O movimento de passageiros nas quatro linhas operadas pelo Metrô de São Paulo tem dados sinais de estabilidade após um período de recuperação nos últimos anos.
A recuperação lenta após a pandemia do Covid-19 perdeu ainda mais força nos úlltimos meses, quando a demanda de usuários tem crescido a uma taxa de 6% a 8% em relação ao mesmo período de 2022.
Em outubro, as linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata tiveram uma ligeira queda no movimento de passageiros em dias úteis. Apenas a Linha 2-Verde manteve o mesmo patamar, de 682 mil usuários/dia.
No entanto, o mês passado é tradicionalmente um dos mais movimentados do ano, assim como novembro. Vale lembrar que os quatro ramais não funcionaram no dia 3 de outubro, quando houve uma greve dos metroviários.
Os dados da companhia não explicam se esse dia foi incluído no cálculo, mas a tendência é que a paralisação tenha sido contabilizada, o que explica a demanda menor.
Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
No número total de embarques, todos os ramais apresentaram queda no movimento. A Linha 3-Vermelha transportou menos passageiros do que em outubro do ano passado, inclusive. Novamente, há fatores externos que podem ter pesado no resultado.
Além da greve, a Linha 3-Vermelha tem passado por algumas interrupções aos finais de semana que afetam a operação. Embora seja um dia de baixo movimento, a tendência é de um volume de embarques menor.

Longe dos níveis pré-pandemia
Ainda que outubro tenha sido um mês atípico, os dados do Metrô revelam que a recuperação da demanda perdeu força a partir de abril. O acréscimo de usuários por dia na rede era de mais de 400 mil pessoas em janeiro e fevereiro, caiu para 300 mil em março e permaneceu pouco acima de 200 mil usuários até junho.
De julho até outubro, o crescimento variou, indo de 150 mil durante as férias a 228 mil em setembro. Mas no mês passado, foi de apenas 160 mil. Ao todo passaram diariamente pelas estações do Metrô pouco mais de 3 milhões de pessoas, um total 22% menor do que em outubro de 2019.
Resta saber se esse quase milhão de usuários voltará ao sistema, mas em um ritmo mais lento, ou se o impacto do trabalho remoto pode ser duradouro para uma parcela dos passageiros, a despeito da tendência de mais e mais empresas exigirem a presença de seus funcionários nos escritórios.