A Linha 16-Violeta, que deverá ligar Oscar Freire até Abel Ferreira, é considerada pelo governo do estado mais iminente entre os projetos metroviários em estudos.
As informações foram dadas pelo secretário Rafael Benini da pasta de Parcerias em Investimentos em entrevista ao CNN Money. Segundo ele, a nova linha metroviária poderá ser leiloada em 2025.
“A [Linha] 16 já está mais adiantada até porque recebemos uma manifestação de interesse privado. Então se tem alguém que tem interesse nessa linha…o trabalho fica mais tranquilo”, disse o executivo.
Em virtude disso, ela será licitada antes das linhas 19-Celeste (Bosque Maia-Anhangabaú) e 20-Rosa (Santa Marina-Santo André), cujos projetos vêm sendo gestados há mais tempo.
A mudança nos planos ocorreu após a apresentação de uma MIP (Manifestação de Interesse Privado) realizada pela construtora espanhola Acciona em agosto.
O governo abriu uma PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) para colher contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Benini revelou ainda que outros grupos mostraram interesse pelo projeto da Linha 16, mas não citou nomes.
Dentro deste contexto, novos grupos se mostraram interessadas pelo projeto, tanto em âmbito nacional como internacional.
Mudança de planos
A priorização do projeto se dá em um cenário onde a atratividade natural do projeto já coloca potenciais players em uma lista de interessados, minimizando o tempo de negociação e modelagens tradicionais em projetos de concessão com maior risco.
A entrada da Linha 16-Violeta no escopo de novas linhas modificou as expectativas do governo na concessão das demais linhas. Agora a Linha 22-Marrom (Sumaré-Cotia) deverá entrar no hall de linha a serem repassadas no pacote de ramais existentes.
Ainda não se sabe exatamente como deverá ficar a disposição de investimentos do conjunto de linhas do Metrô de São Paulo. Até então a estratégia era de realizar concessões casadas entre as linhas 1 e 20, 2 e 19, ficando por último o pacote com a Linha 3-Vermelha.
Segundo o secretário, alguns dos leilões propostos poderão ser realizados até 2026, mas sem dar detalhes de quais certames estariam na praça. Benini ressaltou o interesse em deixar para o sucessor do Palácio dos Bandeirantes uma lista estruturada de novas parcerias com a iniciativa privada.
