Após estações, Metrô posterga construção do novo pátio da Linha 2-Verde

Estação Paulo Freire já havia sido postergada no dia anterior (Fernandes Arquitetos)

Após estender a suspensão do contrato de construção das estações Paulo Freire e Dutra, da Linha 2-Verde, o Metrô de São Paulo publicou neste sábado um novo aditivo para o Lote 8 das obras de extensão do ramal. O trecho em questão compreende a construção do pátio Paulo Freire e que também está postergado para 31 de março de 2023.

O contrato dessa parte do projeto de expansão foi assinado com o consórcio Cetenco-Acciona-Ferreira Guedes por um valor de R$ 562 milhões em 2014. O mesmo grupo também é responsável pelo Lote 6, que compreende as estações Tiquatira e Aricanduva – esta última, ao contrário, recebeu luz verde para ser construída como parte da fase 1.

A suspensão de mais um dos lotes após Penha confirma que o motivo não envolve algum tipo de restrição das empresas contratadas. A causa mais provável pode ser a falta de recursos do governo diante da queda na arrecadação e que também recai na execução de projetos e desapropriações necessárias para esse trecho.

A construção do pátio Paulo Freire é fundamental para que a Linha 2-Verde possa operar sem depender da infraestrutura das linhas 1-Azul e 2-Verde. Hoje o ramal possui apenas uma pequena área de manutenção, o pátio Tamanduateí. Quando estiver pronta, a extensão até Penha ampliará a frota de trens em 22 unidades, o que justificaria o novo pátio.

A área onde será construído o pátio, próximo à Marginal Tietê (CMSP)

A segunda fase da extensão da Linha 2 compreende cinco estações – Penha de França, Tiquatira, Paulo Freire, Ponte Grande e Dutra – além do pátio. Duas dessas estações, no entanto, estão com os terrenos liberados e poderiam ser objeto de uma futura ordem de serviço caso o governo Doria queira levar o ramal até a ligação com a Linha 12-Safira em Tiquatira, onde também é esperada a chegada da Linha 13-Jade.

Essa hipótese tornaria a Linha 2-Verde ainda mais integrada com o restante da rede além de aliviar parte da demanda da CPTM até o centro. No entanto, o Metrô está às voltas com problemas para liberar o terreno do Complexo Rapadura, onde será iniciada a escavação com o shield.

A área é alvo de uma polêmica sobre a derrubada de árvores e que fez a Justiça suspender as intervenções, o que já impacta o planejamento das obras.

O site enviou questionamento ao Metrô sobre a suspensão, porém, não teve qualquer resposta até a publicação deste artigo.

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