No dia seguinte ao reinício das escavações da tuneladora sul, em direção à estação São Joaquim, a Acciona, construtora responsável pelas obras da Linha 6-Laranja, realizou outro marco importante no projeto, a descida da roda de corte da tuneladora norte, que terá a missão de abrir túneis até perto da futura estação Brasilândia.
Trata-se de um momento importante já que o segundo “tatuzão” está prestes a iniciar as escavações em outubro – e não novembro, como havia dito o governador do estado Rodrigo Garcia.
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A tuneladora norte, embora semelhante à sua irmã, batizada como “Maria Leopoldina”, possui uma diferença importante, a capacidade de abrir caminho em rocha, condição do subsolo da capital ao norte do Rio Tietê.
Esse trabalho, no entanto, é mais lento, com avanço médio de 9 metros por dia, contra 12 metros da tuneladora sul, que escava em meio à terra, sedimentos e alguns cursos de água. Serão cinco quilômetros de extensão e cinco estações a serem atingidas, boa parte delas já bem adiantada para receber a visita da máquina de 102 metros de extensão e que pesa 2 mil toneladas.
Originalmente, o tatuzão que escavará rochas deveria ter partido em março, mas o rompimento do interceptor de esgoto da Sabesp em 1º de fevereiro também afetou o equipamento, mas parcialmente já que boa parte de seus componentes permanecia na superfície à época.
“Estamos retomando os trabalhos de escavação, que permitem a construção dos túneis. Para isso, são necessários cerca de 40 profissionais por turno em cada tuneladora, que executam diferentes atividades para escavação e construção do túnel”, afirma Nelson Bossolan, CEO da Linha Uni.
Com as paradas, necessárias para arrastar o tatuzão para outro ponto de emboque, a escavação dos túneis no sentido norte pode durar cerca de dois anos, embora a Acciona não tem divulgado uma previsão, ao contrário da tuneladora sul.
A previsão de inauguração da Linha 6-Laranja, com 15 estações e 15,3 km de extensão, está prevista para o final de 2025.
