Projeto funcional da Linha 20-Rosa atrasa e só será concluído em agosto de 2024

Contrato com Consórcio GPO-Geocompany-Geotec, que deveria se encerrar neste ano, teve o prazo postergado em quase 11 meses
Linha 20-Rosa
Linha 20-Rosa (Montagem sobre foto do Metrô)

Após postergar o contrato de projeto básico da Linha 19-Celeste dias atrás, o Metrô agora reprogramou o prazo de entrega do projeto funcional e anteprojeto de engenharia da Linha 20-Rosa.

O contrato, assinado com o consórcio GPO-Geocompany-Geotec, deveria ser concluído em 30 de dezembro deste ano, mas foi postergado para 16 de novembro de 2024. Já o prazo para execução do serviços, que é a data mais relevante, pulou de 26 de setembro deste ano para 12 de agosto de 2024.

O atraso, portanto, é de 10 meses e 17 dias, bastante significativo para um projeto em que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) deposita esperança de lançar a concessão ainda dentro deste mandato.

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O consórcio é responsável por um dos serviços relacionados aos estudos para dar uma “cara” mais realista ao ramal de 33 km e 24 estações. Há também outros contratos visando pesquisar formas mais rentáveis de concessão, estudos para desapropriações, entre outros.

Com planos de ligar a região da Lapa ao ABC Paulista, a Linha 20-Rosa é a mais ambiciosa já projetada pelo Metrô. Espera-se uma demanda de 1,3 milhão de passageiros por dia quando estiver totalmente pronta, porém, seu custo é exorbitante.

Mapa de estações provisório da Linha 20-Rosa (CMSP)

Segundo o Secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, o investimento para tirar o ramal do papel é de cerca de R$ 20 bilhões, valor que significaria um custo de R$ 600 milhões por quilômetro.

É bem menos do que normalmente uma obra metroviária subterrânea custa, basta comparar com a Linha 6-Laranja, cujo montante já atingiu R$ 15 bilhões para 15,3 km, ou seja, R$ 1 bilhão por quilômetro.

Como a meta de Tarcísio é incluir o trecho do ABC, considerado pelos técnicos como menos atraente financeiramente, a concessão em modelo PPP (Parceria Público-Privada) exigirá uma solução bastante ousada já que são poucos os grupos capazes de suportar um projeto tão grande.

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11 comments
  1. Atraso muito significativo. Por isso novas linhas do metrô demoram tanto a sair. Há atrasos em todas as etapas.

  2. Vamos atrasando, enrolando, até esquecerem e depois lançamos um BRT que será “construído e operado” pela Metra, NEXT ou vai lá saber qual será o nome.

  3. Esse estudo demora mesmo tá trazendo para um modo viável para fazer a linha de metrô 1 2 3 4 até a 5 após Adolfo Pinheiro teve isso para ver quanto a linha vai custar financeiramente das desapropriação a realmente a construção da estações

  4. Se o projeto funcional já atrasa, imagina a obra. Não estarei vivo se algum dia tiver metrô no ABC

  5. Sério que alguém acredita na implantação desta linha? No máximo chegará a Estação Saúde, a cidade São Bernardo do Campo tem uma dona chamada Metra, jamais teremos transporte sobre trilhos ali.

  6. Enquanto isto a zona norte e Guarulhos ficaram esquecidas já que a linha 19 vai ficar para um futuro incerto e distante.

  7. é muita linha de metro projetada para o grande centro, e com isto a zona norte da capital fica jogada as traças. Onde está o projeto da linha 23 magenta???

  8. Se fosse uma empresa privada visando o lucro, ficaria pronto em pouco tempo. Mas como é uma empresa estatal que só visa capital político pra quem está no poder, tanto faz quando vai ficar pronto.

    1. kkkkkkk, só a demora na entrega da reforma da estação Santo Amaro já te desmente, e a iniciativa privada não tem competência alguma pra construir, e ela NÃO pode realizar desapropriações

  9. Já havia comentado na reportagem do atraso de Linha 19-Celeste que ficaria, na melhor das hipóteses para jun/2030.

    Para a linha 20-Rosa, prevejo que, na melhor das hipóteses, ficaria para nov/2032 (trecho prioritário)

    MInhas projeções (no cenário mais otimista, sem nenhum embate jurídico ou acidentes durante as obras):

    Entrega do Anteprojeto de Engenharia: agosto/24
    Publicação do Edital do Projeto Básico: set/24 (pode ser feito antes, caso haja interesse)
    Assinatura do Projeto Básico: fev/25 (+6 meses)
    Entrega do Projeto Básico: ago/2026 (+18 meses)
    Preparação e Publicação do Edital do Projeto Executivo: fev/2027 (+6 meses)
    Leilão do Projeto Executivo / Concessão: ago/2027 (+6 meses. Isso se as concorrentes não pedirem postergação de prazo ou houver mudança de prioridades do governo)
    Início das obras: nov/2027 (+3 meses, se não houver contestação pelas perdedoras do leilão)
    Fim das obras (1ª fase): nov/2032 (+5 anos, sem nenhum acidente e/ou paralisação das obras)
    Fim das obras (2ª fase): nov/2034 (+2 anos, se o projeto não morrer)
    Operação assistida: 6 meses, no mínimo para cada fase.

    E vamos lembrar que esse é o cenário perfeito, se nada de errado acontecer. Em um cenário mais realista, eu colocaria mais 2 ou 3 anos, considerando postergações de prazos, constestações jurídicas, acidentes etc.

    O que acha dessas projeções Ricardo?

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