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Motiva busca parcerias para participar de próximos leilões de concessão

Empresa espera acelerar expansão do portfólio com alianças com investidores. Entretanto, não há prazos claros para isso ocorrer

Série 8900 na Estação Barra Funda da ViaMobilidade (Jean Carlos)
Série 8900 na Estação Barra Funda da ViaMobilidade (Jean Carlos)

A Motiva (ex-CCR) está realizando um planejamento cuidadoso de expansão da sua plataforma de mobilidade. Após a derrota na concessão das linhas 11, 12 e 13, a companhia pensa agora em encontrar novos parceiros.

A declaração foi realizada por Waldo Perez, diretor financeiro da Motiva. Em sua fala, Perez diz que a ideia do grupo é acelerar o crescimento através de novos sócios no negócio.

“Em relação à mobilidade, é uma ideia que nós estamos pensando em trazer, em algum momento, um sócio para acelerar o crescimento da plataforma.”

ViaQuatro obteve lucro em 2023 (Jean Carlos)
Foco em acelerar o crescimento da plataforma (Jean Carlos)

A perda da concessão do Lote Alto Tietê não deverá frear os avanços e os trabalhos nas concessões metroferroviárias. O grupo já se prepara para realizar investimentos vultosos na extensão das linhas 4-Amarela para Taboão da Serra e 5-Lilás para Jardim Ângela.

“Nós não fomos vitoriosos na licitação das linhas 11, 12 e 13, mas estamos engajados em alguns projetos que irão requerer uma quantidade significativa de capital. Então, as extensões da Linha 4, a extensão da Linha 5.”

Extensão da Linha 5 até Jardim Ângela
Extensão da Linha 5 até Jardim Ângela

A ideia atual da Motiva é extrair valor com as concessões existentes através de um processo de otimização de custos de operação (Opex). A meta do grupo é estabelecer uma otimização de custos (Opex/Receita Líquida) de 38%.

Após a definição da extração de valor e dos investimentos futuros (Capex), será possível definir, em futuras negociações, qual será a divisão apropriada para a plataforma de mobilidade.

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Motiva pensa em extração de valor (Jean Carlos)

“Então, o foco hoje é a extração de valor, concretizar valor e também definir qual vai ser a necessidade de capital futura. Com isso, vai ser muito mais fácil termos conversas com interessados na plataforma da mobilidade, que são conversas que vão levar algum tempo.”

O foco da Motiva para o longo prazo, como já relatado em matéria anterior sobre o tema, deixou de ser um expansionismo desenfreado e agora tem como ênfase o crescimento sustentável e sólido. O freio, na realidade, é uma dose generosa de pragmatismo que faz bem ao grupo e aos seus investidores.

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2 Comentários

  1. Se eu fosse acionista, eu DESmotivaria as ações nas ferrovias. A situação atual é ruim, quase péssima. Monte de atitude tomada errada, e como qualquer empresário, visando mais dinheiro do que operação plena.

    E dado que o empresariado sabe que trens não dão lucro (É TRANSPORTE PÚBLICO, PÔ!), devolveria a concessão ao Estado e ainda daria dinheiro para melhorar os trens.

    CCR nas rodovias já está de bom tamanho deixando trânsito devido a obras inacabadas…

    1. Nem tanto, as Linha 4 e 5 da Motiva tem qualidade padrão Metrô, o problema mesmo foi na Linha 8 e 9, que a CCR não percebeu a quantidade de dinheiro que tinha que gastar para deixar a linha no mínimo padrão CPTM antes de pegar a concessão.

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