Venda de “naming rights” da estação Consolação fracassa pela 3ª vez

Licitação teve a presença apenas da empresa DSM, que arrematou outras três estações. Valor de R$ 150 mil não foi aceito pelo Metrô
Entrada da estação Consolação com a marcação para o “naming right” (CMSP)

A terceira tentativa de leiloar os direitos de renomeação parcial (naming rights) da estação Consolação fracassou. O Metrô realizou a sessão pública de recebimento de propostas nesta terça-feira, 2, mas novamente o interesse foi bastante limitado.

Apenas a já conhecida empresa DSM – Digital Sports Multimedia compareceu, oferecendo um valor inicial de apenas R$ 50 mil de aluguel mensal pelo uso do espaço na estação da Linha 2-Verde.

Após realizar a etapa de negociação, a DSM elevou sua oferta para R$ 130 mil, porém, o Metrô não aceitou o valor e deu a sessão por encerrada.

Os leilões de “naming rights” tem resultado em decepção por conta da ausência de grandes empresas de marketing ou os próprios interessados em utilizar suas marcas no mobiliário das estações.

Apenas a DSM arrematou três estações – Carrão, Penha e Saúde -, mas por valores modestos. No entanto, a empresa conseguiu atrair anunciantes para as três, o Assaí Atacadista, as lojas Besni e a rede de farmácias Ultrafarma, que pagam um valor não revelado para expor sua marca nessas estações.

Estação Penha com a marca da Besni: DSM atua como atravessadora dos naming rights (Jean Carlos)

A estação Consolação é considerada uma das que mais demonstra potencial para o patrocínio, diante do grande número de passageiros e o fato de estar localizada numa área movimentada da Avenida Paulista.

O Metrô ainda tem outros três leilões marcados para agosto: Brigadeiro (Linha 2), Santana (Linha 1) e Clínicas, esta alvo de um leilão fracassado em julho.

Vale questionar se o formato da licitação não estaria sendo feita de uma forma errada ao leiloar as estações individualmente. O próprio Metrô já havia desistido de atuar diretamente na venda de espaços publicitários em seu mobiliário, repassando essa tarefa para uma empresa privada e recebendo parte do valor arrecadado, uma situação mais confortável para a companhia.

Talvez uma parceria com alguma agência de marketing, que ficaria responsável por buscar interessados e oferecer os naming rights fosse uma estratégia mais eficiente ao estabelecer uma participação para o Metrô, independentemente do valor negociado.

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5 comments
  1. Metrô é uma piada mesmo, tão passando fome?leiloa tudo pra iniciativa privada e pede pra sair já que querem poluir o nome das estações com marcas pra viver de trocados pra pagar o pão e o leite dos empregados🤣🤣🤣

  2. O metrô vai insistir nisso até quando? Ainda não perceberam o quão fracassado é essa iniciativa e além de poluir as nomenclaturas. Nem a CPTM que tem um déficit maior toma decisões horríveis como essa…

    1. A CPTM colocará várias nomes de estações das Linhas 10-TURQUESA, 11-CORAL, 12-SAFIRA, 13-JADE em Licitação de Naming Rights, para falar de que não sabe cacete

  3. O Metrô tem mesmo é que melhor administrar seus recursos, que não são poucos. Isso de vender publicidade no nome das estações é ridículo!

  4. Não entendo porque não fazem como fizeram com a Estação Granja Julieta, ela não foi nomeada com o nome do banco Santander, mas o banco se responsabiliza por uma parte da estrutura e, em contrapartida, tem a sua marca exposta em toda a parte. Todo mundo sai ganhando nesse caso. Agora nesse caso do Metrô, é só colocar o nome da marca na placa e que a estrutura da estação fique à mercê do poder público. Tem que ter uma contrapartida para ações como essa.

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