Uma cratera se abriu no começo desta tarde de quinta-feira, 12, na região da Bela Vista, durante a passagem do Tatuzão Sul da Linha 6-Laranja, da Linha Uni.
O acidente ocorreu entre o poço VSE Almirante Marques e a estação Bela Vista. De acordo com a concessionária, houve um “solapamento parcial do solo” dentro do canteiro de obras.
Não houve vítimas e a área já estava isolada por precaução.
Horas depois do incidente, imagens e vídeo de dentro do nível de plataformas da estação Bela Vista revelaram que o movimentação de terra atingiu o interior do local no subsolo.
Outro vídeo postado em redes sociais mostra o momento em que o solo cede na superfície e cria uma cratera ao lado do poço de ventilação localizado na Rua Treze de Maio.
Solo desaba ao lado da estação Bela Vista da Linha 6-Laranja após passagem do tatuzão. #linhauni #linha6laranja pic.twitter.com/SGpfRr8FJ7
— MetrôCPTM (@metroecptm) December 12, 2024
O tatuzão da Linha 6-Laranja está prestes a concluir a escavação do trecho entre as estações Higienópolis-Mackenzie e Bela Vista após ter passado direto por 14 Bis-Saracura, que não foi escavada ainda.
A Linha Uni decidiu mudar a estratégia para não atrasar a abertura do ramal metroviário.
Acidente similar em fevereiro de 2022
A escavação por tuneladoras com certa frequência causam solapamentos, que são deslocamentos de terra quando a integridade do subsolo não é suficiente para mantê-lo estável.
Foi uma situação semelhante que aconteceu em maio deste ano na passagem do tatuzão norte, também da Linha 6-Laranja, onde uma cratera se abriu e engoliu parte de um condomínio residencial na Zona Norte de São Paulo.
O caso mais grave nesse sentido, no entanto, envolveu o mesmo Tatuzão Sul em 1º fevereiro de 2022, logo que o equipamento chegou ao poço Aquinos, na Marginal Tietê.
Poucos metros antes, a passagem da tuneladora movimentou um interceptor de esgoto da Sabesp, que rompeu e inundou toda área escavada na região.
Não houve vítimas, mas as atividades tiveram que ser paralisadas por meses.
Veja a nota da Linha Uni
“A Concessionária Linha Uni informa que, durante a passagem da tuneladora sul no poço VSE Almirante Marques, próximo à futura estação Bela Vista, houve um solapamento parcial do solo dentro do canteiro de obras. Por medida de segurança, a área ao redor do poço já havia sido isolada. Não há feridos e o ocorrido não oferece riscos à população.
A equipe técnica está no local. A Linha Uni reforça que mantém comunicação contínua com a comunidade e está atuando para minimizar qualquer impacto a moradores e comerciantes da região.“
Não foi nada não, bora continuar!!!!
A matéria, revilatiza as consequências. Só lembrando que outra linha, a 2 verde, está sendo perfurada, passando já por 2 rios e por uma adultora sem quaisquer consequências. A 1a. É PPP e a 2a. é tocada pelo Metrô, com excelência técnica. E a 2a, tocada pelo Metrô, perfura com a maior tuneladora da América Latina com 11,68 metros de diâmetro. E a obra da expansão da linha verde 2, ñ tem metade dos “holofotes” que a imprensa e o próprio Governo do estado de São Paulo dá para a linha 6 laranja, PPP.
Parabéns ao corpo técnico do metrô.
Sempre tem que ter o cara anti-empresa privada ….
A Linha 4 foi construída pelo metrô e teve o acidente em Pinheiros. E aí?
Só tem um porém no que você falou, a construção de ambas as linhas são feitas por empresas privadas, a única diferença sendo que as contratou, sendo a linha 6 construída pela LinhaUni e a Linha 2 coordenada pelo Metrô e a construção é feita por concessão, sendo o ganhador uma empresa composta por uma empresa brasileira e chinesa.
daqui a pouco aparece um aí dizendo que a culpa é do metrô ou da CPTM …
Coincidentemente, é a terceira vez, em menos de dois anos, que há uma intercorrência de grande magnitude nesta obra tocada por inteiro por empresas de capital privado e majoritariamente estrangeiro (europeu). Até agora, por pura sorte, sem feridos ou mortos aqui no Terceiro Mundo, onde as vidas costumam ser mais descartáveis.
Eis a eficiência privatista, a preço de banana nanica, perseguida pelo “governo” Farcísio de Tretas.
São dois caras nestes comentários e só tem poucas interações até agora.
“A área já estava isolada” ou seja, estavam fazendo seu trabalho de observação e fizeram direito, afinal isolaram antes do acidente porque viram que ia desabar.
Parabéns à Aciona.
O site pode confirmar se esse é o mesmo poço que foi trocado de lugar porque no lugar original planejado moradores locais protestaram contra à construção?
Porque se for, é um absurdo terem cedido a vontade desses locais, afinal tinham estudos sobre o outro poço e neste imagino que tiveram que correr como alternativa e talvez estamos vendo o resultado disso.
N tem nada a ver uma coisa com esse outra, mesmo se fosse o caso a mudança do projeto n causaria isso, afinal o túnel da plataforma da estação já acaba praticamente no vse, então ia rolar esse acidente independente da localização do vse
Terceiro desabamento da obra, mas a culpa do atraso é do IPHAN
Enquanto isso o povo do Bexiga está perdendo sua estação de metrô para um grupo de ong’s formada por pessoas que nem mora no bairro e mal sabe a diferença entre um achado arqueológico e uma tubulação de esgoto.
Ai, eu devia ter informado que meu comentário continha ironia. O que temos visto é uma atuação incompetente da Acciona, podemos citar a própria matéria de dias atrás sobre o atraso da estação Maristela, lá não há achados arqueológicos ou “ongs” travando a obra, só há a mesma incompetência que causou o terceiro desabamento em poucos meses.
O mais importante é que não houve vítimas, e nem mesmo prejuízos materiais no entorno da obra. A “bagunça” ficou mesmo confinada dentro do canteiro.
É importante levar em conta que trata-se de um solo em declive e altamente denso em construções. Com a alta pressão estática do subsolo, e dependendo da composição geológica no solo escavado, qualquer movimentação expressiva como a do Tatuzao pode gerar esse tipo de incidente – o qual felizmente não ocorre a toda hora.
O fato de não haver ocorrido abalos em construções vizinhas (até aonde se sabe), comprova que a obra está sendo executada com os devidos padrões de segurança. Bem como também a LinhaUni deve ter tirado algumas boas lições daqueles incidentes ocorridos na Zona Norte e na Marginal do Tietê.
Que assim continue!