Metrô seleciona empresa que fará anteprojeto da linha que ligará Cotia a São Paulo

Consórcio Systra Prime vence licitação da Linha 22-Marrom com proposta de R$ 8 milhões e melhor nota técnica
Traçado da Linha 22-Marrom

O Metrô de São Paulo apontou nesta quarta-feira (4) o consórcio vencedor da licitação de anteprojeto de engenharia e estudos ambientais da Linha 22-Marrom, que ligará Cotia ao bairro de Sumaré, na capital paulista.

A empresa com a melhor pontuação na análise comercial e técnica foi o Consórcio Systra Prime, formado pela Systra Engenharia e Prime Engenharia e Comércio. As duas não só obtiveram a melhor nota técnica, com 395 pontos, como também propuseram o menor valor pelo serviço – R$ 7.997.043,73.

Na soma da pontuação dos dois quesitos, o Systra Prime obteve 895 pontos enquanto o Consórcio GPO-Geocompany-Tetra-JGP marcou 762,01 pontos e o Linha 22-Marrom-NEMPI, 561,51 pontos.

O grupo vencedor até até a segunda-feira, 9 de janeiro, para apresentar a planilha de preços e serviços, além de outros documentos para que o Metrô possa verificar sua validade. O resultado da análise será publicado posteriormente no site de licitações da companhia.

Veja as notas e preços da concorrência

Consórcio Pontuação técnica Pontuação comercial Pontuação final Valor proposta
Systra Prime L22 (Systra e Prime ) 395 500 895 R$ 7.997.043,73
GPO-Geocompany-Tetra-JGP (Gpo Sistran, Geocompany, Tetraarqui e JGP) 370 392,01 762,01 R$ 10.200.000,00
Linha 22 Marrom-Nempi (Nova Engevix , Maubertec, Pólux e Intertechne) 332,5 229,01 561,51 R$ 17.459.379,49

A Linha 22-Marrom foi um dos novos projetos que o Metrô lançou no segundo semestre de 2022, semanas antes das eleições para o governo do estado. O ramal já consta de estudos da companhia há tempos, mas está longe de ser prioritário. Tanto assim, que não há ainda um modal definido. O consórcio que assinar contrato para a licitação de anteprojeto avaliará de trens convencionais a monotrilhos e vias subterrâneas, na superfície ou elevadas.

Outro aspecto a ser pesado é se a Linha 22 terá dois tipos de modal, um entre Granja Viana e Sumaré, e outro até Cotia, onde a demanda é menor. A Linha 22 pretende desafogar o trânsito na Rodovia Raposo Tavares, atender a região sul de Osasco, o bairro de Rio Pequeno e a USP. Ela deverá se conectar com a Linha 9-Esmeralda em Hebraica-Rebouças, Linha 4-Amarela em Faria Lima, Linha 20-Rosa em Teodoro Sampaio, terminando seu trajeto na estação Sumaré, onde funciona a Linha 2-Verde.

As estações previstas na Linha 22-Marrom (CMSP)

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16 comments
  1. Dois tipos de modal numa linha para quê?
    Não podem simplesmente engatar e desengatar as composições conforme a demanda?

  2. Por que diab*s vão parar a linha em Sumaré? Sério que o mesmo erro da Linha 19 – Celeste será cometido novamente?

    Uma estação depois de Sumaré será PUC – Cardoso ou FAAP – Pacaembu da Linha 6 – Laranja.

    E duas estações depois de Sumaré será Palmeiras – Barra Funda (via PUC- Cardoso) ou Marechal Deodoro (via FAAP – Pacaembu) da Linha 3 – Vermelha, sem falar que se fossem pra Barra Funda teria a CPTM também.

    É inacreditável esse tipo de falta de visão nas possibilidades de baldeação.

    No caso da Linha Celeste, a mesma atualmente termina em Anhangabaú, porém se fizessem mais três estações depois de Anhangabaú, ela chegaria na Paulista, conectando a linha de Guarulhos com a 6 – Laranja em Bela Vista e 2 – Verde em Brigadeiro.

    1. O projeto da Linha 19 – Celeste prevê extensão ao sul rumo a Bela Vista (com conexão com a Linha 6) e indo até Campo Belo, mas isso numa 2ª fase. Ao meu ver, o erro da Linha 19 é não ter 2 estações após Bosque Maia e não se conectar com a Linha 13 Jade. No caso da Linha 22, não vejo como um grande erro ela não ir até os pontos que você disse, uma vez que a Linha 4 já faz essa função no trecho.

      1. A Grande São Paulo é muito populada pra uma única linha servir várias zonas. Linha 1 e Linha 4 correm paralelas na zona central verticalmente.

        Linha 2 e 3 também na zona central, horizontalmente.

        Linha 5 e 9 na zona sul verticalmente.

        Os usuários da Linha 22 – Marrom precisarão ir pra Linha 4 – Amarela, que já é lotada hoje, pra dividir o trem com usuários das linhas Esmeralda; Ouro; Violeta e Rosa, além dos próprios da linha amarela.

        Simplesmente não funciona, tanto é que esse é o motivo oficial da Linha 2 – Verde ainda não ter o trecho pra Guarulhos iniciado ou a Linha 15 – Prata não ir mais pra Cidade Tiradentes. Super lotação.

        Então é muito necessário o trecho extra nas linhas Celeste e Marrom.

        1. Projetar uma linha de metrô não é tão simples como ligar pontos aleatórios como você arrogantemente propõe.

          E o motivo oficial das linhas 2 e 15 não terem obras até Guarulhos e Cidade Tiradentes atualmente é financeiro. O estado não tem dinheiro nem crédito concedido para isso. Iniciar obras sem dinheiro foi o que falou o metrô em 1992.

          1. Não é só financeiro. Já saiu em notícias que o Metrô não pretende levar a Linha 15 até o Hospital enquanto a Linha 16 não sair so papel. O mesmo para a Linha 2, que só deve chegar na Dutra depois da Linha 19.

            Quanto a Linha 22, ela realmente será muito próxima da Linha 4, por isso não vejo necessidade de expandi-la até o Centro, já que atenderão as mesmas regiões. E sem contar, que devido a distância, a maioria dos usuários oriundos de Cotia, devem desembarcar na região do Butantã e Pinheiros, onde realizar suas atividades.

          2. É apenas financeiro.

            Usam outras desculpas para ficar “menos feio”.

            A Linha 2 foi pior, pois o trecho para Guarulhos foi inventado depois do projeto da linha pronto até Paulo Freire. Como o trecho até Guarulhos entrou por último (por motivos eleitoreiros), não tinha projeto, nem área desapropriada e seu projeto só foi concluído em 2022, quando o financiamento aprovado da expansão da Linha 2 prevê recursos para uma expansão até Penha.

            A Linha 15 tem licitação realizada, projeto concluído, trecho desapropriado mas falta dinheiro. A Linha 15 foi projetada para atender a Cidade Tiradentes com folga, a Linha 16 nunca foi prevista para Cidade Tiradentes, isso é uma proposta eleitoreira que o metrô foi obrigado a encampar.

            Engraçado que as expansões técnicas do metrô saem do papel enquanto que as eleitoreiras ficam anos no papel até serem esquecidas ou trocadas por outras mais eleitoreiras.

  3. A região da Cidade Ademar, Cupecê, Jardim Miriam e etc continua sem nenhum projeto de transporte metroferroviário, mesmo sendo uma área bastante populosa. A linha 1 poderia perfeitamente ir até a estação Autódromo da linha 9 seguindo pela Vila Campestre, Rodrigues Montemor, atravessar a Cupecê, atravessar a Yervant na Vila Joaniza, Shopping Interlagos e Hospital Pedreira até chegar na Estação Autódromo.

      1. Pois é, sempre alegam que a linha 1 não suportaria a demanda, mas não sei qual seria outra alternativa pra região da Cidade Ademar, essa área precisa de uma linha de metrô/trem e não tem plano algum disso.

        1. As possíveis soluções pra essa região abaixo do Jabaquara são opções extremamente caras e sem nenhuma prioridade de investimento, infelizmente.

          Eu diria que no mínimo uns 40 anos pra algo acontecer por ali.

          Opção 1: Monotrilho/VLT sobre as avenidas que formam parte do Corredor ABD e suas adjacências, ou seja do Brooklin até Santo André ou pelo menos Rudge Ramos, o que conectaria com a Linha 18 – Bronze/ 20 – Rosa no ABC.

          Opção 2: Metrô pesado pelo mesmo local, só que subterrâneo e formando o Ferroanel / Metroanel Sul.

          Opção 3: Extensão da Linha 19 – Celeste pelo menos até o encontro das avenidas Washington Luís e João de Luca/Cupuce, após ela chegar na estação Campo Belo, sabe-se lá quando.

          Opção 4: Uma mini-linha ligando Jabaquara até a 9 – Esmeralda, mas essa é a que é menos provavel de ocorrer.

          Pode esquecer extensão da Linha 1 depois de Jabaquara, é inviável.

          1. Nenhuma opção de metrô em lugar nenhum é barata e todas as opções que você colocou são tão inviáveis quanto a extensão da linha 1. Outra opção que já foi aventada há alguns anos era a extensão da linha 17 do Jabaquara até Diadema, mas nunca mais se tocou no assunto. Eu acho que, o que poderia ser feito na linha 17, era na futura estação Hospital Saboia ocorrer um desvio, tal qual o que ocorrerá entre as futuras estações Aeroporto de Congonhas e Washington Luís, indo até a Estação Autódromo como monotrilho mesmo seguindo o caminho que seria o proposto para a linha 1.O fato é que a Cidade Ademar é uma região muito carente de transporte metroferroviário e continua sem nenhum projeto mais por má vontade do que por qualquer outro motivo, infelizmente.

  4. Sabemos que planejar uma linha deste porte inlcui centenas, senao milhares de consideracoes. Mas gostaria de entender porque a Linha 22 cruzaria com a 4 duas vezes, sendo que poderia – do alto da minha modesta sugestao aqui – seguir da estacao Universidade de SP, para a estacao Cid Universitaria (L9), Pedroso de Morais (L20), Teodoro Sampaio (L4) e entao Sumare (L2). Seguir ate a Barra Funda (L3, 7, 8, 11, 13) via PUC (L6) e, quem sabe um dia, ate a Casa Verde, poderia ser extendida em uma fase futura.
    Alem de se propiciar uma linha mais reta, poderia-se tambem manter a L20 correndo pelo eixo da Av Faria Lima – que parece fazer muito mais sentido do que a atual inversao via Fradique Coutinho (da L20).

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