Acidente fatal com portas de plataforma na Linha 5-Lilás põe em dúvida modelo de segurança
Passageiro ficou preso entre as portas da estação e do trem na estação Campo Limpo, em situação similar a um caso ocorrido na Linha 2-Verde em março

O que parecia algo quase impossível de ocorrer infelizmente aconteceu na manhã desta terça-feira, 6, na estação Campo Limpo, da Linha 5-Lilás.
Um passageiro acabou preso entre a porta de plataforma e a porta do trem e acabou tendo ferimentos fatais após a composição se movimentar.
O acidente ocorreu por volta das 8h, segundo a ViaMobilidade, concessionária que opera o ramal de metrô.
Em nota, a empresa afirmou que “todos os esforços da concessionária estão concentrados na identificação da vítima, que não portava documentos, e de seus familiares para prestar o suporte necessário” e que está colaborando com as autoridades para apurar as circunstâncias do acidente.
“Mesmo após todos os alarmes visuais e sonoros, ele tentou entrar no trem e acabou ficando preso entre as portas. A empresa está registrando Boletim de Ocorrência”, disse ainda a ViaMobilidade.

Segundo relatos de outros passageiros, o homem, ainda não identificado, ficou preso no vão entre a fachada e o trem e acabou arrastado.
A descrição é similar à ocorrida com uma passageira da Linha 2-Verde, do Metrô, que ficou presa no mesmo espaço na estação Vila Prudente em março.
Um vídeo mostrando a mulher encostada no vidro da fachada de segurança viralizou nas redes sociais. Ela não sofreu ferimentos, mas a situação chamou a atenção.
Feixe de infravermelho
Em ambas as linhas, o sistema de controle é o CBTC, que opera de forma simultânea tanto as portas do trem quanto da estação.
Ao contrário da afirmação errônea do G1, tanto os trens da Linha 2 quanto da Linha 5 têm operadores a bordo, mesmo utilizando o CBTC. Na Linha 4-Amarela e na Linha 15, o comando é feito de forma remota, mas toda a operação é automática, não importando se há condutores ou não.
As portas de plataforma começaram a ser introduzidas no Metrô de São Paulo há cerca de 15 anos nas linhas 2-Verde e 4-Amarela.

Atualmente elas são usadas em todas as estações das linhas 4, 5 e 15 e parcialmente nas linhas 1, 2 e 3.
Graças ao dispositivo evitam-se quedas acidentais na via e também atrasos na partida dos trens. Por isso os dois acidentes chamam a atenção já que a tecnologia é justamente pensada para preservar a segurança dos usuários.
Caso uma das portas não conclua o fechamento, há um alerta e a composição volta a abrir as portas, mas a possibilidade de pessoas conseguirem ficar no vão sem impedirem as portas é preocupante.

Algumas portas de plataforma possuem um recurso instalado no vão das portas. Trata-se de feixes de infravermelho que alertam o sistema se encontrarem alguma obstrução e a partida do trem é suspensa.
Seja como for, é mais do que urgente que as operadoras revisem seus protocolos de segurança para que episódios tristes como o desta terça-feira nunca mais ocorram.
Lamentabilissimo.
É simples: as portas da plataforma NAO estao tendo sincronismo real com as portas do trem.
Resultado: e possivel sim ficar entre o trem e as portas.
Mais um desafio nao realizado a 100%
Já vi muitas portas terem de serem operadas manuais por alguem que desceu do sso ou mesmo do operador do trem via janela do carro.
enquanto isso nao for solucionado, o delay das portas atrasa viagens e causa estes acidentes.
Infelizmente é a Real.
O metrô até pode ter culpa parcial,mas o fato de ter avisos sonoros e visuais para evitar este tipo de problema, isso indica uma incompetência da parte dos passageiros de não respeitarem os avisos.
Já vi gente que não espera a saída de passageiros, pessoas que não ficam paradas no lado direito das escadas rolantes, pessoas que ficam paradas no lado esquerdo das escadas rolantes. Pessoas que não ficam atrás da faixa amarela. Vendedores ambulantes todos os dias mesmo sendo proibido, e passageiros comprando mesmo falando para não incentivar esta prática.
Não há dúvida alguma. As portas funcionam. Mas não há sistema que resista a estupidez humana.
Todos os dias são emitidas mensagens sonoras, existem placas informando mas tem gente que desobedece as regras de embarque e desembarque com a desculpa da “pressa”. Se a pessoa daí atrasada de casa, não será o transporte público que adiantará seu dia.
E esse tipo de acidente já ocorreu na China, Rússia, etc. Não há o que fazer além de respeitar as regras. Não existe sensor ou dispositivo capaz de conter a estupidez humana.
Mas a estupidez humana sempre deve ser contabilizada para qualquer engenheiro ou pessoa que projete algo para o ser humano. Do mesmo jeito que existem portas de plataforma para evitar o “ser humano estupido” que for cair no vao do trilho, deve existir infravermelho para o ser humano estupido que for tentar entrar no trem mesmo com as portas do trem e plataforma fechando. Uma das premissas basicas tanto na engenharia quanto na computação é que o usuario é estupido. Por isso cabe ao engenheiro contabilizar a estupidez humana e ter mecanismos de mitigação, como por exemplo infravermelho.
Milhões de viagens todos os anos foram feitas, 1 fatalidade, agora um blogueiro melacueca quer colocar em dúvidas a segurança do sistema.