O já amplamente noticiado empréstimo de R$ 10 bilhões do governo federal para projetos de transporte sobre trilhos em São Paulo foi anunciado oficialmente nesta terça-feira (12) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O financiamento (e não recursos a fundo perdido) será fornecido pelo BNDES e destinado ao Trem Intercidades Eixo Norte e à expansão da Linha 2-Verde do Metrô.
Cerca de R$ 6,4 bilhões ficarão com o projeto do trem de média velocidade que ligará São Paulo a Jundiaí e Campinas, além do serviço Intermetropolitano e a operação da Linha 7-Rubi.
O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) marcou para 29 de fevereiro o leilão do TIC Eixo Norte, após um adiamento de três meses, a pedido dos potenciais interessados.
O projeto prevê a implantação de um serviço expresso que levará pouco mais de uma hora para ligar o centro de Campinas à estação Barra Funda. A futura concessionária também colocará em operação um serviço parador entre Francisco Morato e Campinas, cujo valor da tarifa será bem elevado.
Novos trens para a Linha 2-Verde
Os R$ 3,6 bilhões restantes do empréstimo servirão para a licitação de aquisição de 44 trens que serão usados na expansão da Linha 2-Verde. Atualmente, a primeira fase está em execucação, com oito estações e previsão de entrega entre 2026 e 2027. Há ainda um segundo trecho até Guarulhos, com cinco estações, mas que ainda depende de liberação pelo governo.
Ao mesmo tempo, o Metrô precisa lançar a licitação para comprar trens e sistemas, mas o edital segue pendente. As novas composições terão diferenças com os trens mais antigos da companhia ao oferecerem passagem livre entre os carros, paineis eletrônicos de informação, portas com sistema de abertura para fora e, sobretudo, o sistema GoA4, de máxima automação e que dispensa a cabine de controle, como nas unidades usadas na Linha 4-Amarela.
