Obras da Linha 17 voltam a apresentar lenta evolução

Reiniciadas há pouco mais de um ano, obras do monotrilho mostram avanços tímidos enquantro trecho localizado na Marginal Pinheiros está com trabalhos suspensos após acidente
A estação Washington Luiz sem estruturas metálicas e o pátio Água Espraiada ao fundo (iTechdrones)

Passados quase 10 anos desde que as obras do monotrilho da Linha 17-Ouro começaram, prometida na época como de entrega rápida e mais barata, o Metrô enfrenta novamente problemas de execução com o consórcio atual, o Monotrilho Ouro.

Atualmente as obras civis da Linha 17 entre Aeroporto de Congonhas e Morumbi, além do Pátio Água Espraiada, estão sendo executadas pelo consórcio liderado pelas empresas KPE e Coesa, ambas parte do grupo OAS, desde dezembro de 2020.

Pouco mais de um ano depois, o avanço é pouco perceptível. Quem trafega pela Avenida Roberto Marinho e vê as estações da Linha 17 raramente presencia uma quantidade significativa de trabalhadores nos canteiros, nem nota grandes avanços nas obras desde que elas foram retomadas.

Em imagens divulgadas pelo Metrô, os funcionários têm focado em realizar acavamentos internos, parte importante e menos visível, mas é nítido que escopos importantes como a finalização das estruturas metálicas ou mesmo o telhado do principal prédio do pátio estão andando a passos lentos.

A morosidade nas atividades já havia ficado implícita em meados do ano passado e logo depois a Coesa, vencedora da licitação, acabou ganhando a companhia da empresa KPE, uma nova subsidiária do grupo OAS.

Questionado em seu perfil no Instagram, o presidente do Metrô, Silvani Pereira admitiu o problema, afirmando a companhia está cobrando do consórcio atual maior celeridade nas obras e que haverá punição se o cronograma não for cumprido.

Resposta de Silvani sobre a Linha 17 no Instagram

O vídeo mais recente postado pelo próprio Metrô mostra que o avanço nas obras das estações é bastante modesto após pouco mais de um ano.

Perícia técnica

O trecho em que havia uma evolução mais célere das obras era justamente onde ficam as vias do monotrilho ao longo da Marginal Pinheiros, um dos cenários que mais incomodavam pelo ar de abandono após vários anos.

Desde setembro, o consórcio começou o trabalho de içamento das vigas-trilho num ritmo bastante acelerado, mas na madrugada do dia 11 de janeiro um acidente fez uma dessas estruturas desabar próxima à Linha 9-Esmeralda da CPTM.

Por conta disso, os lançamentos foram paralisados para realização de uma perícia técnica necessária para apontar as causas da falha no transporte da viga-trilho. Segundo Silvani, a meta é retomar o trabalho em até 45 dias.

O governador João Doria chegou a prometer a entrega do monotrilho para o fim deste ano, mas o secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, admitiu que a Linha 17 só deve começar a funcionar no final de 2023, na melhor das hipóteses.

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5 comments
  1. A L-17Ouro tinha chance de ser a mais importante de todas, conectando-se a L-4 no Morumbi e indo Norte ate Osasco na Linha 8, tambem poderia alcançar o município de Diadema na Zona Leste.

  2. Olá sr.Caio e amigos participante
    Sem criticas hoje, quero avisar aos que acompanham, que saiu ontem os dois últimos relatórios de 2021 do site :-
    “https://transparencia.metrosp.com.br/dataset/relatório-de-expansão-obras-e-modernização ”
    e no mês de dezembro 2021 já aparece no status da linha amarela como entregue, e por enquanto segue a novela do terminal de ônibus V. Sônia.Abraços a todos
    Gilberto JV-TS

  3. As vezes penso que jamais verei essa linha concluída, se a coesa abandonar a obra eu não ficarei surpreso.

  4. A coesa começou o BRT em contagem/mg e parou. Parece que a prefeitura precisou de chamar o segundo colocado na licitação. Os ritmos lá estavam bem lentos. O que impressiona é a briga judicial que a empresa arrumou nessa linha ouro e não ter condições de tocar obra.

  5. As licitações para construir a linha17 não escolheram as empreiteiras mais capacitadas. Infelizmente esta obra está demorando para ser concluída. Isto além de impactar nas finanças do Estado de São Paulo priva a população de um transporte público de qualidade.

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