Primeiro trem de monotrilho da Linha 17 deve ficar pronto em março na China

Afirmação foi feita pelo diretor de projetos da BYD Brasil, Alexandre Barbosa, em entrevista à Revista Ferroviária. Executivo disse ainda que equipe do Metrô deve visitar fábrica na China para aprovar o “cabeça de série” em outubro
Monotrilho da BYD SkyRail

A expectativa sobre os trens de monotrilho da Linha 17-Ouro tem provocado diversas afirmações contraditórias por parte do governo Doria nos últimos meses. O contrato de sistemas, assinado com a BYD SkyRail, inclui 14 composições que serão usadas na etapa prioritária do ramal e prevê a entrega do primeiro trem no final de 2022.

No entanto, declarações recentes de executivos e mesmo ex-membros da Secretaria dos Transportes Metropolitanos sugerem cronogramas incompatíveis entre eles. Inicialmente, o ex-secretário da pasta, Alexandre Baldy, afirmou que um primeiro monotrilho poderia chegar ao Brasil em março do ano que vem, o que acabou sendo confirmado pela própria fabricante.

Em algumas declarações em redes sociais, o presidente do Metrô, Silvani Pereira, chegou a sugerir que alguns trens poderiam circular em testes já em 2022, mas sem detalhar como isso seria possível.

Na semana passada, no entanto, o atual secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, afirmou à revista Veja São Paulo, que o monotrilho seria entregue no segundo semestre e realizaria viagens de avaliação logo em seguida.

Alexandre Barbosa, diretor de projetos da BYD

A confusão de datas ganhou um novo capítulo recentemente graças à uma entrevista do diretor de projetos da BYD Brasil, Alexandre Barbosa, à Revista Ferroviária.

Barbosa, entretanto, deu outra previsão a respeito dos trens. Segundo ele, o primeiro deles, chamado de cabeça de série, ficará pronto em março de 2022. Detalhe: para testes na China e não no Brasil.

O ex-executivo da Bombardier, que está na empresa chinesa desde 2018, é agora responsável não apenas pelo monotrilho que está sendo implantado em Salvador (BA) como também pela equipe que coordena a produção dos sistemas e trens da Linha 17-Ouro.

“O primeiro trem, a cabeça de série, já está sendo desenvolvido e montado na China. A expectativa é que até março do ano que vem este trem esteja pronto para começar os testes na China, e que a equipe do metrô vá até o país para aprová-lo até outubro de 2022”, afirmou à revista.

O diretor da BYD também revelou que a empresa está discutindo com o Metrô como será a entrega desse primeiro trem. A previsão da companhia do governo estadual é que o pátio Água Espraiada esteja pronto para receber essa composição. Como se acompanha, a obra ainda está muito longe de reunir condições de abrigar o monotrilho.

Alexandre Barbosa ainda confirmou que os trens da Linha 17-Ouro serão bastante semelhantes aos monotrilhos de Salvador, com exceção das portas e no layout interno – o modelo paulista é do tipo UTO, ou seja, sem operador.

Sobre as diferenças em relação à viga-trilho projetada pela Scomi, o diretor minimizou qualquer dificuldade. Segundo ele, a adaptação já foi feita e aprovada pelo Metrô.

Pátio Água Espraiada, da Linha 17: Metrô teria prometido que local ficará pronto para receber primeiro trem da BYD (iTechdrones)

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5 comments
  1. Não vejo muitas dificuldades para essa linha sair do papel agora, o primeiro trem já estará pronto em março, testes até outubro, entrega em dezembro, talvez uma inauguração parcial no fim do primeiro semestre de 2023. Não é o ideal mas pelo menos está indo… Nós esperamos que as futuras extensões não sejam feitas pela incompetência estatal

    1. O problema não está em ser estatal! A primeira fase da Linha 5-Lilás, foi feita em pouco mais de 4 anos. A incompetência é do governador e dos políticos que são complacentes com empresas corruptas.o Alckmin, Dória, e sabem de tudo que acontece debaixo do nariz deles.

      1. Mas você não pode negar que as coisas no setor privado se desenrolam muito mais facilmente que no setor público, é só ver a linha 6, se houver algum problema com o fornecimento dos trens, a Acciona simplesmente contrata outra empresa, enquanto isso o governo teria que cancelar a licitação e fazer outra podendo até msm a Alstom entrar na justiça aí já viu…

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