A operação plena do People Mover do Aeroporto de Guarulhos deve demorar mais tempo do que o previsto, segundo o vice-governador do estado, Felício Ramuth.
Em entrevista concedida ao canal Flow News, ele afirmou que o Aeromovel entrará em operação de fato no final de 2025, para logo em seguida citar o prazo como “segundo semestre”.
Ao contrário do governador Tarcísio de Freitas, que costuma tratar o projeto como da alçada do estado, Felício atribuiu a previsão à GRU Airport, concessionária do aeroporto e real responsável pela sua implantação.

O vice-governador, no entanto, cometeu uma gafe recorrente que é chamar o Aeromovel de “monotrilho” e até de “monotrem” quando na verdade se trata de uma tecnologia original mas que circula em trilhos comuns.
Como se sabe, os veículos do Aeromovel se deslocam por meio de propulsão pneumática, feita por geradores e compressores estacionários que produzem um fluxo de ar em um túnel por baixo da via. Essa pressão faz o trem se movimentar.
Atrasos seguidos
Embora a implantação do projeto, em termos de obras civis e boa parte dos sistemas, tenha sido feita em um ritmo bastante célere, a fase de comissionamento e testes tem levado mais tempo do que o previsto.

O consórcio AeroGRU, liderado pela Aeromovel, recebeu as três composições de dois carros no ano passado, mas os testes dinâmicos começaram de forma bastante limitada.
A previsão de inauguração no final de 2024 acabou frustrada e oficialmente fala-se em início de operação em março. A empresa chegou a sugerir que ocorreriam testes com pessoas em fevereiro, mas isso não aconteceu.
A chamada ‘pré-operação’ teve início em janeiro e os veículos têm se revezado no percurso entre a estação Aeroporto Guarulhos, da CPTM, e o Terminal 3, internacional, por enquanto transportando sacos de areia que simulam o peso de passageiros.
Um dos testes mais aguardados será o de operação com dois trens que se cruzarão no by-pass instalado em frente ao terminal de cargas. Nesse local há vias duplas, onde as composições seguirão em sentidos opostos, permitindo um headway de 6 minutos.
Aerom fazendo o que sabe de melhor, se fazer de coitada e injustiçada com a “tecnologia 100% nacional” que ninguém no mundo usa, e não consegue implantar um people mover de 2 km no prazo. Daqui a pouco inventam mais uma desculpa e adiam pro ano que vem.
Achei que inaugurar em março de 2025 estaria bom demais para ser verdade.
Elefante branco… Vou viajar em agosto, e há chances de nem ter sido inaugurado até lá.
Vou explicar como funciona o comissionamento de um sistema de sinalização para quem não é do ramo.
Conforme as normas internacionais, o fabricante faz um relatório explicando como funciona a segurança do sistema e quem está recebendo o sistema, no caso aqui a ANAC ,contrata um consultor independente, que analisa o sistema segundo as normas e atesta se o sistema é seguro ou tem que fazer alterações para se tornar seguro.
A Aerom até onde eu sei, não fez nada disso e portanto só irresponsáveis aceitariam operar o sistema nessas condições ..
Ótima resposta. Obrigado por contribuir! 🙂
Torcendo que os caras da concessionária parem de empurrar com a barriga o problema.
Milhões de reais jogado no lixo para satisfazer a patriotada e uns poucos privilegiados.
Um atraso de 2 anos (veja o cronograma original) para uma geringonça percorrer 2 Km é um atestado de incompetência sem precedente.
Merece um Certificado de Master Incompentente.
Na verdade o sistema é necessário por um erro duplo – tanto do ministério dos transportes da época quanto da concessionária, que brigou para não por a estação próxima dos terminais. A responsabilidade maior é da concessionária, que no final botou ônibus circular interno enquanto ficou pensando no que fazer até bater o martelo no uso do “aeromóvel”. Se contar o prazo total, creio que dá mais de 5 anos entre a concessão, a instalação do aeromóvel (que creio que foi prometido na gestão do Dória como governador e Termer como golpista).
Só torcendo para que terminem logo.
Não há erro.
Depois de 2001, por segurança, todo projeto de aeroporto contempla ligação indireta por transporte público. Se a Linha 13 chegasse direto ao aeroporto, seu funcionamento estaria totalmente subordinado ao funcionamento do aeroporto. Numa hipotética situação de atentado ao aeroporto, a Linha 13 inteira poderia ser fechada como medida de segurança. Sem falar que uma linha direita iria atrair muito mais pessoas para o saguão do aeroporto do que a segurança interna poderia lidar.
O people mover é a melhor forma de ligação, permitindo aos gestores do aeroporto controlar a segurança e a mobilidade do mesmo. O problema foi o governo federal ter imposto a GRU um people mover de tecnologia inédita e nunca testada em um aeroporto do mesmo porte que Guarulhos.
Não sei aeroportos em outros lugares no Brasil e no mundo, mas sei que há aeroportos com estações mais próximas dos acessos principais. Da questão da segurança, basta ter um bom sistema de monitoramento e não duvido que mesmo com a proximidade da estação ao aeroporto, o isolamento não ocorreria – na verdade a situação que você descreve pode ocorrer mesmo na situação atual dado uma suspeita de uma pessoa ter passado pela segurança e adentrado o sistema ferroviário. Não existe só uma situação, situações são inúmeras.
E bem, aeroporto para mim é que nem rodoviária – segurança demais só gera mais riscos, pois na verdade a melhor segurança é um número de pessoas que possam servir de testemunha e não um bando de brutamontes com síndrome de pequeno poder. Fora a corrupção policial – só ver que mesmo quem pagava de honesto em programas especializados em humilhar pessoas, no final bastava uma propina para deixar passar coisas (os policiais e fiscais que participaram do “Área Restrita” e foram presos por suspeita de corrupção).
Tirando isso, sim, o sistema de people mover concordo que é uma ótima ligação e torço pela conclusão breve dela. Mas discordo da imposição. Apesar do fracassado aero móvel no Rio Grande do Sul, seria uma nova chance de ter um sistema que possa ser mantido com poucos custos. Podemos nos perguntar se a implementação de um “VLT” ou “monotrilho” seria mais rápida, mas dado como infelizmente o Brasil tem essa “tradição” de construções demoradas, daria na mesma. (Vide o primeiro monotrilho).
No mais, talvez se não vingar o sistema de empuxo de ar, talvez seja mais rápido transformar em VLT elevado.
Tava bom demais pra ser verdade. Até agora estava ainda acreditando que quem sabe,talvez, esse troço ia funcionar.
Agora podemos perder as esperanças. A coisa é ruim mesmo, nasceu morto. Quem quiser ir de trem ao aeroporto, vai continuar usando aqueles ônibus péssimos ou andando até o Terminal 1. Fica a pergunta. Quem ganhou mais dinheiro nesse espetáculo de tecnologia das caravelas? Aliás, me lembrei agora que os brasileiros não conseguiram construir e navegar no século XXl uma réplica de caravelas do século XVl. Vai vendo onde amarramos o nosso burro.
Não importa quanto tempo leve pra ser entregue, DESDE QUE ao ser efetivamente inaugurado, NUNCA MAIS precise retornar aos testes ou operação assistida.
Que a situação da Linha 15 – Prata e seus vários anos de operação irregular nunca se repitam em São Paulo.
Vergonha tudo isso !!! é a incompetência elevada ao cubo !!! parabéns aos envolvidos: governo do estado de SP, empresa dessa merda de aeromóvel e quem mais se achar (ir)responsável !!!
A tecnologia nunca foi confiável em POA.
Não tem chance de funcionar aqui.
Se for inaugurado, não será confiável. Exatamente como em POA.
Em pouco tempo será substituído por causa um sistema convencional.
infelizmente todos esses atrasos demonstram que esse tipo de transporte não é confiável, incompetência da cia e do governo que fez péssima escolha onde o mais barato acaba saindo muito caro, só quem perde são os usuários
E há quem alegue ser possível construir e operar um Trem-Bala entre SP e Rio em meros seis anos…