e o anteprojeto de engenharia como também o projeto básico, que geralmente é feito baseado na produção dos dois primeiros. Trata-se de uma tentativa de acelerar o processo de desenvolvimento a fim de permitir uma decisão sobre a licitação de obras civis ou então uma concessão à iniciativa privada.

Fruto de um projeto diretriz feito pela própria companhia, a imensa linha de 32 km de extensão e 23 estações poderá transportar diariamente cerca de 825 mil pessoas, desde o extremo leste da cidade, em Cidade Tiradentes, até a estação Oscar Freire, no Jardim Paulista.

Ela pretende contar com inovações como escavações de parte dos túneis como uma tuneladora de grandes dimensões que permitirá a construção de estações com plataformas sobrepostas.Também deverá implantar elevadores de grande dimensão em algumas delas além de ter um traçado com aclives e declives mais acentuados para reduzir sua profundidade.

O prazo de execução desses estudos e projetos é longo: serão 52 meses para ser concluído, ou seja, se o Metrô assinar contrato com a empresa selecionada no início de 2023, a finalização dos estudos poderá ocorrer em meados de 2027. Não por acaso, o cronograma mostrado nos documentos prevê o início das obras em 2028.

 

Total
0
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
4 comments
  1. Ao invés de fazer a linha 16 violeta seria melhor expandir a linha laranja, a partir da estação São Joaquim em direção à zona leste. Passaria pela mesma região e não seria preciso construir um novo pátio para os trens. Isto economiza tempo e dinheiro. Fazer linhas segmentadas deste modo parece que é para que haja mais operadoras privadas em cada trecho e uma desvantagem disto é a falta de integração das linhas para que os trens possam operar em qualquer linha, além de padronizar os equipamentos em toda rede do metrô.

    1. É o grande problema de privatizar as linhas e não se prever ampliações nos contratos, provavelmente não se prevê uma ampliação da linha 6 em contrato, e precisa ter um acordo com a concessionária terceirizada para ampliar a linha pois não estaria prevista em contrato, é só ver a novela que é ampliar as linhas 4 e 5 fora do que já era previsto em contratos. Seria o mesmo caso de porque não ampliar a linha 4 até Guarulhos ao invés de criar outra linha que vai chegar a um ponto semelhante no centro de São Paulo que todos sabemos que é difícil achar pontos para realizar tais obras, como vão ser nas estações Anhangabaú e São Bento.

      1. Perfeito, sempre também pensei que a Linha 4 poderia ser extendida até Guarulhos, mas tem toda esta questão contratual.

        Poucos se lembram, mas a Linha 4 chegou ser cogitada a ser levada até o Pari, mas pelo jeito engavetaram a ideia de vez. Mesmo assim acho que seria muito importante uma eventual retomada, pois desafogaria um pouco a Luz. Outra opção interessante seria levar tal Linha ao Campo de Marte.

  2. Essas linhas que voces citaram…4 e 6…as novas..celeste e violeta..sao desmembramento dos projetos antigos..se vcs procurarem oprojetos antigos..eram mesmo unicas linhas…depois o metro..altera..e edita e lança com novas modificacoes

Comments are closed.

Previous Post

Metrô estima que estação Jacu Pêssego da Linha 15 receberá 80 mil passageiros por dia

Next Post

Gratuidade de idosos entre 60 e 64 anos no Metrô e CPTM voltará em 1º de janeiro

Related Posts