A ViaMobilidade, concessionária que opera as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, abriu um boletim de ocorrência na polícia civil para apurar um possível vandalismo em suas instalações.
Nesta terça-feira, 3, durante a greve dos metroviários e ferroviários, a Linha 9 sofreu uma pane elétrica que interrompeu a operação por várias horas. A empresa conseguiu reativar uma das vias mas teve que recuperar vários equipamentos e peças nesta quarta-feira para normalizar o serviço.
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A empresa, que está à frente dos dois ramais de trens metropolitanos desde janeiro de 2022, enviou imagens à polícia em que se veem supostos sinais de vandalismo como cabos cortados e danificados, rede aérea avariada e equipamentos eletrônicos queimados na região de Cidade Jardim e Pinheiros. Há ainda partes das grades de segurança abertas próximos à estação Jaguaré.
A empresa não se manifestou oficialmente, mas o delegado da polícia civil, Pablo Baccin, afirmou ao jornal Bom Dia São Paulo que será investigado uma possível sabotagem da infraestrutura.
Privado versus público
O incidente na Linha 9 ocorreu em meio à polêmica levantada pela greve dos metroviários e ferroviários, que querem que o governo suspenda os planos de privatização das linhas ainda sob gestão do Metrô e CPTM.
Durante a manhã, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez questão de repetir várias vezes que as quatro linhas concedidas à iniciativa privada eram as únicas que estavam operando.
Logo que houve o problema na Linha 9, sindicalistas usaram o fato para ironizar o governador sobre o serviço prestado pelas concessões. As entidades que representam os empregados das duas companhias alegam que o serviço prestado pelas operadoras privadas é pior que o das linhas administradas pelas empresas públicas.