A implantação do People Mover do Aeroporto de Guarulhos segue em ritmo acelerado, com as vias sendo concluídas, sistemas em instalação e o marco mais visível do projeto, a entrega do primeiro de trens veículos Aeromovel.
Embora ainda existam trechos com muito trabalho a fazer como a estação que ficará no Terminal 2 do aeroporto, o CEO da Aerom, empresa que projetou o sistema, confirmou que o People Mover começará a funcionar neste semestre.
Não será, contudo, uma operação plena, já que haverá um processo de comissionamento e testes e operação assistida.
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Segundo Marcus Coester, filho do criador do Aeromovel, a operação será gradual no início. “Começa com horários reduzidos e técnicos a bordo, em um trecho, depois vai fazendo trajetos mais completos”, disse ele ao jornal Zero Hora.

O sistema terá 2,7 km de extensão, dois trens operacionais e um reserva e viagens com duração e intervalos de 6 minutos.
Será o maior teste da tecnologia, que utiliza a compressão pneumática em um túnel abaixo dos trilhos para movimentar os trens.
Com isso, os veículos são bastante leves, necessitando de uma espécie de vela que é empurrada pela pressão de ventiladores estacionários.
Coester comparou o People Mover de Guarulhos com seu similar implantado no Aeroporto de Porto Alegre em 2013. “A versão de Porto Alegre é analógica, em Guarulhos vamos para o 5G. É mais ou menos esse o salto tecnológico”, afirmou.
Construído pelo consórcio AeroGRU, o People Mover do maior aeroporto da América do Sul tem se tornado um cartão de visitas da tecnologia, atraindo curiosos e interessados.

Trata-se de uma mudança de status para o Aeromovel, que até então tinha apenas duas linhas implantadas, além de um pequeno conceitual em Porto Alegre.
Antes do People Mover operado pela Trensurb, a empresa havia construído um sistema pioneiro em Jacarta, na Indonésia. Mas de acordo com Coester, a linha inaugurada em 1989 está sendo desmontada.
No projeto paulista, no entanto, a Aeromovel se cercou de parceiros mais experientes e técnicas que seguem normas europeias de segurança. O padrão é o SIL 4, com tolerância de uma falha a cada 100 mil anos.
Criador do Aeromovel, Oskar Coester faleceu em 2020 aos 82 anos, pouco antes de ver a tecnologia estrear em sua maior vitrine.