Veja como ficou o Complexo Rapadura após a derrubada das árvores

Complexo Rapadura nesta semana: 210 árvores foram preservadas graças à mobilização dos moradores (iTechdrones)

Em agosto de 2020, moradores da Praça Mauro Broco, no Jardim Têxtil, protestaram contra a derrubada de 355 árvores do local para a instalação de um canteiro de obras da Linha 2-Verde do Metrô.

A intervenção da companhia visa preparar a área para escavações do poço onde será montado o “tatuzão” que abrirá os túneis da extensão até Penha. Após essa fase o local será transformado num estacionamento subterrâneo de trens.

Pressionado pela opinião pública, o Metrô reviu o número de árvores necessárias para abrir espaço para o projeto e poupou 210 espécimes ao reduzir o tamanho e as atividades na área.

Após uma disputa judicial atrasar a execução da obra, o consórcio responsável pelo canteiro realizou a derrubada de 145 árvores do local. Imagens aéreas do canal iTechdrones mostram com bastante clareza que grande parte da vegetação da área foi mantida.

O principal local afetado, que quase não abrigava vegetação há cerca de 17 anos, teve uma árvore de grande porte retirada com a ajuda de uma escavadeira. Embora relatos em redes sociais tenham atribuído uma idade superior a 30 anos ao “Ficus”, sequência de imagens de satélite mostram que ela foi plantada por volta de 2005, portanto há bem menos tempo.

No alto, o “Ficus de 30 anos” era uma praticamente uma muda em 2005. Terreno aparenta ter sido retificado nos anos seguintes (Google Earth)

As fotos do Google também sugerem que a área onde o Metrô realizou a retirada das árvores teve o terreno retificado onde antes havia um barranco irregular. Não se sabe se essa possível intervenção no passado possa ter danificado os sítios arqueológicos existentes no local.

Outro terreno próximo, onde ficará a estação Santa Isabel, também passou por um processo recente de derrubada de árvores, como mostra o mesmo vídeo do iTechdrones.

Embora a quantidade tenha sido significativa, infelizmente o fato não gerou nenhuma manifestação pública ou a presença de políticos e influenciadores ligados ao meio ambiente para defendê-las. Talvez parte delas pudesse ter sido poupada.

O terreno da futura estação Santa Isabel nesta semana com árvores derrubadas e no detalhe como era antes: sem protestos ambientais (iTechdrones)
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