A gestão do governador João Doria publicou decretos nesta semana autorizando o repasse de um total de R$ 426,5 milhões para o Metrô, CPTM e EMTU.
As três companhias são gerenciadas pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos e têm apresentado seguidos prejuízos em suas operações devido sobretudo à pandemia do Covid-19, que reduziu brutalmente a demanda no transporte público.
O maior valor, como esperado, foi destinado ao Metrô, um total de R$ 178,4 milhões e serão usados, segundo o governo, em despesas de capital.
Já a CPTM foi beneficiada por dois decretos, o primeiro de R$ 126,7 milhões, destinado ao pagamento de despesas correntes, e um menor, de R$ 21,2 milhões, com o mesmo propósito do Metrô, as despesas de capital, somando um valor de quase R$ 148 milhões.
Chama a atenção, no entanto, o valor destinado à EMTU, empresa responsável por gerenciar as linhas de ônibus intermunicipais no estado. Foram nada menos que R$ 100,2 milhões, também envolvendo o pagamento de despesas de capital.

Vale lembrar que a empresa está sendo extinta pela atual gestão justamente por conta do alto custo para mantê-la ativa. Além disso, ela não é uma operadora como o Metrô e a CPTM nem possui uma estrutura tão grande quanto elas.
A medida de recomposição do caixa de empresas do estado não se resume apenas à STM. Há outros decretos publicados que beneficiam mais companhias e instituições ligadas ao governo estadual.
Falta de transparência
O governo Doria não tem tornado públicas as informações financeiras das três empresas com frequência. O Metrô, que mantém uma página de transparência na internet, não atualiza um relatório de resultados de 2021 desde o dia 18 de agosto.
O dado mais recente é de junho apenas e mostra um prejuízo acumulado no primeiro semestre de R$ 630,7 milhões.
