O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou nesta segunda-feira, 10, ter autorizado a contratação e realização de estudos para a concessão de todas as linhas da CPTM remanescentes. O anúncio foi feito durante apresentação de realizações e projetos futuros dos seus 100 primeiros dias de governo.
O trabalho será supervisionado pela Secretaria de Parcerias em Investimentos, sob responsabilidade de Rafael Benini. A pasta tem assumido o protagonismo que antes era da Secretaria dos Transportes Metropolitanos.
O estudo englobará a concessão das linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira, 13-Jade e a futura Linha 14-Ônix, que deve ligar a região do ABC a Guarulhos e ainda está em projeto.
Apenas a Linha 7-Rubi não foi citada por já fazer parte do projeto do Trem Intercidades Eixo Norte, cuja licitação está marcada para 28 de novembro (leia aqui).

Suspeitas de sabotagem
O governo anterior já havia transferido as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda para a iniciativa privada, que são operadas pela concessionária ViaMobilidade desde 27 de janeiro de 2022. No entanto, a empresa tem enfrentado vários problemas à frente dos ramais repassados pela CPTM.
A ViaMobilidade, que faz parte do grupo CCR, está na mira do Ministério Público por conta das inúmeras falhas e acidentes nos dois ramais. Somente em 2023, foram três descarrilamentos que felizmente não causaram ferimentos aos passageiros.
Nos últimos dias, a concessionária levantou a hipótese de que ações de invasores podem envolver tentativas de sabotagem na operação de ambos os ramais (veja aqui).
Na madrugada desta segunda-feira, três pessoas foram detidas, suspeitas de vandalismo na Linha 9-Esmeralda. Segundo a ViaMobilidade, agentes de segurança que trabalham no ramal flagraram três pessoas com ferramentas específicas para corte e uma corda no pátio de Presidente Altino, em Osasco. Não houve furto.

O governador Tarcísio de Freitas reforçou a impressão de que os atos não envolvem a tentativa de levar cabos já que por serem de fibra ótica não têm valor no mercado.
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O Sindicato dos Metroviários anunciou a realização de uma audiência pública nesta terça-feira, 11, na Assembléia Legislativa para discutir a privatização dos ramais metroferroviários. A entidade é contra o plano do governo do estado não apenas pela concessão dos ramais como a terceirização de várias atividades no Metrô.