Após dia de greve no Metrô e CPTM, linhas metroferroviárias funcionam normalmente nesta quarta, 29

Paralisação conjunta teve adesão menor e afetou parcialmente seis das nove linhas operadas pelas companhias do estado. Apenas o monotrilho da Linha 15-Prata não abriu durante o dia
Estação Brás, da CPTM (Jeab Carlos)

A segunda greve conjunta de funcionários do Metrô e da CPTM, na terça-feira, 28, teve adesão menor e acabou impactando parcialmente a rede sobre trilhos. Apenas o monotrilho da Linha 15-Prata não funcionou durante todo dia. Já nesta quarta-feira, 29, todas as 13 linhas metroferroviárias abriram normalmente.

Após uma paralisação sem precedentes no dia 3 de outubro, quando apenas dois trechos da linhas da CPTM chegaram a operar, a greve conjunta de ontem afetou menos ramais.

Em meio à liminares na Justiça que cobravam que os funcionários oferecem um efetivo mínimo nas estações e trens, o dia começou com duas das cinco linhas da CPTM funcionando normalmente, a 12-Safira e a 13-Jade.

Parte do mesmo sindicato de ferroviários, a Linha 11-Coral, importante vetor de transporte na Zona Leste e região, também operou parcialmente durante todo o dia, entre Luz e Guaianases.

Já as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa tiveram um pouco mais de problemas. Os dois ramais formam o Serviço 710, que vai de Jundiaí a Rio Grande da Serra. No início do dia, trens circulavam apenas entre Caieiras e Luz.

Apenas a Linha 15-Prata não abriu nesta terça-feira, 28 (Jean Carlos)

A partir das 10 horas, no entanto, a CPTM conseguiu colocar em operação um trecho entre Brás e Mauá da Linha 10, após novos turnos de funcionários se apresentarem.

No Metrô, a situação foi menos complexa que no dia 3 de outubro, quando a paralisação foi total. Logo na abertura da operação, a companhia conseguiu oferecer viagens entre Tiradentes e Ana Rosa, na Linha 1-Azul, entre Santa Cecília e Bresser, na Linha 3-Vermelha, e entre Alto do Ipiranga e Clínicas, na Linha 2-Verde.

Mais tarde foi possível ampliar o atendimento na Linha 2 até Vila Madalena e até Marechal Deodoro na Linha 3.

Atestados médicos e assédio moral

Durante o dia, o governador Tarcísio de Freitas e sua equipe voltaram a criticar o movimento grevista, considerado por eles “político” e “abusivo”. Segundo o presidente da CPTM, Pedro Moro, a empresa estava monitorando uma situação inusitada a respeito do aumento de atestados médicos para dispensar funcionários no dia da greve.

Segundo Moro, na primeira greve, o número de atestados foi cinco vezes maior do que o normal e que nesta terça ocorria um movimento semelhante. O presidente afirmou que a companhia havia solicitado à polícia civil que abrisse um inquérito policial para investigar o caso.

O governo também conseguiu autorização do Tribunal Regional do Trabalho para convocar os funcionários ao trabalho individualmente, com escalas prevista para cumprir a determinação de comparecimento durante a greve.

Pedro Moro, presidente da CPTM: aumento exponencial de atestados médicos no dia de greve (GESP)

A medida, segundo Tarcísio, servirá para cobrar cada empregado que deixou de cumprir a decisão judicial, evitando que as multas sejam direcionadas apenas aos sindicatos como um todo.

A estratégia, no entanto, foi criticada pela presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, que a considerou “assédio moral coletivo”. A representante dos trabalhadores prometeu levar o assunto ao Ministério Público e  a OIT (Organização Internacional do Trabalho).

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A despeito do funcionamento parcial dos serviços, a determinação do TRT acabou não sendo cumprida, segundo o governo. No Metrô, em vez de 80% do efetivo, apenas 10% compareceram – o funcionamento das linhas foi possível por conta do plano de contingência, que coloca funcionários de outros setores nas estações e trens.

Na CPTM, em vez de 85% do contingente, trabalhavam nas cinco linhas mais de 60% do efetivo durante o dia.

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4 comments
  1. Camila Lisboa já não detém o posto de representante dos trabalhadores, visto que de 1200 dos 7000 funcionários votaram a favor da causa política dela, essa greve foi uma greve de um grupo rebelde, não da categoria em si.

  2. Demissões já, para os que prejudicaram toda a população, cegos por sua ideologia e apoiadores e membros do partido do “Solzinho Feliz”. Participar da greve é direito e não obrigação… Hoje, certamente, os grevistas estão segregando os que exerceram seu direito de trabalhar e não aderir.

  3. Turma da CPTM adotou a tradicional saída brasileira
    Comprar um atestado médico, assim fico bem com a empresa e com o sindicato….
    Covardia de não assumir posições….

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