O Centro de Controle Operacional (CCO) sempre foi um lugar que atiça a curiosidade no Metrô de São Paulo. Localizado próximo à estação Vergueiro, o prédio espelhado é uma espécie de “torre de controle” das linhas mais movimentadas de trens do país.
Mas o local também é um “ninho” de soluções, como revelou um funcionário da área em um post nas redes sociais.
Segundo ele, uma equipe do CCO, auxiliado por outras áreas da companhia, desenvolveu um aplicativo que tornou o trabalho dos operadores do centro mais fácil e ágil.
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Batizada com o nome de “Toth”, um antigo deus da mitologia egípcia, a ferramenta permite que os funcionários possam ter um “raio-X” de todos os trens em operação, incluindo a quantidade de passageiros, o nível de lotação e o conforto a bordo.
Com “mapas de calor” e informações objetivas, o aplicativo também mostra informações visuais do sistema de sinalização e controle CBTC, sem falar em dados instantâneos sobre intervalos entre cada trem.
O CBTC, como se deduz, é o que permitiu conseguir os dados para que a ferramenta possa ser tão útil e por essa razão está disponível por enquanto nas linhas 1-Azul e 2-Verde – a Linha 3-Vermelha está em testes finais antes do início da operação.

Benefícios na operação e no planejamento da companhia
Mas por que o CBTC é vital? Por ser ele capaz de informar em tempo real o peso de cada carro e com isso passa a ser possível calcular a ocupação a bordo com uma precisão bastante elevada.
É justamente essa tecnologia que é usada nas telas de informação na plataforma para informar os usuários sobre a lotação dos seis carros de cada trem.
A equipe que desenvolveu o Toth vê diversas aplicações para a ferramenta, que vão da decisão de oferecer mais ou menos trens, inserir composições vazias a programar evacuações.

O sistema permite também identificar falhas em equipamentos e gerar alertas sobre acionamento de botões de emergência, entre outros.
Até mesmo a área de planejamento do Metrô pode se beneficiar da novidade ao analisar o fluxo dentro dos trens e assim implantar configurações mais eficientes de escadas rolantes, além de cruzar dados de ofertas de trens e falhas.
As imagens mostram o sistema em uso, mas ignora-se em qual estágio se enconta. Segundo o autor do texto, a execução do projeto foi possível graças ao Plano de Negócios da companhia.