Empréstimo de R$ 3 bilhões para expansão da Linha 2-Verde segue sem previsão de assinatura

Estaçao Orfanato em outubro de 2021 (iTechdrones)

Prometida para entrega a partir de 2025, a obra de expansão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo depende em grande maneira de um financiamento de US$ 550 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) pleiteado pelo governo do estado junto à Corporação Andina de Fomento (CAF), banco desenvolvimento latino-americano.

No entanto, embora a CAF tenha dado aval para o empréstimo desde junho, o processo de assinatura do contrato ainda permanece pendente na Secretaria do Tesouro Nacional.

Segundo resposta enviada pela assessoria de comunicação do Ministério da Economia, “a operação de crédito está em análise pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para o atendimento dos trâmites necessários ao seu encaminhamento ao Senado Federal, com vistas à autorização da sua contratação com a garantia da União e posterior assinatura do contrato de empréstimo”.

No entanto, a pasta não se pronunciou sobre um possível prazo para assinatura, mesmo questionada. Por ser um financiamento externo, o governo federal é avalista no empréstimo ao estado, já que em caso de um calote é a União que assumirá a dívida.

No entanto, o caso tem evoluído em um ritmo muito lento já que o governo estadual tem manifestado a intenção de contar com os recursos desde o começo do ano passado. A CAF não viu riscos ao empréstimo ao mesmo tempo em que em tese a situação fiscal de São Paulo é uma das menos afetadas pela crise econômica.

Projeção da estação Penha da Linha 2: previsão de entrega em 2026

Metade do investimento

Por enquanto, o governo Doria tem bancado as obras com recursos existentes e o ritmo ainda inicial tem exigido um volume de pagamentos ainda baixo. Até setembro, por exemplo, o Metrô repassou somente R$ 291 milhões para os consórcios responsáveis pela obra.

O projeto todo é orçado em cerca de R$ 6 bilhões, incluindo aí também as desapropriações, já pagas, e a implantação de sistemas e material rodante (22 novos trens). Ou seja, os cerca de R$ 3 bilhões são praticamente metade do investimento necessário.

O risco de um atraso maior na liberação dos recursos da CAF pode acabar obrigando o Metrô a reduzir o avanço das obras em algum momento se não houver outra fonte de financiamento. O projeto já deve sofrer uma reprogramação por conta da paralisação dos trabalhos no Complexo Rapadura, que receberá o “tatuzão”, e mais um imprevisto levaria a conclusão do trecho de 8 km e oito estações para um horizonte mais distante.

Previous Post

Contrato de fabricação dos trens da Linha 17-Ouro é prorrogado para 2024

Next Post
Composição da Série 8500 na estação João Dias

Trens da Série 8500 iniciam operação na Linha 9-Esmeralda

Related Posts