Motiva busca parcerias para participar de próximos leilões de concessão
Empresa espera acelerar expansão do portfólio com alianças com investidores. Entretanto, não há prazos claros para isso ocorrer

A Motiva (ex-CCR) está realizando um planejamento cuidadoso de expansão da sua plataforma de mobilidade. Após a derrota na concessão das linhas 11, 12 e 13, a companhia pensa agora em encontrar novos parceiros.
A declaração foi realizada por Waldo Perez, diretor financeiro da Motiva. Em sua fala, Perez diz que a ideia do grupo é acelerar o crescimento através de novos sócios no negócio.
“Em relação à mobilidade, é uma ideia que nós estamos pensando em trazer, em algum momento, um sócio para acelerar o crescimento da plataforma.”

A perda da concessão do Lote Alto Tietê não deverá frear os avanços e os trabalhos nas concessões metroferroviárias. O grupo já se prepara para realizar investimentos vultosos na extensão das linhas 4-Amarela para Taboão da Serra e 5-Lilás para Jardim Ângela.
“Nós não fomos vitoriosos na licitação das linhas 11, 12 e 13, mas estamos engajados em alguns projetos que irão requerer uma quantidade significativa de capital. Então, as extensões da Linha 4, a extensão da Linha 5.”

A ideia atual da Motiva é extrair valor com as concessões existentes através de um processo de otimização de custos de operação (Opex). A meta do grupo é estabelecer uma otimização de custos (Opex/Receita Líquida) de 38%.
Após a definição da extração de valor e dos investimentos futuros (Capex), será possível definir, em futuras negociações, qual será a divisão apropriada para a plataforma de mobilidade.

“Então, o foco hoje é a extração de valor, concretizar valor e também definir qual vai ser a necessidade de capital futura. Com isso, vai ser muito mais fácil termos conversas com interessados na plataforma da mobilidade, que são conversas que vão levar algum tempo.”
O foco da Motiva para o longo prazo, como já relatado em matéria anterior sobre o tema, deixou de ser um expansionismo desenfreado e agora tem como ênfase o crescimento sustentável e sólido. O freio, na realidade, é uma dose generosa de pragmatismo que faz bem ao grupo e aos seus investidores.
Se eu fosse acionista, eu DESmotivaria as ações nas ferrovias. A situação atual é ruim, quase péssima. Monte de atitude tomada errada, e como qualquer empresário, visando mais dinheiro do que operação plena.
E dado que o empresariado sabe que trens não dão lucro (É TRANSPORTE PÚBLICO, PÔ!), devolveria a concessão ao Estado e ainda daria dinheiro para melhorar os trens.
CCR nas rodovias já está de bom tamanho deixando trânsito devido a obras inacabadas…
Nem tanto, as Linha 4 e 5 da Motiva tem qualidade padrão Metrô, o problema mesmo foi na Linha 8 e 9, que a CCR não percebeu a quantidade de dinheiro que tinha que gastar para deixar a linha no mínimo padrão CPTM antes de pegar a concessão.