Metrô deve romper mais um contrato de construção da Linha 17-Ouro

Consórcio que foi afastado em janeiro deve perder também o contrato de construção das vias, sistemas e trens, segundo jornal
Vigas do montrilho da Linha 17: Metrô cansou do consórcio responsável pelas principais obras
Vigas do montrilho da Linha 17: Metrô cansou do consórcio responsável pelas principais obras
Vigas do montrilho da Linha 17: Metrô cansou do consórcio responsável pelas principais obras
Vigas do montrilho da Linha 17: Metrô cansou do consórcio responsável pelas principais obras

A chegada da fabricante de monotrilhos Scomi ao Brasil que comentamos nesta segunda-feira está se revelando uma jogada para manter a empresa malaia dentro do projeto da Linha 17. Isso porque, segundo reportagem do jornal Valor Econômico, o consórcio Monotrilho Integração, do qual faz parte juntamente com as construtoras Andrade Gutierrez e CR Almeida, está prestes a perder outro contrato da linha.

O consórcio havia sido afastado em janeiro de dois lotes por ter abandonado as obras, segundo o Metrô. No caso, o pátio de manobras na avenida Roberto Marinho, e de quatro estações da primeira fase. De fato, as empresas haviam esvaziado os canteiros semanas antes, como flagrou o blog, mas preferiram acusar o Metrô de não repassar projetos e contribuir para o atraso das obras.

Apesar disso, o Monotrilho Integração permaneceu à frente da fase mais adiantada do projeto, que envolve a construção de pilares, lançamentos de vigas-trilho, instalação de sistemas e produção dos trens, nesse caso a cargo da MPE do Rio em parceria com a Scomi.

Agora o jornal Valor revela que o Metrô deve anunciar em breve o afastamento do consórcio por falta de cumprimento de prazos, algo nítido de se notar para quem percorre os canteiros de obras.

Scomi dentro

A saída do consórcio, ao contrário dos demais lotes, é complexa. Isso porque as empresas envolvidas projetaram um sistema onde apenas o monotrilho malaio pode operar. Ou seja, mesmo que o segundo colocado na licitação (formado por Queiroz Galvão, OAS e Bombardier) resolva assumir a obra, os trens não poderão ser da fabricante canadense, em tese, afinal as vigas por onde transitam têm especificações exclusivas.

Esta pode ter sido uma das razões para que a Scomi tenha decidido fincar raízes no Brasil. Com uma fábrica própria, ela pode afastar os problemas de trabalhar com uma empresa envolvida na Lava Jato (MPE) e assim cumprir os prazos de entrega dos trens da Linha 17, além de preparar terreno para a produção das unidades que serão usadas na Linha 18.

Os atrasos acumulados, mais a suspensão da construção de outras duas fases (que levariam a Linha 17 até o Jabaquara de um lado e até a Linha 4 do outro) já colocam o ramal em xeque para ser concluído nesta década.

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