A Alstom está retomando a fabricação de trens em sua unidade de Taubaté, informou o governo do estado nesta terça-feira (5). A empresa francesa tem cinco contratos fechados, dois deles para atender encomendas em São Paulo.
Serão produzidos no local, como já foi divulgado anteriormente, 22 trens para a Linha 6-Laranja do Metrô e 36 composições para as linhas 8 e 9 que estão sendo assumidas pela ViaMobilidade Linhas 8 e 9.
Para o mercado externo, a Alstom deverá fornecer trens para a Romênia e para Taiwan, mas não foram divulgados os detalhes desses projetos. Segundo a empresa, há trabalho até 2028.
A Alstom deverá expandir as instalações e contratar 700 novos funcionários para dar conta dos novos pedidos, num total de R$ 90 milhões de investimentos. A empresa transferiu recentemente a estrutura existente na Lapa, na capital paulista, para a fábrica no interior de São Paulo.

Ao todo, serão 130 composições com 750 vagões a serem produzidos, mas a fabricante não revelou prazos para que esses contratos sejam atendidos. A Linha 6, sob responsabilidade da concessionária LinhaUni, pretente iniciar operação em 2025 portanto os trens deverão ser entregues com um bom tempo de antecedência para que sejam realizados testes.
A ViaMobilidade, por sua vez, tem um cronograma mais apertado. Após assinar o contrato de concessão em junho, a previsão é que o primeiro novo trem seja entregue até janeiro de 2023.
Novos trens de monotrilho
Durante anúncio da retomada da fábrica, o secretário Alexandre Baldy (Transportes Metropolitanos) revelou que a Alstom foi consultada sobre a produção de mais 19 trens de monotrilho do modelo Innovia 300, que serão usados na expansão da Linha 15-Prata. A empresa ainda não se pronunciou se aceitará a encomenda, o que deve ocorrer em breve.
Baldy citou a produção dos monotrilhos em Taubaté, porém, os primeiros 26 trens foram montados em outra unidade na cidade de Hortolândia, também em São Paulo – uma unidade foi completada no Canadá, onde ficava a Bombardier, empresa adquirida pela Alstom.
O frenesi em relação à Alstom contrasta com o vazio em suas concorrentes, a CAF e Rotem, cujas unidades estão praticamente paradas. A esperança é que a futura encomenda de 44 trens para a extensão da Linha 2-Verde até Penha, além de reforço nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha.